Cap 44- Um Processo de Fuga e Cura das Dores da Alma

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{Ariele Deveraux Mikaelson}

Estávamos a caminho da saída do colégio. Dylan como sempre, havua planejado tudo antes mesmo de eu perguntar. Iríamos sair escondidos, andariamos alguns quilômetros e pegariamos o carro em que ele ganhou da tia Rebekah o ano passado. Sim, ele tem um audi, todos da família concordam que ele é mais maduro de nós três e isso faz com que ele seja privilegiado com presentes ainda mais caros, nossa mãe não questionou o presente, ela disse que havia pensado no mesmo também.

Sendo sincera eu sei que eles apenas tentaram acobertar as inúmeras promessas que nosso pai nos fez e não cumpriu. No final disso tudo, além de Hope, nos dois também sofremos com a ausência de um pai. Klaus tem um motivo muito bem justificado e aceitável, mas ainda sim, não é como se uma mísera carta pudesse vim com o espírito do Hollow, ou uma vídeo chamada pelo o celular. Durante esses últimos seis anos da vida dela, ele se ausentou e nem ao menos uma mensagem de texto perguntando se ela estava bem ele se prestou a fazer.

Mais ainda sim, não é mais pior do que meu pai. A claro. Ele da noite para o dia, resolveu que seria mais fácil viver longe de "sua família", se é que podemos dizer assim. Sem lembrar deles, inclusive de seus filhos, seus únicos filhos. Duas crianças que passaram seus doze primeiros anos sem compreender absolutamente nada, que foram jogados nesse mundo sobrenatural sem ao menos uma explicação. Estávamos no escuro, eu mais do que Dylan, iludida pela a ideia de ter um pai. Pois o nosso, quebrou todas as promessas feitas na qual me alimentavam um visão de um futuro em que nada desse problemas existem. Até o Kol, irmão no qual ele errou drasticamente se fez mais presente em minha vida nos quatro anos que se passarão, mesmo longe ele ainda sim me ligava com frequência, perguntava sempre como eu estava, se eu precisava de algo que ainda sim, a distância para ele não significava muito, faria o que pode-se para ver as duas crianças traumatizada felizes.

Atualmente quando penso em meu pai, só consigo sentir apenas raiva e rancor, Dylan ao contrário como sempre, lidou com essa questão mais fácil do que eu. Por sermos gêmeos, temos uma ligação exclusiva em que nossa mãe trabalhou conosco o aprimoramento e ampliação desde aquele ocorrido trágico no nosso aniversário de treze anos. Basicamente, sentimos mais do que deveríamos, sabemos quando algo está acontecendo e através desse fiozinho invisível, podemos contastar ao outros qualquer coisa que estiver acontecendo. Não é como se pudéssemos entrar na mente um do outro, mas uma oscilação em nossos pensamentos quando fazemos isso, algo parece mudar junto de um barulhinho irritante, parecido com uma dor de ouvido talvez. E eu percebi que nas primeira semanas, quando Antoinette explicou a nossa mãe o que havia acontecido, Dylan parecia ter mergulhado em um poço vazio e então permanecido desde então, porém externamente, algumas semanas depois parecia está tudo bem, ele sabe fingir de forma muito convincente. Aquele vazio também sumiu com o tempo, porém as vezes posso sentir uma tristeza profunda, camuflada ressurgir e desaparecer rapidamente. Ele tem tentado bloquear isso de mim, eu sei e já o questionei diversas vezes, mas ele sempre nega e eu persisto, porque sei que está mentindo.

Enquanto descíamos a trilha que levava a cerca, acabo pensando rapidamente no quão confiável era esse contato de Dylan e acabo dizendo:

- Esse teu amigo, é de confiança?- Pergunto enquanto o mesmo encosta a mão próxima a cerca.
- Sim Ariele, ele é. Você o conhece talvez, trabalha naquela cafeteria em Mystic Falls.- Responde, enquanto tentava quebrar por um breve momento a proteção que rodeava toda a unidade.
- O garçom?- O vejo concordar e agora sim, me lembro bem dele. Ele tinha o cabelo engraçado, todo ondulado e bem solto.
- Vamos agora...- puxa a cerca para baixo de forma que eu consiga passar.

Pego as nossas bolsas e espero com que também atravesse.

- Não temos muito tempo, a essa hora já perceberam que há algo de errado.- Seguro sua mão.

Brotherhood: Os Filhos de Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora