Capítulo Trinta e Oito

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ANY POV:

Estou deitada com minha filha na minha cama enquanto assistimos a um filme de animação, Kung Fu Panda, para ser mais exata. Confesso que sou fã de desenho tanto quanto ela.

Afago seus cabelos dourados, já que ela está com sua cabeça deitada em meu peito e minha mente viaja nos momentos que tive com Josh recentemente.
Ele foi tão carinhoso e atencioso comigo, confesso que não estava esperando ouvir um "eu te amo", porém meu peito se encheu de alegria quando essa frase saiu de sua boca e é óbvio que eu disse que era recíproco, porque eu amo aquele homem com todo o meu coração.

Ter feito amor com ele foi de longe uma das melhores escolhas que eu já fiz, não me arrependo de nada, eu só me senti insegura por um momento, quando logo quando acordamos ele disse que iria sair, nesse momento pensei que o fato de termos transado ia fazer com que ele se afastasse, porém me lembrei que Josh não é assim e nunca iria transar comigo e sumir depois disso. Foi apenas bobagem minha, já passou.

Será que se um dia nós namorássemos, Alasca iria reagir bem? Tenho muito medo dela se magoar com tudo isso, porque ela se apegou tanto ao Josh e se caso nós não dermos certo, minha garotinha vai sofrer com esse afastamento, já que eu não posso exigir que ele continue vendo ela, só porque ela vai sentir falta dele.

-Mamãe?- desperto dos meus pensamentos com minha filha me chamando.

-Sim, fadinha?- continuo a acariciar seu cabelo.

-É verdade que o papai do Po não é pai dele?- ouço sua pergunta e sei que vamos entrar em um assunto complicado.

-Claro que o o Sr.Ping é pai do Po, amor- falo calmamente para ela.

-Então por que no filme diz que os papais do Po são outros pandas? E por que eles não cuidaram dele?- respiro fundo e medito um pouco para poder respondê-la.

-Os outros pandas não quiseram cuidar do Po quando ele era bebê e o abandonaram- ela me interrompe.

-Tadinho, mamãe.

-Sim, amor, mas o Sr.Ping achou o Po e resolveu cuidar dele e é isso que faz eles serem pai e filho.

-Ainda não entendi, mamãe- beijo seu cenho franzido e ela me dá uma risadinha.

-Para ser pai ou mãe de alguém, você não precisa ter o mesmo sangue como o Po e os pandas, o que te faz pai é dar amor e carinho ao seu filho como o Sr. Ping fez, ser pai é dar beijinho nos machucados quando a criança cair, é cuidar dela quando ela estiver doente, é levá-la para passear e brincar com ela quando não estiver trabalhando.

-Proteger do bicho papão também?

-Exatamente, ser pai de verdade é por sempre o seu filho acima de tudo e protegê-lo de todas as coisas ruins- finalizo e ela fica pensativa.

-Então os outros pandas não são pais do Po de verdade, porque eles não cuidaram e protegeram ele.- ela argumenta.

-Isso aí- esse é o melhor que eu consegui por enquanto, daqui há uns anos sei que ela poderá compreender melhor.

-O Jack não é meu pai, mamãe?- sua voz soa tristinha e meu coração se parte -Ele não cuidou de mim e nem me protegeu das coisas ruins.

-É, amor, ele não merece você, está bem?- pergunto e ela fica quieta -Olhe para mim, querida. Aquele homem não é digno do seu amor e de nada que venha do seu coração puro, eu prometo que vou amar você e te proteger como ele não fez, certo?

-Tudo bem, mamãe- ela responde, mas sei que está pensando em algo, eu a conheço.

-Eu te amo mais do que tudo, fadinha. Você é minha vida, okay?- beijo sua cabeça e ela me abraça forte.

Behind the mask Onde histórias criam vida. Descubra agora