Capítulo Trinta

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JOSH POV

-Eu sei que você não faria isso, Josh, nunca disse isso, é só que não quero que as pessoas pensem que eu estou me aproveitando de você, do seu dinheiro ou coisa parecida- Any explica, mas ainda me sinto zangado.

-Porra, foda-se o que as pessoas pensam, eu não ligo e você também não deveria ligar- digo me sentando, o que faz com que ela também se sente -Tudo o que importa agora é o bem-estar de vocês duas, tudo bem?

-Sim- ela diz com os olhos marejados e eu seguro seu pequeno rosto entre minhas mãos.

-Me escute bem, eu não vou a lugar nenhum, não vou sair do seu lado e prometo que não vou te machucar também- meu coração está disparado porque ela está olhando no fundo dos meus olhos, temo que consiga enxergar minha alma -Por favor, me deixa te ajudar, eu tenho várias casas e apartamentos no nome da empresa, posso dar uma para vocês, acho que você não se sentiria à vontade morando comigo, mas se você quiser vir, eu aceito.

-Não, Josh- a interrompo antes que ela fale alguma bobagem.

-Me deixe terminar, sim?- ela concorda -Você não precisa vir morar aqui, na verdade, tem uma casa toda mobiliada aqui nessa rua, ela fica logo na esquina, você poderia vir aqui quando quisesse e eu também poderia ir visitar vocês a qualquer momento, não seria necessário pagar aluguel e eu ainda estou te devendo aquele aumento no seu salário que eu prometi quando te pedi ajuda para descobrir quem estava roubando minha empresa, você não vai passar por nenhuma dificuldade financeira Gabrielly.

-Josh, eu agradeço muito, mas eu não posso aceitar, é muita coisa- enxugo suas lágrimas delicadamente.

-Não, linda, não é muita coisa, o aumento é algo seu, você trabalhou por ele e a casa é da empresa, ela está aí para os funcionários usarem, por favor, aceita, por mim, por você e pela Alasca- sussurro fazendo um carinho nas suas bochechas.

-Obrigada, Josh, eu não sei como te agradecer- ela me abraça e chora no meu ombro.

-Não me agradeça, eu não fiz nada demais, agora vamos cuidar desses machucados.

-Você sabe que não precisa fazer isso, não é?- Any pergunta baixinho.

-Eu sei, mas eu quero, me deixa cuidar de você, por favor- olho nos seus olhos e involuntariamente meu olhar recai em seus lábios.

Percebo que ela também olha para minha boca, com o coração descompassado, o sangue esquentando por minhas veias e uma manada de elefantes em meu estômago, aproximo meu rosto do seu e ela faz o mesmo comigo.
Paro no meio do caminho, mas ela avança um pouco mais e cola nossos narizes, fecho os olhos e me permito sentir a maravilhosa sensação que é estar tão perto dela. Sinto sua respiração acelerada bater em minha face, o ponto onde nossos narizes se tocam parece formigar e eu quero mais do que tudo beijá-la neste momento, mas não sei se é correto.

-Any- sussurro quase inaudível, não quero quebrar a áurea mágica que se instaurou entre nós.

-Josh- ouço-a sussurrar de volta, meu estômago parece dar voltas e voltas apenas com a simples pronúncia do meu nome.

-Eu quero muito beijar você- abro meus olhos e ela faz o mesmo -Quero muito- digo ainda sussurrando.

-Eu também quero- ela me confidencia.

-Eu posso...- deixo a frase em aberto, esse é o momento dela se afastar caso não queira, mas Deus sabe o quanto eu quero que ela assinta.

-Por favor- ela suplica e eu acabo com a pequena distância entre nós e selo nossas bocas enquanto ponho minhas mãos em seu rosto.

Behind the mask Onde histórias criam vida. Descubra agora