Cap 43- A Família: Iniciação Eras Finais de Caos

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Nas próximas horas, daríamos início a todo um novo ciclo, tanto de saudades e esperas, quanto de aprendizagem.

Antes de saímos do hospital, encontramos o Xerife Donovan, a presença de meu pai o deixará incomodado, talvez pelo o fato de um original ter retornado a cidade após tanto tempo, isso me deixou até um pouco intimidada, não é como se fossemos destruir a cidade inteira.

— Ariele e Dylan, que bom vê-los novamente, espero que estejam bem.— Troco olhares rapidamente com meu irmão que também perceberá uma certa ironizacão.
— Estamos sim xerife, em perfeito estado, apenas uma surpresa desconsideravel e agora resolvida nos pegou desprevenidos.— Dylan o respondeu com firmeza, enquanto meu pai me mantinha próxima a ele.
— Fico feliz por isso, faz muito tempo que não os vejo. Principalmente você Dylan e seus pais, perguntei diversas vezes ao prefeito.— Sorrio ao perceber que tocará em uma ferida ainda não cicatrizada, ele parecia está fazendo de propósito para colher informações, talvez sinta-se ameaçado por intrusos como nós, mesmo que começamos muito bem um ao outro.
— Muitas coisas mudaram, inclusive minha vida particular...— Dylan respondeu e logo em seguida segurou a mão de nossa mãe.
— Matt, eu posso garantir que não há com o que se preocupar...— meu pai responderá— meus filhos não são ameaça aqui, além do mais eles estão sobre guarda e supervisão provisória de Alaric Saltzman, assim como a minha sobrinha.
— Claro, é considerável que há uma grande manifestação de magia vindo dessas crianças, mas não apresentam nenhum risco ao contrário de outros.
— Já estou e saindo da cidade e deixarei o país ainda hoje.— Meu pai responderá ríspido e calmo. Então, era sobre isso, temia que algo acontecesse, que incerto e fútil, estamos saindo de um hospital o que mais poderíamos fazer?— Bom, por acaso se não importa, vou deixar meus filhos na escola.— Disse apertando meu ombro com a mão direito e acabo forçando um sorriso leve para o xerife.— Eu desejo a você um ótimo dia.

Daquele momento em diante, nos separamos por um período longo e doloroso. Aqueles meses que precisávamos manter todo o cuidado do mundo, já que infelizmente acabamos deixando rastros da nossa magia pela cidade e aceitaremos alguns dos cidadãos. Foi acidental, isso é óbvio.

Porém, quatro anos se passaram que incrível, passei a ver meu pai com baixa frequência, contato ele fazia de vez enquanto. Mas, o que sabíamos é que estava com Antoinette, vivendo na França como desejará da última vez.

Eu, Dylan e Hope, crescemos e cada dia mais se torna difícil nos controlarmos, um mundo novo surgirá e com isso novas vontades também. Eu sentia a dor de Hope todas as vezes em que ela me via indo encontrar alguém meu pai. Por mais que fossem poucas vezes, ainda sim eu imaginava o quanto aquilo a afetava.

O que eu mais temia aconteceu durante esse tempo. Eu passei a questionar a promessa de nossa família, após descobrir o colapso em que meu pai estava se afundando após um ano de todo o ocorrido com Dahlia. Ainda sim, havia uma mísera profecia sobre a queda do Mikaelson's, sim ainda somos considerados a ruína, os herdeiros óbvio. Entretanto, meu pai tomou a injusta decisão na qual me fará cair de vez na realidade. Como antes sua memória será apagada, ele apenas quis manter nós e Antoinette, tudo haverá sido alterado menos o nosso nascimento e desde então, Dylan escolheu evita-lo porque tudo o que falamos já não faz mais sentindo para ele e agora, se tornará ainda mais difícil quase impossível de recupera-lo.

Eu não sabia dessa decisão, quando descobri tudo já havia acontecido, Antoinette quem contará a nossa mãe que pedirá para que interpretamos um personagem com ele. Desse jeito eu passei a ver o quanto os seus irmãos também poderiam ser a desgraça na vida de meu pai, tanta devoção ao ponto dele escolher esquecer tudo. Porém, não julgo pois se fosse com Dylan, eu também não aguentaria.

Uma nova história começou e então daqui esperamos os novos capítulos da minha vida que até então, parecia calma.

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{Dylan Deveraux Mikaelson}

— Roman...— ouço a voz de minha irmã bem baixa e pelo o arfar, eu podia ouvir seu coração pulsar, sua respiração se tornar cada vez mais pesada.

Como eu imaginava, aqui estava ela se atrasando mais um dia e aos beijos com meu amigo, Roman.

De longe seria um prazer atrapalhar ambos...

— Chega...— puxo minha irmã pelo o braço.
— Qual é o seu problema Dylan?— Perguntou limpando com o polegar ao redor de seus lábios que agora estavam espalhados o intenso batom vermelho.
— Princesa, preciso de você...— a encaro mostrando que não é um pedido e sim uma ordem— para agora, neste exato momento.
— Até mais Roman.— Se despediu assim beijando o canto externo dos lábios de meu amigo e suspiro a esperando.

Para todos os efeitos, eu não me importava nem um pouco de que minha irmãzinha estivesse ficando com o cara que é meu amigo, meu melhor amigo por sinal, porém acho que as vezes ela poderia ser mais discreta. Ainda sim é muito desconfortável eu precisar vê-la assim. Se eu disser isso a ela, logicamente sua resposta será "quando você fica aos beijos com alguma garota daqui, inclusive a Saltzman eu não interfiro", então sejamos justos.

Ariele ficou mais vulnerável depois que nosso pai, tomou a injusta decisão de apagar a própria memória mais uma vez. Ele nos prometeu que jamais se esqueceria de seus únicos filhos, aqueles que carregam seu sangue, sua descendência, mas mesmo assim fez. Me pergunto o que levou a tomar essa atitude. Tenho certeza que sua justificativa seria– amor aos meus irmãos–, eu sei que se fosse no meu caso essa escolha estaria como opção, pois não enxergo um futuro sem Ariele, sem poder trocar uma saudação durante o dia.

— O que houve?— Perguntou enquanto se soltava da minha mão seguinte dos passos que se afastavam dos degraus.
— Kol, me ligou há algumas horas.— Respondo sorrindo vitorioso por ver o ódio eminente em seu olhar, eu atrapalhei seu momento e sei que a mesma estava esperando por isso a muito tempo com Roman.
— Tio Kol? Porque não me avisou antes?— Perguntou em um tom indignada.
— Desculpa irmã, mas você estava ocupada demais com a língua na boca do Roman.— Revira os olhos e segura minha mão.— É a Hope...
— Eu estava sentindo que havia algo errado, então comece.— Pediu parecendo está mais tranquila.
— Ela está com problemas...— tento falar mais baixo, as paredes aqui ouvem tudo o que falamos e isso é algo que eu não quero que chegue a ninguém além de nós— pois então, ela fez algo um pouco complicado.
— O que pode ser tão complicado assim?— Pergunta de forma irônica.— Quer dizer, não é como se ela tivesse matado alguém.
— Talvez seja pior.— Seu sorriso desmanchara em questão de segundos.— Ela prendeu Hayley em um caixão, mas agora ela está desaparecida. Freya e Klaus estão em Nova Orleans tentando ajeitar isso.— Ela parecia finalmente ter entendido aonde eu queria chegar com aquela conversa. Então a mesma apenas tomou a frente e em passos as firmes voltou para dentro do prédio.

Ariele entenderá facilmente o que deveríamos fazer, eu sei que é errado, que Hope foi extremamente inconsequente ao fazer isso, mas agora mais do que nunca ela precisaria da nossa ajuda. Imagino o quão desesperada neste momento ela deve está, uma tentativa de chamar atenção se Klaus o qual nem se quer prestou em enviar uma carta durante esses anos todos, ela sente falta dele. Assim como Ariele sente de nosso pai, então talvez eu a entenda, mas ainda sim uma atitude extremamente precipitada.

Entro em seu quarto e fecho a porta as pressas, enquanto a mesma pagará uma bolsa logo abaixo de sua cama.

— Já irei lhe dizer...— abro as gavetas em que seus pertences estavam— o quarto da tia Rebekah é meu dessa vez.
— Que incrível voltaremos para casa.— Jogo algumas blusas na direção da cama.
— Não acha isso irônico?— Pergunta escolhendo com agilidade o que levaria.— A Freya não conseguir localiza-la como se ela tivesse por acaso sumido do mapa? Engraçado acho que me lembro de algo do tipo.— Pego um dos pacotes que guardavam uma quantia nossa e arremesso em sua direção.
— Tem razão, essa história já conhecemos perfeitamente e não sei, mas sinto que há algo dizendo que realmente deveríamos voltar.
— Talvez o destino...— fico ao seu lado tentando ajuda-la— mamãe vai ficar furiosa com nós dois.
— O castigo no final irá valer a nossa rebeldia, a família?— Pergunto.
— A família...

Brotherhood: Os Filhos de Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora