Cap 52- Nada Ruim Que Não Possa Ficar Pior

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~♤~

Eu estava me sentindo um lixo após sair daquela casa. Mal tinha forças para andar o que me fez cair ajoelhada em frente a entrada dos fundos.

Como eu odiava tudo isso, porém eu odiava ainda mais pensar que talvez ele esteja certo. Eu não deveria ter nascido. Além de um erro, um acidente, era para eu está morta. Horas depois que eu nasci, isso poderia ter evitado muitas coisas principalmente eu não precisaria carregar o fardo de saber que sou o peso de sua vida, seu karma e sua pior escolha.

O que eu esperava também? Um pedido de desculpas? É claro, que seria dessa forma. Mas o maldito coração mais uma vez me fez sentir e criar esperanças. Aonde eu estava com a cabeça ao tentar isso? Ah claro, lembrei tem a Hayley. Mas, tenho certeza que a minha família poderá resolver isso.

Ainda a madrugada estava prestes a começar, provavelmente eu sou vista agora como uma presa fácil aos vampiros dessa cidade. Pouco me importava, eu sabia me defender. Mas, agora, nesse momento eu não queria me defender.

Eu só queria que alguém sugasse todo o meu sangue agora, talvez eu mesma poderia tentar algo. E se por acaso eu enfia-se uma adaga no meu coração agora. Eu provavelmente acordaria como híbrida, mas então esperaria o sol nascer. E quando o sol nascer, ele me queimaria e eu morreria aqui.

Seria menos um, seria menos uma preocupação.

Sinto meu celular vibrar em minha bolsa e suspiro nervosa ao olhar na tela o número de Kol. Eu estava tremendo muito e com a ideia que acabará de me ocorrer, me deixará ainda mais nervosa. Mas, sim porque eu queria fazer isso, queria deixar tudo isso.

– Kol...
– Ariele, me diga que está bem.
– Eu deveria está morta, não era assim que o destino queria.
– Não Ariele! Não! Você está errada, não existe um destino para nós, existe vários e nós fazemos ele. Por-favor, vá para o hotel e antes da tarde, o avião estará esperando. Eu já conversei com o Piloto, ele é meu amigo. Não faça nada imprudente.– Ele parecia mais desesperado do que eu.– Você é muito jovem. Quase aconteceu quando você nasceu e quase aconteceu de novo, dois anos atrás. Eu não vou suportar...– Eu não sabia o que dizer exatamente, mas ele sabia. Todos sabiam e durante esse tempo todo, eles tomaram o máximo de cuidado comigo.– Ariele...
– Davina?
– Volte Ariele, eu estarei esperando você no aeroporto e vou levá-la comigo.
– Mas, eu não posso. Kol não pode.
– Estamos vivendo uma época de calamidade, acha mesmo que isso vai nos impedir de fazer algo? Volte e eu garanto que ficará tudo bem.
– Só...me deixe derrubar esse lugar antes?– Pergunto olhando para atrás. Era uma ideia estúpida, mas eu queria.
– O que?
– Deixe-me derrubar esse lugar. Deixe eu demolir tudo com eles dentro. Não irão morrer mesmo, podem reconstruir novamente. Só me deixe desmoronas esse sonho patético deles.
– Irá te fazer melhor?
– Talvez...
– Então vá. Derrube tudo com eles dentro e venha embora Ariele. Será o nosso segredo, garanto a você que não vou contar nem a Freya e nem a sua mãe.
– Muito obrigada.
– Estarei esperando.

Desligo e coloco as minhas mãos sobre o chão. Era quase sempre como um desafio manter o controle, mas agora eu queria apenas descontar a minha raiva nele, destruindo algo que ele gosta.

Tudo aqui iria virar destroços e pó e inclusive o maldito piano dele.

Tentei me concentrar, enquanto canalizava todo o meu poder de forma rápida e bruta. Eu sentia ele passando pelas minhas veias, uma sensação de queimação, mas era tão bom.

– Calma Ariele, não precisa destruir a cidade inteira lembre-se...
Ouço rachaduras se formarem pelas paredes e assim um grande baque acontecer logo atrás de mim.

Brotherhood: Os Filhos de Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora