Cap 15- Voltas

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— Eu espero que tenham se divertido.— Freya nos acompanhava de volta ao carro.
— Foi um prazer conhecê-la.— Dylan se despede.
— Vendo assim, vocês me deixam com menos dúvidas sobre a paternidade com meu irmão.— Sorrio.

Espero com que todos, principalmente Hope se despeça de sua Tia, pois era aqui a que mais precisava de um encontro como este e agora estávamos voltando para o colégio o que significava que ela ficaria um bom tempo sem notícias.

— Ariele...— Freya caminha ao meu lado, assim se afastando de todos.
— Queria falar comigo?— Pergunto
— Sim, queria dizer a você algumas coisas que acho necessário, já que infelizmente meus irmãos, principalmente Elijah não estão aqui para dizer.— Fico de frente para ela.— Sei que me mostrei um pouco inconformada com o resultado, mesmo sabendo que não há chances de haver erros naquele feitiço. Eu percebi o quão empolgada você pareceu estar durante a manhã e entendo seus motivos e sei o que está sentindo. Também sonhei durante muitos anos uma vida com a minha família.— Ela aparentemente estava sendo sincera.— Eu acho incrível, as possibilidades altas de você e Dylan serem filhos de Elijah, se ele estivesse aqui e soubesse, acredito que ele também iria gostar muito.
— Como você mesma disse, o feitiço não tem como errar, mas ainda sim é desconhecida a nossa origem.— Respondo cabisbaixa.
— Eu tenho muitas teorias sobre vocês e descobrirei. Mas, por enquanto quero que se sinta acolhida e parte de nós. Não somos perfeitos como você sonhava, mas somos muito unidos mesmo não estando próximos, infelizmente.— Segura a minha mão.
— Você sabe aonde ele está?— Pergunto.
— Eu não sei, mas precisarei dele, então em breve trarei ele de volta.
— Não queria incomodar...
— Não é incômodo nenhum, tudo pela a minha família.— Sinto algo cair sobre a palma de minha mão.
— O que é isso?— Pergunto.
— Bem, acho que você já viu Hope usar um desse. Esse é um pingente que todos nós usamos com a inicial da família, eu fiz um encantamento, além de decorativo...— me viro para que possa prende-lo em volta de meu pescoço— pode usá-lo como foco e melhorar sua magia, não conte isso a ninguém na escola.
— Muito obrigado...— peço e eu estava me segurando para que eu não acabasse me deixando levar e começasse a chorar naquele momento que por mais que fosse algo tão besta, para mim significou tanto. Foi a primeira vez que me senti parte de algo, acolhida e afeto.
— Tome cuidado quando voltar, Dylan me contou sobre o seu sonho.— Reviro os olhos.
— Eu disse que não queria falar sobre isso, justamente para não te preocupar.— Respondo.
— Nossa família tem uma grande ponto negativo, são os inimigos, então tudo pode ser muito importante e eu também estarei procurando sobre isso, não é normal você sonhar com a minha mãe, já que você nem ao menos sabia quem era ou ouviu falar dela e muito menos, saber o nome de meu pai e a única arma capaz de matar um original.
— Vocês mantêm ela escondida?— Pergunta.
— Sim.— Responde e olha para atrás.— Acho melhor você ir agora. Bem-vinda ao caos que somos.— A vejo sorrir.
— Até logo.— Aceno.

Entro no carro, Hope estava ao meu lado no banco traseiro, ela já me esperava e sorria alegremente, este final de semana a fará muito bem.

— Olha, ela te deu um igual ao meu.— Aponta para seu pingente.
— Ele é tão bonito...— falo.

Dylan vira para o lado no banco da frente e ergue seu pingente com a mão, exibindo o novo presente também.

O inacreditável aconteceu. As informações ainda estavam bagunçando a minha mente de forma drástica e dura. Eu estava tentando me manter em controle para que não acabasse fazendo algo ruim, como ia havia acontecido. Eu estava tentando tirar vantagens, ver as partes positivas em tudo. Eu até fiz uma lista e a ordem é mais o menos assim:

1– Eu tenho uma família.
2– Eu sou uma bruxa.
3– As poucas pessoas que já tive contato que são aparentemente parte da minha família, são incríveis.
4– Hope é minha amiga.
5– A escola Salvatore é muito boa.
6– Eu tenho um irmão.

~♤~

Eu acabarei adormencendo no meio do caminho e apenas acordarei com uma brusca freada no carro.

— Mãe? O que foi?— Hope pergunta.
— Crianças...eu preciso que fiquem no carro e não saiam por nada.— a ouvimos dizer e logo sair, nos deixando sozinhos.
— Quem é esse?— Dylan pergunta.
— Esse quem?— Olhamos para frente.
— Eu posso estar enganada, mas...— ouvimos Hope dizer.— ele parece ser o Mikael.— Dylan me olha assustado.
— O que faremos?— Pergunta
— Eu não acredito...— suspiro lembrando do sonho que eu havia tido.

Brotherhood: Os Filhos de Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora