Capítulo Quinze

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ANY POV:

O final de semada passou voando, hoje já é segunda e estou indo acordar meu bebê, para ela ir à escola e eu ir trabalhar. Ela passou o restante do sábado e todo o domingo falando de como gostou do tio Josh, como o tio Josh é legal, como ela quer brincar com o tio Josh novamente. Esqueceu até do Jack, geralmente ela vai procurá-lo na tentativa de ganhar um pouco de atenção e carinho paterno, mas sempre volta tristinha porque Jack evita minha filha. Eu nem tento mais conversar com ele sobre isso, estou cansada de tentar um diálogo e acabar voltando com alguma parte do meu corpo arroxeada, avermelhada ou até mesmo quebrada. Tudo que me resta é sofrer por ver minha filha sofrendo.

Jack nunca foi um pai amoroso para Alasca, também nunca me ajudou a cuidar dela quando nossa filha era apenas um bebê e chorava toda madrugada. Sempre era eu quem levantava para trocá-la e alimentá-la. Não estou reclamando que minha filha só me dá trabalho, não é isso, é só que ele como pai, também tem suas obrigações, que na minha opinião, são tarefas que devem ser feitas com todo amor e dedicação do mundo, nunca deve ser visto como algo forçado. Se ele ao menos tentasse se aproximar dela, tenho certeza que se apaixonaria, como todos que a conhecem.

No fundo, eu sei que ele age dessa maneira, porque culpa minha menina de ter acabado com a vida dele, já que depois que eu engravidei, meu pai nos forçou a casar. No começo Jack era totalmente contra a ideia do casamento, não queria de nenhuma forma se casar comigo, mas sua mãe interveio e o colocou contra parede, ou ele se casava comigo e assumia nosso bebê ou ele não teria mais uma casa para morar. Então, é por isso que eu acho que ele não fala com nossa filha, por raiva, mas nem eu e nem ela tivemos culpa, eu acho que estava bêbada naquela noite, então cabia a ele a função de usar a camisinha.

"Flashback on

Era para eu estar em casa nesse momento, mas minha amiga Shivani me arrastou para uma festa de um dos caras mais ricos da cidade, ou melhor, de um dos caras com os pais mais ricos da cidade. Não é que eu não goste de uma boa festa, muito pelo contrário, acho que balada é meu sobrenome, eu só estou com um pressentimento de que algo ruim vai acontecer hoje, contei para minha amiga, mas ela disse que era besteira e que logo iria passar.

-Você só precisa de um shot de tequila, gata.- Shivani gritou para mim assim que atravessamos as portas da enorme casa onde a festa acontecia.

-É, talvez seja só bobeira minha.- grito por cima da música e ela assente.

-Ali, as bebidas estão sendo servidas ali- ela diz me arrastando na direção da cozinha, onde se encontra um mesa enorme repleta de bebidas de todos os tipos.

-Uau- digo assim que chegamos em frente à "mesa-da-felicidade", foi assimque decidimos chamá-la. Qual é? Nós só temos vinte anos, é claro que daríamos um nome à isto. -Eu nunca vi tanta bebida na minha vida- completo.

-Eu também não, mas já que estamos aqui, vamos aproveitar- ela diz preparando quatro shots de tequila. -Ok, vamos fazer o ritual.

Nós duas colocamos uma pitada de sal  no espaço entre o indicador e o polegar, nas costas da mão; seguramos um pedaço de limão entre os dedos da mesma mão e com a outra seguramos um shot cada.

-Pronta?- pergunto começando a me animar.

-Pronta- ela responde e nós lambemos o sal, bebemos a dose e mordemos o limão em seguida.

Behind the mask Onde histórias criam vida. Descubra agora