Cap 21- França

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— Vejo que está cansada...— concordo sonolenta.
— Durma enquanto há tempo, levaremos algumas horas até chegarmos, mas tudo ocorrerá de forma rápida.— Rebekah se sentara ao meu lado e assim me entregando meu urso.
— Obrigado...— devolvo o sorriso, assim encostando em seu ombro.

Eu tentei não questionar o fato pelo pq qual, Marcel e Rebekah conseguiram um avião particular de forma rápida e ainda, assim de última hora. Bem, vampiros e seus truques.

Já fazia uma hora que estávamos sobrevoando, era a minha primeira vez, nunca ante havia viajado de avião e isso é tão emocionante, mas infelizmente é algo pelo o qual não estou podendo desfrutar neste momento.

Rebekah parecia tão preocupada, praticamente o tempo inteiro, ela tentava disfarçar ou Marcel tentava tranquiliza-la, mas todas tentativas em vão.

Como se manter calmo nesta situação? Esta era a pergunta exata a de fazer.

~♤~

Caminhávamos em direção à saída do aeroporto de Paris. Era tudo tão diferente, eu estava de certa forma impressionada, talvez fosse apenas a emoção de viajar.

Eu segurava na mão de Marcel, como forma de não me perder em meio a tantas pessoas que se encontravam tanto dentro quanto fora.

— Conhece algo sobre a França?— Perguntou.
— Acredito que apenas o básico.— Respondo.
— Por um tempo, há muito anos, eu morei aqui em Paris, acredita?— Rebekah perguntou.— Sempre foi um lugar extraordinário e claro uma das minhas escolhas de fuga, das vezes em que Nicklaus me perturbava incansavelmente.
— Vocês fugiam de Klaus?— Pergunto sem acreditar— quer dizer, antes dos acontecimentos com o espírito da Hollow, a maneira como Hope me contava, parecia que vocês eram tão inseparáveis.
— Pois bem, já vivemos épocas complicadas uns com os outros. Apenas Elijah, que sempre esteve tentando controlar Nicklaus de todas as formas possíveis.
— Ele é muito persistente, isso sim.— Marcel afirmou.
— Que estranho isso. Se Elijah era o que mais prezava está promessa dos Mikaelson's, então...— ambos me olhavam, enquanto esperávamos com que os carros parassem para podermos atravessar.— Por qual motivo ele escolheu apagar a própria memória, porque deixar todas estas lembranças serem esquecidas?— Pergunto indignada.
— Elijah passou anos, séculos, tentando encontrar uma rendição ao nosso irmão Nicklaus, ele nunca viveu um período que fosse apenas ele, sobre ele. Em outras palavras, nunca buscou sua felicidade fora de nossa família.— Ouvia atentamente.
– Então, quando descobriram que precisaríam se sacrificarem para manter a Hope viva, ele sabia que não iria conseguir manter a promessa de ficar longe de todos nós. E pediu para mim e para Vincent que é o líder das bruxas do quartel francês atualmente, para apagar toda a sua memória.— Marcel explicou.

Aquele relato me fez sentir algo diferente, como tristeza. Eu não consigo imaginar o quão dolorosa foi essa decisão, mas por outro lado me pareceu tão libertadora.

Fico pensando, como será que ele deve estar agora? Será que ele deixará a forma como era antes com os Mikaelson's, se tornará diferente demais ao ponto de estar irreconhecível?

— Isso me pareceu tão triste, mas ao mesmo tempo tão compreensível.
— E é, me sinto mal por estar prestes a fazê-lo voltar a sua antiga realidade, me parece cruel.— Entramos em um carro no qual Marcel pegará.
— Entra...— abri a porta para que eu pudesse entrar no banco traseiro.
— Eu estive me perguntando, desde o momento em que havíamos chegado no aeroporto, ainda em Nova Orleans...— coloco o cinto, enquanto falava— como vocês conseguiram tudo isso de última hora?— Pergunto.

Vejo ambos trocarem olhares e sorriem, como se o que eu tivesse acabado de perguntar, soa-se de forma tão inocente.

— São os nossos truques. Qual a graça de ser sobrenatural se não poder usar seus poderes ao seu favor.— Sorrio novamente ao pensar que havia realmente sentido no que acabará de dizer.
— Vamos para um hotel e nesta noite ainda, tentaremos encontrar Elijah o mais rápido possível.— Marcel nos lembrou.
— Falarei com Freya assim que chegarmos, precisamos saber aonde ele está.

~♤~

Eu estava observando da sacada as pessoas que passavam nas ruas abaixo. Talvez, eu tenha me esquecido que eles têm tudo do bom e do melhor, obviamente explícito, mas passou despercebido.

Eu conseguia ouvir as músicas sendo tocadas por artistas incríveis, a melodia suave dos intrumentos. Em um outro momento, poderia dizer que gostaria de viver aqui.

— Certo, irei dizer isso a ela...— me viro ao perceber que estavam falando de mim.— Ariele, venha aqui.— Volto para o quarto e me sento sobre a cama.
— O que houve?— Pergunto.
— Freya, conseguiu localizar Elijah.
— Então...
— Não está tão longe assim, ela me disse que assim, como a última vez, ele se encontra neste momento no mesmo lugar. É um bar.
— Um bar...
— Iremos assim que possível, então acho melhor te ajudar a se arrumar.
— Algo que eu jamais recusaria.— A vejo sorrir.
— Vem.— Seguro em sua mão.

Ao contrário de Freya, mas últimas horas pude perceber o quão errática e vingativa ela aparenta ser. Sempre usando a frase "nós somos vampiros...". Talvez os anos amaldiçoados tenham a deixa assim, a frustação de não poder viver uma vida normal.

Mas, também me aparentou ser uma das que mais prezava o elo da família...

Brotherhood: Os Filhos de Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora