Behind the mask

Capítulo Quarentena e Três

JOSH POV:

Acordar de uma noite de sono bem dormida para ir trabalhar é bom, mas acordar com beijinhos da mulher que você ama e da sua filha, não tem preço. Isso é muito além do que eu poderia pedir. Antigamente eu diria que também é muito além do que eu poderia merecer, mas a minha garota tem me feito sentir tão amado e digno do seu amor, que aos poucos eu estou entendendo que eu mereço isso, eu mereço essa chance que estou tendo e não pretendo desperdiçá-la.

No momento estou sentindo beijinhos por todo o meu rosto, enquanto finjo ainda estar dormindo apenas para continuar ouvindo risadinhas gostosas, risadinhas essas que pretendo ouvir até o fim dos meus dias.

Um beijo molhado no meu olho esquerdo. Minha princesinha. Me esforço muito para não sorrir e abracá-la até que ela peça socorro.

Mais risadinhas.

Um beijo quente na minha bochecha. Minha garota. Posso sentir a região formigar no lugar onde fui beijado.

Um beijinho de esquimó no meu nariz com direito a uma pequena lambida em seguida. O amor do papai.

Sua risadinha sapeca aquece meu coração.

-Uma mordidinha em meu maxilar e em seguida um selinho demorado. Minha namorada sabe como me acordar de bom humor.

-Acorda, papai- um serzinho senta-se sobre minha barriga. -O papai é muito dorminhoco, mamãe.

-Vamos ter que apelar, filha- não sei o que elas estão planejando, já que se calaram de repente.

Dou um sobressalto gargalhando na cama quando sinto mãos grandes e mãozinhas pequenas pressionarem toda a região da minha barriga e costelas.

-Chega- suplico ainda rindo -Vocês venceram, eu me rendo- elas não param e eu já estou com lágrimas nos olhos de tanto que estou rindo -Tenham piedade do papai.

-Tá bom, mas só porque a gente te ama, 'otei?- meu coração perde o ritmo das batidas quando minha filha dá uma piscadinha fofa para mim.

-Ah, meu Deus, eu te amo tanto- encho seu rostinho de beijos e ela ri. -Eu prometo fazer tudo para ver você feliz, filha.

-Eu também te amo, papai- ela diz sentando em meu colo.

-Bom dia, querido- Any sorri e roubo um beijo seu.

-Bom dia, amor.- dou o meu melhor sorriso para ela e a ouço suspirar.

-Eu amo tanto você, sabia?- suas mãos seguram ambos os lados de meu rosto, apertando minhas bochechas até formarem um biquinho nos meus lábios -Eu nunca vou conseguir expressar o suficiente minha gratidão por você ter entrado na minha vida e decidido ficar, por ter me amado e amado nossa filha, você é muito mais do que eu poderia imaginar um dia em pedir, meu bem.- ela finaliza sua fala beijando meu bico e sorrindo em seguida.

-Vocês são as melhores coisas que aconteceram na minha vida, sabiam?- faço cosquinha de leve na garotinha em meu colo, que ri -Eu sou capaz de entrar na frente de uma bala por vocês.

-Isso foi muito lindo, mas eu espero do fundo do coração que não seja necessário- recebo um sorriso tenso de Any e engulo em seco.

-Vai ficar tudo bem, querida- beijo o topo de sua cabeça, mas me afasto ao sentir minha filha dar pulinhos animados em meus braços.

-Papai papai, hoje é dia de ir para escola, não é?- sorrio de sua animação.

-É sim, sua danadinha, mas por que a pergunta?

-É que eu queria que o senhor me levasse a escola junto com a mamãe, quero que todas os meus amigos vejam que eu tenho um papai que me ama agora, aí elas não vão poder mais falar coisas feias para mim.- ela se dá conta do que disse e cobre a boca com as mãos.