Cap 2- Não Devo Contar Mentiras. (REVISADO)

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De alguma maneira, da qual desconheço como eu estava deitada sobre uma maca. Mas, acredito que estava no hospital de Mystic Falls o mais próximo que havia do colégio e do orfanato.

- Os exames apontam desnutrição e acredito que exaustão.- Ouço alguém se aproximar da porta.

Me levanto, tentando me indireitar e ficar sentada. Logo percebo a agulha atravessada pelo o meu braço, no qual injetava o soro ao meu lado em minha veia.

- Que bom que acordou...- Observo a mulher alta de jaleco passar pela porta-você assustou a senhorita Marie e tanto gatotinha.- A vejo sorrir, tentando ser simpática é claro.

- Ariele, querida...- Senhorita Marie se aproxima de mim, estendendo seus braços em minha volta, mas logo me afasto assustada com a sua atitude.- Você nos assustou- se eu não a conhecesse, acreditaria em suas falas.

- Como se sente Ariele?- Possivelmente a doutora e se senta ao meu lado e pergunta.

- Eu não sei...- sussurro

- Pode me chamar de Meredith.- Concordo sem dizer nada e deixo com que encoste o estetoscópio em meu peito.- Respire fundo por-favor?- Pediu e assim puxei todo ar possível e soltei devagar.- Precisará ficar em observação, mais algumas horinhas tudo bem?- Perguntou e não respondi, não tinha o que discordar mesmo.

- Você é nova aqui?- Senhorita Marie pergunta, talvez apenas por curiosidade mesmo.

- Não tão nova.- Respondeu checando meus olhos.- Já trabalhei aqui há alguns anos. Porém, eu me casei e fui morar no Alasca.-Acho tão falta de delicadeza, a senhorita Marie sempre teve o costume de fazer todo o tipo de pergunta as pessoas, até mesmo desconfortáveis muitas vezes. Agora poderia ser apenas por curiosidade, mas ainda sim não vejo como algo educado.

- Ah, é claro. É que não a reconheci.- Responde.

- E vocês duas são de Mystic Falls?- Vejo um sorriso calmo em seus lábios enquanto olhava para mim.

- Sim, eu sou a diretora do orfanato que fica próximo ao colégio Salvatore, acredito que conheça.

Agora seria o momento exato, que ela passaria a dizer o quanto ama seu trabalho e o quanto é prestigiada. Várias mentiras uma atrás da outra.

- Até mais tarde Ariele.- A doutora acena se retirando do quarto e nos deixando sozinhas.

Encosto novamente, tentando fingir a inexistência de Marie ao meu lado. Nada mais desagradável do que está com ela.

Ouço a porta ser fechada e por um breve minuto achei que seria um momento de paz, mas após ver seu falso sorriso se desmanchar, novamente aquele mesmo sentimento de medo me fez encolher.

Ela se aproxima de mim e segura meus braços dizendo:

- Sabe os problemas que você me trará?- Perguntou.

- Me desculpa- Peço prestes a chorar.- Eu não tive culpa!

- Após a sua ceninha, concordaram em te transferir, satisfeita?- A encaro sem entender- Não me olhe com essa cara de cão abandonado.

- Trasferir? Para onde?- Pergunto sentindo meu coração palpitar rápido, mas não por medo da senhorita Marie, mas sim pela a notícia.

- Não sei, ainda. Mas, acreditam que você está sendo vítima de maus tratos e agora estarão supervisionando o orfanato, por sua culpa!- A mesma se senta em minha frente e segura as minhas mãos. Aquilo era novo.- Querida, porque não ajuda os seus colegas? Logo, alguém irá te conhecer e te fará algumas perguntas.

- O que você quer que eu diga?- Sinto uma lágrima escorrer em meu rosto.

- Diga o quanto você gosta de sua casa, fale a eles que você é muito bem tratada. Que o que houve, foi apenas por um descuido seu.- Sua voz se tornará doce e suave, ela estava me chatagiando.

Isso é óbvio, nada muito diferente. Dela eu não espero nada e não deveria ficar surpresa, sabendo o tipo de pessoa horrível que é.

Seco meu rosto com as mãos e volto a encara-la. Podia sentir a tenção pairar sobre mim. Talvez eu fosse para um lugar bem pior do que eu já vivo, mas ao mesmo tempo me conforta a idéia de me livrar da senhorita Marie.

- A senhorita me ensinou que eu não devo contar mentiras, certo?- Abro um sorriso cínico em meus labrios, enquanto vejo seu rosto mudar drasticamente- Se lembra?- Pergunto sentindo algo se reverirar dentro de mim. Um ódio, fúria.- Aquele dia em que você me bateu no jardim com um cabo de aço? Pois bem, eu me lembro de cada detalhe e especialmente de você me dizendo o quão errado era mentir.

- Ora sua...- A mesma levantará sua mão em minha direção e tento desviar de seu tapa, cobrindo meu rosto. Porém, alguém milagrosamente surgiu ao lado de fora anunciando sua chegada batendo na porta.

- Seus dias estão contandos. Diretora Marie.

Eu continuava sorrindo para a mesma, que logo em seguida se retirou do quarto, me deixando sozinha e dando espaço para que outro alguém entrasse.

Para a minha surpresa, era o Xerife da cidade. O senhor Donovan, acompanhado de mais alguém, um homem bem mais velho que o mesmo. Talvez uns dez anos a frente.

- Então como essa mocinha está?- Perguntou.

- Eu acho que estou bem- Sorrio.

- Acredito que já me conheça.- Concordo balançando a cabeça.- Este aqui ao meu lado é um velho amigo meu. Quero que o conheça.

- Como vai Ariele? Eu sou o senhor Saltzman. Direitor do colégio Salvatore.

- Ah, é um prazer conhece-lo.- O encaro sem entender sua presença.

- Está disposta para responder alguma perguntas?- Xerife Donovan pergunta e concordo.

Brotherhood: Os Filhos de Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora