Capítulo Cinquenta e Três

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Que show, família, que show!

ANY POV:

-Nós vamos fazer o possível para salvá-lo, senhorita, mas para isso precisamos levá-lo urgentemente ao hospital, a pulsação dele está muito fraca, quase inexistente, porém ainda está lá, ele está lutando por você e pela sua filha.- o paramédico diz e eu enxugo minhas lágrimas.

-Você acha?

-Com certeza- ele me responde e olha para sua colega. -Podemos ir?- a mulher responde sua cabeça com um aceno positivo de cabeça.

Olho meu Josh com uma máscara de oxigênio no rosto e sinto novamente vontade de chorar ao ver sua pele mais pálida do que o comum, seus lábios roxos indicam que seu coração está levando pouco oxigênio para seu corpo.

-Senhorita, você vai conosco na ambulância?.- quero responder que sim, mas não posso deixar Alasca sozinha.

-Eu não posso deixar minha filha sozinha e também não quero que ela veja o pai nesse estado, vocês vão na frente e eu sigo de carro logo atrás, vou ligar para umas amigas nos encontrarem no hospital para ficar com minha garotinha.- explico e ele assente já saindo da casa com meu namorado na maca. -Espera, por favor.- grito e corro até eles, que já estavam prontos para entrarem na ambulância.

-Oi, amor, não sei se você pode me escutar, mas eu vou falar mesmo assim.- respiro fundo e beijo sua testa. -Eu te amo muito, meu bem, você é a minha vida e eu não aceito que me deixe, então eu peço que lute pela sua vida, por favor, querido, lute para voltar para mim e para nossa pequena, ela precisa do pai presente na vida dela e eu do meu namorado.- beijo seus lábios ternamente e os socorristas o levam embora.

Me viro e vejo todos os policiais me olharem com pena, como se dissessem que sentem muito e que não gostariam de estar no meu lugar. Odeio isso.

-Filha- grito ao vê-la em um cantinho junto de Cibelly.

-Obrigada por cuidar dela- agradeço e ela faz um sinal com a mão.

-Imagina, sua filha é um doce- sua mão toca meu ombro. -Sinto muito pelo que aconteceu, espero de coração que tudo se resolva e fique bem, mas agora eu preciso ir, tenho que resolver a burocracia do cadáver ali dentro.- dito isso ela sai.

-Mamãe- ela vem em minha direção e eu a pego nos braços. -Cadê o papai? Por que aquelas pessoas levaram ele embora?

Como eu vou contar para minha filha que o pai dela está lutando para sobreviver?

Carrego-a em meus braços enquanto caminho em direção ao nosso carro que deixamos estacionado no começo da rua. Enquanto ando, noto três viaturas da polícia passarem por nós, todas com as sirenes e as luzes ligadas. Com certeza é o reforço que o delegado solicitou.

-Ele fez um dodói, amor- meus olhos lacrimejam e tento a todo custo não chorar em sua frente. -Ele precisou ir na frente para que os médicos cuidassem mais rápido, mas nós já vamos atrás deles.- explico quando alcançamos o veículo e eu a coloco na cadeirinha que ainda estava dentro do carro.

-Eu vou poder ver ele quando nós chegarmos lá?- ah, minha garotinha, eu queria tanto evitar seu sofrimento.

-Não, meu anjinho, ainda não, vai demorar um tempinho para que você possa vê-lo, porque não é permitida a entrada de crianças onde ele vai ficar.- fecho a porta e sento no banco do motorista, ligando o carro e dando partida em direção ao hospital.

-Ah, mas ele vai ficar bem, não é, mamãe? O papai precisa voltar logo, ele prometeu que me deixaria comer pizza e que nós iríamos ao parquinho.- eu não achava que era possível meu coração se partir ainda mais, porém percebo que estava enganada.

Behind the mask Onde histórias criam vida. Descubra agora