Cap 37- Os Nossos 13 Anos

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{Ariele Deveraux Mikaelson}

- Quem agora poderia me mostrar na prática como é reconhecer objetos que estão compostos por essências místicas ocultas?- Ninguém levantou a mão para tentar, era um feitiço bem mais simples, infelizmente aqui aprendemos apenas feitiços defensivos, nunca para ataques.- Certo, então sem voluntários?- A senhorita perguntou, apenas ouvindo o silêncio que predominava dos demais alunos.
- Professora!- Ouvimos Lizzie levantar bruscamente, arrastando a cadeira oara atrás.- Eu acho que temos a voluntária certa para esse feitiço.- Percebo que seu olhar havua pairado sobre mim e me viro sem entender.- A senhorita Deveraux.
- O que?- Pergunto.
- Vamos lá Ariele, eu sei que você quer muito ganhar uma nota extra por participação.- A encaro tentando me controlar diante daquela atitude infantil, apesar que se tratando dela não seria menos do que isso. Não é surpresa nenhuma.
- Tudo bem Ariele?- A senhorita Elder perguntou.
- Sim...- respondo e me aproximei de sua mesa.
- Aqui eu tenho três talismãs, apenas um deles está encantado com uma magia extremamente forte capaz de aprisona-los em uma ilusão. - Isso me parecia ser um pouco mais de intuição, eu não poderia toca-los ou eu sofreria as consequências do encantamento presente.

Fecho meus olhos e passo levemente minha mão próximo aos três objetos presentes naquela mesa, eu sentiria o que possivelmente há algo de errado, pois diferente dos demais, haveria calor vindo dele.

- É esse aqui.- Paro minha mão sobre i talismã azul, parecia velharia e até mesmo cafona.
- Está certo.- Logo ouço todos os demais alunos presentes na sala aplaudirem.- Não é tão difícil para você não é mesmo? Além do mais neste momento está usando um não é?- Toco em meu pingente sem entender.
- Como sabe?- Sussurro perguntando, além do mais só saberia se tivesse tocado. Ela simplesmente não me responde e apenas sorrir.

Volto para o meu lugar, pensando no que havia acontecido. Isso foi estranho, mas talvez não além do mais ela tem muito mais do que eu, é isso que faz uma bruxa conhecimento, prática, eu ainda não entendo tanto, apenas sei que sou muito forte para a minha idade e que por isso preciso tomar cuidado.

- Crianças, é importante que saibam reconhecer o perigo também, as vezes um objeto como esse pode acabar se tornando uma enrascada e quanto o antes perceberem, maiores a chances de escaparem ilesos.- Olho para atrás e lá estavam Dylan e Hope me esperando.- Okay, encerramos hoje pessoal, estão dispensados.- Organizo meu material e antes que eu pudesse sair, a senhorita Elder pediu para que meu irmão e a Hope entrassem.
- Feliz aniversário crianças. Quer dizer, não tão crianças agora.- Nos parabeniza por mais uma vez encerramos um ciclo de nossas vidas e iniciarmos outro.
- Muito obrigado.- Agradeço.
- Espero que se divirtam hoje.- Ela segurava as nossas mãos de forma carinhosa.
- Igualmente para a senhora.- Respondeu Dylan.
- A diferença é que hoje o dia é de vocês dois, como se sentem finalmente comemorando juntos?- Pergunta.
- É diferente, mas não estranho. É bom saber que alguém está comemorando da mesma forma que eu pelo o mesmo motivo.
- Dylan, Ariele, precisamos ir...- Hope disse nos puxando para fora da sala.
- Até mais.- Aceno.

Ao sair da sala, Dylan e Hope me abraçaram fortemente, me fazendo rir de suas atitudes inesperadas. Enfim, treze anos só de pensar que eu deveria estar morta antes mesmo dessa data já é uma possível considerável vitória.

- Feliz aniversário priminha.- Talvez ela estivesse mais empolgada do que nós dois.

~♤~

Ao final da tarde, Hope após fazer com que nós dois revelassemos os nossos pedidos de aniversário. Ela deveria se sentir frustrada por não ter ninguém da mesma idade por perto.

Eu disse que não queria muito, não desejava muito, tudo o que eu apenas queria era a nossa família de novo, mas claro eu não sei, chegamos a um momento novamente em que não sabemos mais nada uns sobre os outros. Eu acredito que neste momento meu pai já tenha voltado a França, está com Antoinette tocando piano naquele bar. Rebekah e Marcel voltarão a conhecer o mundo juntos e ela tentará ser feliz novamente. Kol, Davina e Freya também. Mas, agora Klaus talvez tenha estado se acabando, descontando sua dor em outras pessoas. Que parte decadente da história. Espero que estejam bem.

Dylan e eu estávamos andando pela floresta enquanto a noite ainda não chegava, hoje era dia de lua cheia e por isso não poderíamos ficar aqui quando ela aparecer e claro, muito possivelmente haverá alguma festinha clandestina dos alunos mais velhos.

- Estive pensando, até que você está se saindo muito bem com o irmão.- Caminho de costas para para a trilha que seguiamos, assim ficando de frente para o mesmo.
- Talvez eu tenha nascido primeiro, sou mais responsável.- Com aquela carinha de quem gosta de tirar vantagem e ironizar tudo, com as outras isso funciona comigo não.
- Você é convencido.- Afirmo desmanchando seu sorrisinho.
- Igual a você.- Tenta me puxar, mas consigo ser mais rápida me afastando dele e correndo para mais fundo da floresta.
- Será que você não irá tomar jeito? Criar um pouco de maturidade?- Sinto suas mãos me agarraram por trás, assim fazendo com que caíssemos.
- Ah não Dylan...- enquanto eu prestava atenção desapontada pela a minha roupa se encontrar cheia de folhas e terra, ele apenas se divertia vendo a minha frustração.

Respiro fundo e assim ficamos em silêncio, sem explicação e só então percebi que me faltava exaustão. Eu passei noites em claro, ajudando Hope a conseguir algo que estamos querendo muito fazer, um feitiço na verdade. Um feitiço de projeção astral, que permite com que possamos ver qualquer pessoa que desejamos independente ela esteja.

Ela me pedirá com que eu guarde segredo, pois esse feitiço veio de um livro que não deveria estar aqui e se descobrirem as consequências não serão muito boas.

- Olha só, vocês dois parecem felizes.
- Kol?- Pergunto me surpreendendo com a sua chegada sorrateira.
- Feliz aniversário.- Corro até ele que me levanta do chão facilmente me abraçando.- Como vai pequena cópia de meu irmão?- Perguntou a Dylan.
- Vou bem...- retribui o abraço e não penso duas vezes antes de perguntar.
- Tio Kol...- o chamei.
- Eu sei o que vai perguntar bruxinha. Sinto muito, mas a resposta é não, ele não veio.- Me colocou no chão de volta, abaixo a cabeça percebendo que eu estava chateada, mesmo sabendo que não seria surpresa ele não estar aqui.
- Como você está aqui? Eu pensei que não poderia.- Dylan perguntou sem entender.
- O pai de vocês me pediu para vim até aqui vê-los é um dia especial não é mesmo? Fiz isso por vocês, não por ele é óbvio, sei a necessidade quem tem de afeto e infelizmente a nossa família não é melhor nesse requisito. Agora vamos para a outra parte da conversa. Elijah também me oediuvpara que eu não falasse sobre isso, mas não tem como. Então, vamos lá. Estamos com problemas é isso...- respondeu de forma a parecer que estava cansativo.
- O que aconteceu?- Pergunto.
- Me prometem que não irão fazer nada? Elijah me caçara se algo acontecer a vocês.- Implorava drasticamente.
- Okay, agora fale.- Peço.
- Nós perdemos a âncora, não sabemos mais aonde ela está.- Respondeu.
- Então o feitiço não foi feito?- Dylan pergunta.
- Porque ele não veio então?- Pergunto frustrada.
- Estamos caçando a âncora, ele e Freya estão incansavelmente procurando, fazendo de tudo. Até mesmo Davina. É um problema muito complicado com necessidade a ser resolvido o mais rápido possível.
- Vocês sabem se alguém, surgiu dos mortos novamente?- Dylan pergunta.
- Não que saibamos até agora, não tivemos nenhuma visita de algum defunto.
- Eu sabia que tinha algo...- ouço Dylan sussurrar.
- O que você disse?- Kol perguntou.
- Não é nada...
- Crianças?- Olhamos para atrás por um segundo e no mesmo momento Kol já não estava mais conosco.- Aqui estão vocês.- Era a senhorita Elder.
- Olá senhorita Elder, aconteceu algo?- Dylan pergunta.
- Estava procurando por vocês, Hope me disse que haviam saído e já está ficando tarde demais para estarem aqui. Fiquei preocupada.- Dylan passará a olha-la de forma estranha, ela poderia não perceber, mas meu irmão certamente estava incomodado com sua presença.- Eu queria conversar com os dois a sós...

Brotherhood: Os Filhos de Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora