Cap 51- Apartir de hoje, passe a fingir que eu e meu irmão, nós nunca existimos.

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~♡~

– Ainda não acredito que sua mãe nao te impediu...– Paro em frente a vitrine de uma loja.
– Ela mesmo confessou que se nao deixasse eu encontraria outra forma de vim até aqui.– Respondo observando as roupas em exposição nos manequim.– Por mais que eu odeie tudo nesse país, tem algumas vantagens.
– Houve uma época em que eu amei a França.
– Tio Kol, infelizmente nós temos algo muito em comum.
– Que seria?
– Elijah nos machucou de alguma forma.
– Ariele, eu ainda acho loucura. Klaus disse que ele está irreconhecível, mais frio do que antes. Não acho certo que se force a passar por isso. Tenho medo que se machuque ainda mais, me dói em pensar nesse rosto coberto de lágrimas.– Abaixo a cabeça me sentindo a pessoa mais amada desse planeta.
– Eu preciso passar por isso, eu preciso ouvir dele, preciso ver que não há mais nada da pessoa que ele um dia foi em minha vida. Enquanto isso, ajude Freya tio Kol, estou implorando.
– Não se preocupe princesa, farei o que posso. Se cuide e não faça nada imprudente, nossa família tem muitas desgraças.
– Prometo...

Desligo a chamada. E volto a andar pelas calçadas calmas daquele bairro. França, lembranças das quais eu evitei, durante esse tempo e infelizmente estou tendo o desprazer de revive-las.

Eu estava agora na cidade de Manosque, Freya conseguiu por algum milagre dos ancestrais localiza-lo aqui. E eu estava com endereço e tudo mais.

Eu escolhi ficar em um hotel mais próximo a cidade, já que aqui era uma área residencial mais reservada.

Paro em frente a casa que assim como as outras deste lugar, eram rústicas e com uma aparência mais antiga. Conservadas, com telhados reclamados e altíssimos andares. Abaixo tinha um bar, que cafona.

Se eles estão aqui a essa altura já sentiram o meu cheiro e sabem da minha presença. Ou  talvez não, hora de tentar um feitiço novo.

Entro com calma tentando não fazer barulho por conta de minhas botas e caminho até as escadas. Eu deveria assumir um novo papel apartir daqui. Observando com rapidez o inteirior da casa, até me lembrava um pouco a casa de minha familia em Nova Orleans.

Você pode negar o seu passado, mas ele sempre fará parte do seu presente...

Afinal de contas está servindo para nós dois.

– Estava certa...– Ouço sua voz de longe e tento me manter calma para não explodir.– Sobre o que?– Sua esposa estava aqui, que legal. Reviro os olhos e seguindo suas vozes.– A sensação após o pôr do sol sem o anel é uma alegria sem igual.– Que nojo eu tenho disso.– Eu vou levar crédito  pela a maior parte dessa alegria.– Eles estavam se beijando, claro o barulho denunciou.

Ambos pararam o que me fez questionar se havia algo errado. Talvez o feitiço tenha dado errado.

– Talvez seja a sua família...– Penso comigo mesma que fodeu.
– Primeiro as damas...

Mas, não era isso, havia mais alguém e o barulho do pescoço sendo quebrado.

– Estava te observando.– Mostrou o celular a Antoinette.

O feitiço se desfez, eu pude sentir e assim ambos viraram percebendo que eu estava agora aqui.

– Garanto que não tenho nada haver com isso.– Sorri os encarando de cima a abaixo.– Ah o que foi?– Pergunto ao verem sem reação.– Os atrapalhei? Sinto muito mesmo, não era isso que eu pretendia. Mas, vamos começar novamente.
– Ariele o que está fazendo aqui?– Antoinette pergunta.
– Começando novamente...– Não respondo a ignorando.– Olá boa noite aos dois, sentiram a minha falta? Tenho certeza que sim, quem não sente? Freya surtou depois que passei mais de seis meses sem mandar se quer um oi em depressão, me sentindo insuficiente por alguém que não merece meu afeto.– Dou alguns passos a frente.– Péssima realidade humana de ter sentimentos, se eu fosse vampira com toda certeza naquela época eu teria desligado as minhas emoções. É mais fácil não sentir.– Elijah permanecia sem expressão alguma o que internamente me fez surtar, quase como se me despreze, eu talvez despreze sim.
– Você mudou muito.– Finalmente ele dirá algo.
– Ah eu mudei? Você notou que eu mudei?– Perguntei sarcástica.– Claro, eu cresci. O tempo foi muito generoso, tanto comigo quanto com meu irmão. Fomos abençoados pela a beleza da família Mikaelson, isso é de se notar.– Guardo meu celular e indireto a minha postura.
– O que você quer?– Pergunta fria.
– Engraçado você passa anos sem se quer dar notícias, apaga a porra da sua memória e depois que se lembra de tudo, por uma  qualquer você escolhe ainda sim deixar a sua família. Deixar seus filhos pequenos, seus irmãos. Sua história. É isso que você me pergunta primeiro? "O que você quer?". Francamente eu esperava mais de você Elijah "O leal", "O justo" e todas aquelas asneiras que falavam sobre o você.– Jogo meu cabelo para o lado.
– Ele fez o que tinha que fazer Ariele.– Meu olhar se volta para a mesma mulher que anos atrás cuidou de mim por alguns meses e depois ajudou Elijah a se virar contra nós.

Brotherhood: Os Filhos de Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora