Cap 11- Convite e Especulações

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— Vim te contar uma novidade lobinha.— Se agacha em sua frente.— quer ver a tia Freya?— Pergunta

Isso provavelmente faria muito bem a Hope, pelo menos assim ela talvez se sentisse menos sozinha e triste. Seus olhos, ganhavam um brilho único ao citar sua família. Eu podia sentir o quanto ela os amava.

— Sim mamãe, quando? O senhor Saltzman autorizou? Eu vou passar o final de semana com você?— Perguntava empolgada
— Sim querida, ainda deixou eu levar seus amiguinhos também...— eu e Dylan a olhamos sem entender— o que acham crianças?— Hayley pergunta
— Ah...o senhor Saltzman deixou?— Dylan pergunta
— Sim.— Respondeu abraçada a Hope.— Eu disse que seria bom, Hope estar com os amigos. O senhor Saltzman me disse que vocês praticamente não tem muitos lugares a irem, então achei que seria bom levá-los comigo esse final de semana. Vocês querem?— Pergunta
— Sim!— Respondo anciosa.
— Ótimo, no final de semana estarei aqui bem cedo.

(...)

Estava no quarto de Dylan o qual, agora ele estava a arrumar algumas de suas coisas, enquanto eu estava tentando terminar sua tarefa de feitiços auto defensivos.

— Não se esqueça da última questão.— O ouço dizer e reviro os olhos.— Precisa estar bem explicada.
— Para de exigir, estou fazendo o que posso.— Resmungo
— Apenas, estou tentando lembra-la...— olho para um urso que havia em sua cama, um urso aparentemente velho já. Observo atentamente, me concentro sobre o objeto, novo cuidadosamente minha mão erguendo sobre sua direção e fecho os olhos.— "Motus"...— sussurro e vejo o urso ser arremessado contra Dylan.
— Aí!— o ouço reclamar.— qual é o seu problema?— Pergunta
— Apenas treinando em você, enquanto você continua a arrumar essa maldita caixa e me deixa aqui, fazendo a sua lições. Sua ética, no qual tanto você fala foi para onde?— Pergunto
— Isso é uma troca de favores Ariele, apenas...— continuo a encara-lo.
— Acho melhor ir logo, se o senhor Saltzman ou qualquer outro professor pegar você aqui, já sabe que ficaremos de detenção.— Volto a escrever, enquanto o mesmo pega o urso que eu acabarei de arremessar contra.
— Você ainda brinca? Tipo, não tem cara de quem ainda goste.— Perguntou calma.
— Eu ainda sou criança Ariele.— Responde.
— É que sei lá, as vezes sinto que tenho que crescer e ver que você ainda tem brinquedos me deixa pensativa.— O vejo se sentar ao meu lado no tapete.
— As crianças da nossa idade, elas têm pulado etapas e se eu pudesse escolher, seria criança para sempre. O que você sente é causado pelas as outras crianças, que não querem mais ser criancas...— paro para prestar atenção no que dizia— eu gosto de algumas coisas.
— Qual a história do urso? Ele parece bem velho.— Pergunto
— Bom, esse urso é a única parte que eu tenho dos meus pais biológicos. Minha mãe e meu pai adotivos, disseram que isso foi entregue junto comigo, quando eu ainda era um bebê.— Contava, olhando fixamente para a pelúcia.
— Eu também, tenho algo que estava comigo quando me encontraram. Por coincidência, é um urso, parecido com o seu um pouquinho. As crianças do orfanato o fizeram ficar desgastado infelizmente, mas ainda sim é a única coisa que me faz conseguir dormir.
— Já pensou se eram os irmãos?— Pergunta e começo a rir.
— Não mesmo Dylan.
— Por que não? Olha só...— se ajoelha de frente pra mim— nós dois, fomos abandonados quando mais novos certos?— Concordo, fingindo compreensão.— Temos a mesma idade, fazemos aniversário no mesmo dia...
— E mês.— Acrescento
— Somos parecidos.— Faço careta.— Okay, nem tanto assim, mas pense um pouquinho, você disse que tem um urso parecido com o meu. E se a nossa mãe ou nosso pai, tivesse nos abandonado por alguma razão muito complicado secreta?— Pergunta
— A sua suposição é tão equivocada Dylan.— Respondo
— É talvez tenha razão, mas não deixa de ser uma teoria boa.— Nos deitamos sobre o tapete do quarto.— Será que o senhor Saltzman encontrou algo?— Perguntou
— Eis a questão, já faz muito tempo, não concorda? Ou essas coisas demoram?— Pergunto olhando em seus olhos.
— Se ele já souber, você teria vontade conhecer?— Pergunta e volto a encara o teto.
— Eu gostaria de perguntar, por qual razão eu fui abandonada? Eu só queria saber o motivo, não ficaria triste ou coisa do tipo, mas viver uma vida sem explicações é tão...frustrante.
— Eu entendo, faria a mesma pergunta. Gostaria de saber por qual motivo fui deixado no lixo, pelas ruas da cidade, com fome e frio.
— Pelo menos, você foi adotado. Teve a oportunidade de ter uma família. Eu cresci em um orfanato, sendo rejeitada e sem esperanças de ser feliz e ter uma família.
— Você tem razão, mas ainda sim o sentimento de ter sido rejeitado é maior...— sorrio fraco e seguro em sua mão.
— Tanto faz. As coisas mudaram para nós, somos amigos e eu não te rejeito.— O vejo sorrir.

Brotherhood: Os Filhos de Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora