Cap 49- Guerra

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~♤~

– Encontro particular com um garoto que soa a diamantes?– Não era hora  para aquilo, eu não estava bem para tocar em um assunto sobre Roman, não agora, não neste momento.
– Me desculpa, por ter explodido daquele jeito...– Era sobre hoje mais cedo, Hope não reagirá bem, nem eu. Porém, não queria falar sobre aquilo também.
– Não, para com isso.– Sinto sua mão apertar meu ombro.– Não foi você que começou, nenhum de vocês. Não são culpados.
– Mas sou eu que vou terminar não é? De um jeito ou de outro. Então o que a gente faz agora?– Houve uma breve pausa e assim me afastei, procurando pelo o meu urso, o velho urso.
– Ariele?– Limpo meu rosto tentando não deixar explícito que algo havia acontecido.
– Sim tia Freya?– Bagunço uma das minhas gavetas, espalhando todos os objetos que haviam.
– Quer conversar?– Pergunta.
– Não...– Sussurro, tentando respirar e me forçar a não se descontrole.
– É seu pai não é?– Fecho meus olhos e não a gaveta com força.
– Meu pai se foi a muito tempo!– As deixo no quarto e volto pelo o corredor até o quarto de minha mãe.

É essa a sensação que eu tenho atualmente, que meu pai se foi a tanto tempo. Que ele me deixou depois que fomos embora do hospital, inicialmente eu queria acreditar que por puro amor, mas depois de um tempo. Essa justificativa não foi mais aceita por mim, além dele Klaus sumiu também. Porém, é diferente, meu pai fez uma escolha, uma péssima escolha na minha opinião. O Klaus, ele simplesmente é difícil, não haveria outro jeito, como ele aguentaria ficar longe da própria filha? Sua única filha.

Em uma de minhas crises quando eu tinha catorze anos, explodi a sala de aula. Fiquei um bom tempo mal e isolado, nem Dylan conseguiu arrancar se quer uma palavra de minha boca.

Minha mãe a essa altura já não passava mais tanto tempo aqui na escola, claro temos uma casa em Mystic Falls, ficamos lá nas férias, feriados e afins com ela. Porém, em alguns momentos como o atual, ela fica aqui.

Foi a única vez em que eu não queria nem ao menos olhar para o Dylan, mas se eu não tivesse descoberto que Elijah a sua atual namorada o que, quer que ela seja não me interessa. Estavam planejando ridiculamente em adotar uma criança, adotar e trazer para esse inferno de vida que temos.

Eu apenas pensei o quão substituível nós somos para ele. Ele disse que eu era a sua princesinha depois de um tempo quando nos conhecemos. Vemos o quanto esse pensamento mudou, passei de princesinha para uma qualquer na vida dele.

{Dylan Deveraux Mikaelson}

Já fazia algumas horas em que Marcel finalmente convenceu Klaus, mas um pouco e eu surtava junto com ele.

Mas, por traz de toda loucura, ainda sim eu o entendo...

Apenas por garantia sugeri que os vampiros da cidade entregassem seus anéis da lua, Marcel aceitou a ideia, mesmo sendo muito radical. Porém, um garoto da mesma idade que eu foi morto, um garoto híbrido, sem necessidade alguma.

Agora os clãs estão ao ápice da loucura também. Um Mikaelson aqui, nunca ser a bem vindo. Tendo dois então.

Eu havia ficado sozinho na mansão, Klaus estava fora, assim como Marcel. Ambos preocupados e talvez, ele tenha sentido que fez tudo errado por aqui, tratar as bruxas como peões, agora cabe a ele concertar e reconquistar a confiança delas.

Muita coisa está para acontecer, com Haykey desaparecida só se torna ainda mais preocupante.

Por mais que não houvesse ninguém na mansão, andando por cada cômodo tudo tinha um sentimento de nostalgia. Cada quadro pintado nas paredes, desde os quartos de meus tios. E pensar que foi aqui em que tudo começou.

"Oi Dylan, não sei se estará ocupado. Mas, quando ver está mensagem, sinta-se acolhido pela a sua irmã favorita. Brincadeira, espero que esteja bem e lidando da melhor forma possível com o Klaus. Já não posso dizer que hoje foi o melhor dia, preciso contar algo a você sobre ele... Eu te amo."

Eu não tinha como negar e recusar essa fala, mas Ariele sempre me encantara com o seu jeito carinhoso. Não há quem diga não amar essa garota. E talvez por esse motivo, eu me sinta no dever de proteje-la. Ela tem um coração fraco e merece que sejam recíproco.

Haviam outras mensagens das quais eu não havia aberto até então. Stephanie...

Minha mãe, não queria que eu me envolvesse com ninguém por enquanto, apenas para preservar e esconder o meu sobrenome. E Stephanie, bom talvez os pais dela não irão gostar nada se souberem que eu sou um Mikaelson. Filho do Elijah e sobrinho do Klaus ainda por cima. Vemos aqui alguém no qual minha família acabou trazendo o inferno para eles.

Não acho certo eu mentir dessa forma, mas tenho medo de ela nunca mais olhar na minha cara quando descobrir a verdade.

Apenas uma pessoa além dela me fazia sentir confortável, Ariele é a primeira, ela é a minha irmã, não há como negar que me encontro em pura paz, quando a vejo feliz. Mas, Stephanie é diferente...Ela me traz o céu, só de ve-lá sorrir é como se o mundo parasse e estivéssemos apenas eu e ela.

– Oi...– Ouvi a sua voz.
– Está tudo bem?– Pergunto do outro lado da linha.
– Sim, eu fui até a escola Salvatore hoje. Tio Alaric me disse que você havia viajado. Porém, estranhei foi de última hora, algo aconteceu?
– Não, não se preocupe. Apenas coisa de família, meu tio está passando por uma fase complicada a ex namorada dele não está bem.
– Ex namorada?
– Sim, eles terminaram a muitos anos atrás, porém continuaram amigos.
– Espero que ela melhore.
– Obrigada.
– Eu liguei por outra razão para ser sincera.
– Por qual motivo?– Abro a porta de um dos quartos.
– Estava pensando em você e senti sua falta...
– Também estive com saudades durante esses dias.
– Quando voltar, vamos nos ver.
– O que quiser fazer...– Olho para a mesa na qual uma das gavetas estava aberta.– Acho melhor eu ir.
– Tudo bem, já está tarde mesmo. Boa noite Dylan.
– Boa noite e durma bem...

Era disso que eu estava falando. Por mais que tudo esteja um caos, por mais que supostamente os rumores de uma maldita profecia esteja próxima. Traremos uma calamidade para essa cidade, afundaremos tudo. Talvez, eu não esteja surpreso, eu não tenho medo, não de morrer, mas tenho medo de que eles morram.

Havia uma carta dentro daquela gaveta. Já faz tanto tempo que ninguém vem aqui que obviamente tudo estaria embaixo de poeira e inclusive essa carta.

Era dele, meu nome estava na carta. Parecia que havia sido começada, mas por algum bloqueio o impediu de terminar. Apenas continha as palavras de "Me perdoe".

Respiro fundo e balanço a cabeça de forma negativa.– Você é um idiota.– Falo rindo daquela carta.

Ouço um barulho vindo do pátio, provavelmente Klaus havia voltado.

– Aonde está o Vicent?– Marcel também estava aqui.
– Nós estamos sozinhos.– Klaus respondeu.
– Como assim nada disso faz sentindo. O que a Hayley fez para merecer isso?– Uma boa pergunta.
– Vejo que não tem boas notícias.– Falo enquanto desço as escadas.

De fato as notícias não eram boas. Klaus pegará a cadeiras velha e a jogada no brasão da família, de prata forjado no canto da parede.

Vejo uma caixa cair da mesma e a estranho.

– O que é isso?– Marcel perguntou.

Pego a moeda que cairá no chão. De um lado uma águia, do outro uma suástica.

– É uma mensagem.– Klaus disse olhando para a moeda sobre a minha palma.– De inimigos que achei ter enterrado a muito tempo...

Brotherhood: Os Filhos de Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora