Capítulo Cinquenta e Seis

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JOSH POV:

-O que? Não acharam que iriam se livrar de mim tão fácil, não é? Eu ainda vou encher vocês por um bom tempo.- digo sorrindo para Noah e Sina.

Eles me olham com os olhos marejados por um tempo e por fim conseguem sorrir em meio as lágrimas.

-Josh, seu idiota.- meu cunhado estaciona a cadeira de minha irmã ao lado da minha cama e me abraça apertado. -Eu achei que fosse perder vocês dois, fiquei tão desesperado quando conversei com Any e ela me contou tudo o que havia acontecido. Não faça mais isso comigo, por favor, você é meu melhor amigo e eu não saberia viver em um mundo onde você não existisse. Mesmo com todas as nossas brigas bobas, nossos desentendimentos e você bravo comigo por eu querer cuidar de você, eu te amo muito. Te vejo como meu irmão mais novo e nunca em um milhão de anos quero sentir uma dor parecida com a que senti quando achei que perderia você.- eles diz derramando algumas lágrimas em meu ombro e afago suas costas da maneira que consigo.

-Calma, Noah, eu estou bem, está tudo bem agora e não vou a lugar nenhum, você é extremamente importante para mim também. Amo você, irmão.- nosso abraço é interrompido por alguém.

-'Tá me apertando, papai, eu quero respirar.- minha pequena diz e por um momento esqueci que ela estava no meu colo. -Tio Noah, você é muito pesado.- Alasca diz com o rostinho vermelho.

Todos no quarto dão risada enquanto meu melhor amigo se afasta.

-Desculpe, baixinha, mas eu estava com saudade do seu pai também, ele é como se fosse meu irmãozinho.- Noah explica e ela abre a boquinha como se tivesse compreendido.

Olho para o lado e de imediato meus olhos lacrimejam quando encaro a figura loira a minha frente.

As lembranças do seu corpo desfalecendo em meus braços e seu sangue manchando todas as minhas roupas voltam em cheio a minha mente, por pouco não perdi minha irmã naquela noite e não consigo imaginar como seria viver uma vida sem ela ao meu lado.

-Ei, Sininho, como você está?- pergunto segurando sua mão e acariciando-a com o polegar.

-Eu estou bem, Josh, pelo menos por agora, não consegui me sentir bem nos últimos três dias, a ideia de nunca mais ouvir a sua voz ou poder correr pro seu abraço quando me sentisse com medo me assustou, você é a minha família, maninho, é sangue do meu sangue, é tudo o que me sobrou e o que eu tenho de mais precioso na Terra, perder você seria como perder um pedaço da minha alma, se nunca mais pudesse olhar nos seus olhos sentiria um vazio que nada no mundo seria capaz de preencher.- uma lágrima solitária escorre por seu rosto e eu enxugo-a.

-Eu te digo o mesmo, Sina, quando você entrou na frente daqueles tiros por mim e vi você sangrando, senti que estava sangrando com você, aquelas balas podem não ter acertado o meu corpo, mas no momento em que atingiram o seu, elas também perfuraram minha alma. Se eu perdesse você, jamais seria capaz de superar tamanha dor, eu amo você, maninha.- ela beija minha mão e sorrio para a mesma.

-Por que vocês estão chorando, papai?- Alasca me pergunta com os olhinhos arregalados. -Você vai dormir e ficar sem falar comigo outra vez?- lágrimas se formam em suas orbes.

-Não, amor, o papai não vai dormir daquele jeito outra vez, preciso brincar com a minha garotinha, não é?- pincelo meu dedo em seu nariz e ela sorri.

-Você conseguiu, Josh, eu disse que conseguiria se reerguer novamente.- Sina diz sorrindo orgulhosa. -Sua família é linda e eu sou titia da menina mais linda do mundo. -ela diz com uma voz de bebê e minha filha dá risada.

-Minha filha é incrível e minha noiva também.- dou o meu melhor sorriso e ela me olha surpresa.

-O que eu perdi?- minha irmã diz girando sua cadeira de rodas e olhando para Any. -Vocês vão casar?

Behind the mask Onde histórias criam vida. Descubra agora