Cap 32- A Volta A Nova Orleans

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~♤~

— Pai...— Dylan surge ao meu lado.
— Eu sei o que vai pedir a resposta é não.— Responde de forma direta.— Freya disse que vocês...
— Não poderiam fazer nenhum feitiço que possa chamar atenção ou causar uma destruição, não queremos deixar os ancestrais irritados e muito menos dar a chances de um espírito maligno e antigo, acreditar que deve se apossa de nossos corpos.— Pego o grimorio que estava logo acima do piano e volto para o sofá.
— Olha só que ótimo, não preciso nem ao menos repetir as informações.— Aperta uma das teclas causando o som de um Dó bem lento.— Mais tarde, vocês poderão treinar o quanto quiserem, mas nada...— seu olhar se volta para mim— de tentar os demais feitiços dos grimorios de minha mãe. Compreendido?— me pergunta e apenas dou de ombros, voltando a ler o feitiço de ressucitamento que havia sido arrancado do livro, talvez alguém tenha precisado especificamente dele. Já tivemos muitos problemas com o espírito do Hollow quando tentou usar a Hope, nós não queremos que nada parecido com isto aconteça.— Ele se senta ao lado de Dylan que estava de frente ao piano.
— Eu trouxe isso para você.— Antoinette me entrega um copo com suco de laranja.
— Obrigado...— me inclino deitando em seu ombro, enquanto a mesma passa seu braço em volta de mim.

A melodia suave do piano invadia o lugar de forma tranquila e serena, era notável o quanto Dylan havia melhorado rápido naquilo. Eu sempre achei isso de alguma forma tão elegante, por mais que nunca ao menos tivesse tido um tocado ou escutado muitas canções som do piano.

Sinto um celular vibrar próximo ao meu braço e pego para ver de quem era. Freya estava ligando.

— Pai...— o chamo e mostro a tela do celular— é a Freya.
— Essas horas?— Pergunta e atende.— Devo me preocupar por estar ligando a essas horas?— Continuo a olhar as páginas que haviam sido rasgadas— sério?— Caminha em direção a porta.
— Tem alguém aqui...— disse Antoinette.
— É a Freya?— Pergunto.
— Sim...e tem mais alguém.— Sigo meu pai.

Isso era errado até onde eu sabia, mas seria ainda pior se Hope estivesse aqui. Pelo o que eu entendi se por acaso estivessem todos juntos ou perto da Hope, Hollow poderia tentar algo novamente.

Fiquei pensando por um momento se isso poderia acontecer comigo ou com Dylan. Do fundo do meu coração, eu desejo que não. Isso já seria doloroso demais.

— Freya...— me abraça.
— Esse sorriso, significa que está bem.— Me aperta, retribuindo.
— Oi Ariele...— Klaus diz de forma a parecer um pouco sem vontade de estar aqui.
— Como estão vocês? Klaus?— Ouço meu pai perguntar.
— Sabe que bem na medida do possível, sem a minha filha...— olho para Freya a mesma parecia que queria dizer algo. Algo sério.
— O que importa é que Hope está bem, está a salvo neste momento.— Responde, tentando ser otimista.
— Só não sabemos por quanto tempo.— Tínhamos problemas pelo o visto.
— Aconteceu algo?— Perguntou e assim me afasto da mesma, ficando de frente para meu pai o qual suas mãos passaram a apertar meus ombros levemente.
— Precisamos conversar, acho que está na hora de voltarem.— Mais responde, me fazendo me sentir triste, isso talvez significasse que muitas coisas irião mudar novamente, meu erro foi me acostumar a tudo isso aqui.
— Certo, acho melhor não ficarmos aqui fora.— Sugeriu de maneira implícita os convidando para entrar.— Entrem...— Dylan, continua de frente ao piano e assim que entramos o mesmo virou para atrás, assim vendo as novas presenças aqui.
— Olá Freya, Klaus...— disse suas saudações.
— A primeira vez em que vi você, estava amarrado a um tronco e desacordado garoto.— Klaus de forma amargamente irônica o relembrou.
— Circunstâncias desagradáveis não é mesmo?— Dylan perguntou, assim se dirigindo até nós.— poderia ter sido de forma mais pacífica.
— Um mês e você transformou essas crianças Elijah, não me impressiona.— Não sei bem, se aquilo foi um elogio ou piada sem graça.
— Agindo como um de nós, agindo como você?— Freya perguntou.— Parabéns.— Disse, assim piscando para mim me causando um leve sorriso no mesmo instante.
— Ariele...— olho para atrás.
— Porque eu não posso ficar?— Pergunto, olhando em seus olhos.
— Depois conversaremos, quero que os dois saiam.— Olho para Dylan e o mesmo me chama, apenas sinalizando com a cabeça, para deixá-los sozinhos.
— Okay...— digo por fim.

Subimos as escadas correndo e paramos no último degrau agachados, para ouvir o que conversavam logo abaixo.

— Antoinette, que surpresa...— Klaus dizia de forma a soar irônico, típico dele.
— É um prazer vê-los também Klaus.— Respondeu na tentativa a mudar de assunto.
— Me admira que tenha esquecido Hayley tão rápido querido irmão...
— Não vieram até aqui falar sobre a minha vida pessoal não é mesmo? Então, eu irei pedir de forma educada, para que os dois parem de escutar a nossa conversa e irem para o quarto de vocês agora! Dylan e Ariele!— Olho para meu irmão e corro para o corredor aonde se encontrava meu quarto.

Entro correndo e Dylan logo atrás de mim. Bato a porta e respiro fundo.

— As vezes esqueço que estamos na companhia de vampiros!— Dylan se joga na minha cama.
— Somos dois...— caminho em direção a janela.
— Está com medo?— Pergunta.
— Sim...— respondo baixo— eu não queria voltar. Eu sei que vieram por algo importante e assim precisaremos voltar. Me assusta acreditar que isso aqui pode acabar.
— Infelizmente não duraria para sempre desde o começo sabíamos. Mas, pense talvez iremos rever algumas pessoas, não sente falta da escola?— Nego desmanchando toda a sua esperança por uma resposta positiva.
— Eu sei o quanto você queria tudo isso, mas já deveria esperar que coisas assim aconteça. Os Mikaelson's são imprevisíveis.— Segura a minha mão, tranquilamente tentando me transmitir calma.
— Não vai chorar por isso, certo?— Pergunta.
— Ao menos que algo maior aconteça...— vejo a portar ser aberta.
— Como estão?— Era Freya.
— Até que bem, depois de tudo...— Dylan respondeu.

Ajeito uma das almofadas, liberando espaço para ela entre nós dois.

— Sinto que vocês mudaram muito.— Passa seu braço em volta dos meus ombros.— Foi o Elijah não é mesmo?— Pergunta.
— Pode se dizer que sim.— Respondo, percebendo o quão natural ela estava agindo.— Eu não imaginei que seria tão interessante viver dessa forma. O nosso pai é muitas vezes um pouco reservado, mas eu posso sentir que talvez criamos algo durante esse tempo juntos.
— Tenho total certeza sobre isso, meu irmão, vi que ele está bem pela primeira vez, sem um de nós e fico feliz que seja por causas de vocês dois.— Aperto sua mão, eu não queria que ela ficasse tentando encontrar uma forma de nos dizer o que tinha a nos contar.
— Não espere, acho melhor você falar...— Dylan afirma, sendo direto, já que suspense não seria o melhor neste momento.
— Precisam voltar...— olho para Dylan triste, mesmo imaginando que provavelmente seria isso— nós talvez, tenhamos encontrado uma maneira de acabar com isso. Eu descobri quem está por trás disso tudo e precisamos de vocês. Aqui já não é tão seguro e por isso eu sugeri que os deixassem na escola Salvatore em Mystic Falls, enquanto nós possamos resolver todo este ocorrido.
— Ah...tudo bem, eu não podia esperar menos do que isso, uma hora as férias se assim possamos dizer, acabariam.— Me levanto caminhando assim até a porta, para fecha-la.
— Eu sinto muito crianças, mas é necessário, precisamos de vocês três juntos, mas sabem que para alguns de nós a distância é necessária de Hope. Meus irmãos não podem estar com Hope, mas vocês podem.
— E você?— Pergunto.
— É mais difícil do que parece, não posso ficar em dois lugares ao mesmo tempo infelizmente. Mas, eu garanto que quando voltarem será rápido e assim não precisarão se preocupar.
— Quem fez tudo isso?— Pergunto.
— Uma pessoa, que não gosta da nossa família.
— Vocês conhecem?— Dylan pergunta.
— Infelizmente sim, não é uma surpresa é só uma pessoa, que Nicklaus desgraçou a vida e Elijah aju...
— Não acho descente, você querer contar os erros do passado a eles. São espertos, mas ainda sim não merecem ouvir estas histórias.
— Ah mas, qual é a diferença se não soubermos?— Pergunto e caminho descalço até a porta.
— Vocês não irão gostar...
— Eles precisam saber com qual tipo de pessoa lidamos e o porquê...

Brotherhood: Os Filhos de Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora