Cap 48- O Ódio Que Você Semeia

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~♤~

{Ariele Deveraux Mikaelson}

Passei o dia inteiro inquieta, como se algo estivesse errado. Na verdade, sim havia algo errado, Hayley desapareceu e Dylan, já fazia horas que não me mandava uma mensagem. O que tornava a minha inquietação ainda maior.

Eu sei que poderia confiar em Klaus, mas ainda sim neste momento, começarei a me arrepender de tê-lo deixado. Não sei como estão as coisas em Nova Orleans e se nosso tio estiver estressado demais, no auge da loucura prestes a matar alguém e sem querer machuca-se meu irmão?

Não, eu não deveria pensar assim. Talvez não fosse esse o motivo, mas eu não sabia exatamente explicar.
- Estava pensando em fazer uma projeção astral...- Hope passará com um dos livros de Esther.
- Deve lembrar que a última vez que fizemos isso, passamos mais de uma semana sem dormir direito?- Pergunto olhando fixamente o teto do quarto.
- Tem razão, também talvez não funcione. Se a minha mãe, está enfeitiçada e não há como localiza-la. Então o feitiço não conseguirá nos levar até ela.- A vejo se sentar sobre sua cama, com uma aparência um pouco cansada. Quantas horas ela dormiu mesmo?
- Ainda tenho pesadelos com aquele dia.- Tento mudar de assunto um pouco.- Klaus estava verdadeiramente assustador.
- Eu que o diga. Fui com expectativas de encontra uma coisa, mas acabei encontrando outra. Totalmente diferente do que eu imaginei.- Revirou os olhos.
- Hope, deveria dormir...- Aconselho.
- Não sei se eu consigo.
- Quer ajuda?- Pergunto já me preparando para fazer um chá e colocar um feitiço que a fizesse dormir.
- Não, está tudo bem. Eu só não vejo como dormir, preocupada dessa maneira.- Responde e percebo que seus olhos estavam lacrimejando, sinal de que lágrimas se aproximavam.
- Porém, você está acabada e não ser a possível continuar, com você desse jeito. Anda...- Caminho até a sua cama, puxando seu cobertor.- Hora do bebê Mikaelson dormir.
- Como você é idiota.- Ouço a sua risada e acabo por sorrir.
- Tenha bons sonhos Hope...
- Boa noite Ariele...

Não durei muito tempo dentro do quarto. Logo corri para fora na esperança de aliviar a magia que se acumulava dentro de mim. Esses momentos sempre aconteceram, controlar uma força, uma magia tão profunda e poderosa, da qual eu herdei. Ao contrário de meu irmão e Hope, não lidei muito bem com a presença disso. Autocontrole sempre me faltou, venho evitando os riscos por medo de me acontecer algo.

Aqui durante esses anos, aprendi a não liberar tudo de uma vez. Mas, existem momentos, momentos como o de agora em que quase eram impossíveis de não explodir tudo em minha volta.

Minha mãe estava conversando com alguém no celular, mas por um acaso, a porta estava entre aberta e eu ou de ouvir tudo.

Não era ninguém menos, do que ela. Antoinette.

Respirei fundo, uma, duas, três vezes...
- Não é algo do qual eu pediria se não fosse necessário. Eles precisam do Elijah...- Encosto na parede e tento ficar ao máximo quieta.- Se não por nós, mas por ele. Acha mesmo que se ele tivesse as memórias, recusaria a ajudar a própria família? Não importa!- Me assusto ao ouvi-la gritar.- Se por acaso Klaus fez isso, foi porque era necessário. É a vida da Hayley, é a vida da Hope e dos meus filhos! Dos filhos dele, você se esqueceu ou o que? Elijah não deixou de ser pai. Ouça, por-favor...Ariele e Dylan se envolveram no meio dessa confusão, sabe o quanto isso pode ser um risco enorme. Precisamos de todos, para procurar a Hayley, mas tem muito em risco o espírito da Holow, você conhece a história, você viu.- Houve uma pausa, como se ela estivesse procurando palavras.- Ariele, passou os dois anos seguidos após Elijah sumir com você chorando todas as vezes que era uma data importante, ela é insegura demais e acreditou durante um tempo, talvez até hoje, que ele não só pediu para apagar as memórias por não conseguir ficar longe dos irmãos, mas sim porque ela foi um fardo neste curto período da imortalidade dele. Antoinette, estou implorando por eles, não sei o que você colocou em sua mente, mas...- Corro para dentro do quarto, minha mas não terá tempo para entender o que eu faria em seguida. Mas, com um movimento brusco retiro de sua mão o celular.- Ariele! Me devolva agora!
- Olha só, boa noite Antoinette, como tem passado?- Pergunto irônica segurando com força o celular.- Quer dizer, pouco me importa.
- Ariele, não tenho tempo para isso.
- Cala a boca! Você vai me escutar!- Lágrimas raivosas já escorriam em meu rosto.- A minha família precisa dele, precisa dele com urgência. Não faça nada por nenhum de nós, mas faça por ele, apenas ele se você o ama tanto, quanto diz. Eu não sei como está e pouco me importa, foda-se como ele está, mas o convença de salvar a vida de pessoas inocentes. Uma delas é só uma adolescente, jovem que mal pode ter a família por perto, que infelizmente cresceu sem eles e o pouco que conviveram não foi o suficiente. Diga que ela sente falta, ela sente falta todos os dias e pede a quem quer que seja que ele volte...- A ligação ficará muda, ela havia desligado.

Foi um dia cheio hoje. Talvez fosse isso a final de contas, isso e mais um pouco. Além da Hayley está desaparecida, Freya nos contou sobre uma maldita premonição vista pelas bruxas. Uma premonição que diz que a Hope, Dylan e eu, destruiremos Nova Orleans. Que levaremos todos daquela cidade ao inferno. Somos amaldiçoados e precisaremos nos preparar caso algo ruim aconteça.

Eu não entendi bem e não quis ficar para continuar a ouvir, já havia muita coisa em mente. Mas, agora essa era a cartada final.

- Ariele...- Me ajoelho sobre o chão perdendo as forças total.- Se acalme.
- Ele não está sem as memórias, ele sabe quem somos. Ele sabe, mas se nega? Nega todos nós? Diz que não se importa? Eu não fui nada para ele, nem eu e nem Dylan. Fomos apenas o fardo e ele viu uma maneira de nos afastar.- A mesma me abraçou me alinhando em seu colo.
- Ariele, não é isso...
- É sim, se não ele estaria aqui. Maldita seja aquela vadia também...- Eu estava tremendo de puro ódio e tristeza. A um passo de ficar apenas ainda mais angustiada.- Que os ancestrais a destruam.
- Ariele não diga isso, não deseje algo do tipo.
- Me de motivos? Ela influenciou ele a ficar assim também, você acredita ao contrário? Pois eu tenho certeza. Como eu odeio eles...- Fraquejo com as palavras, querendo as retirar no mesmo instante. Não era isso que meu maldito coração dizia.
- São apenas palavras ditas da boca para fora Ariele, você só está com raiva...
- Por mim, ele pode fazer o que quiser. Até mesmo que morra longe de mim e da minha família...

~♤~

A madrugada estranha, após eu me achar de chorar enquanto minha mãe tentava me acalmar igual a todas as vezes em que eu me descontrolava, todas as vezes em que estava ao ápice da raiva. Quando sentia até mesmo saudades.

Eu estava voltando para meu quarto, pegar meu urso, sim o velho urso e voltaria para a sua cama. Na intenção de conseguir me sentir está noite péssima, protegida por ela.

Ao abrir a porta me deparo com Hope ainda acordada, mas, entretanto na companhia de Roman.

- Ah...Boa noite Roman?- Pergunto sem entender.
- Ariele, vim ver como vocês estavam. Porém, Hope me disse que você saiu e não voltou mais.
- Aqui estou.- O encaro, tentando não transparecer o quão estranho aquilo me pareceu. Já havia coisa demais para pensar, não queria mais isso.
- Acho que está na minha hora...- Ele olhou para algo logo atrás de mim.
- Tia Freya...- Suspiro ao me virar e dar de cara com a mesma.
- Está tudo bem?- Pergunta e me seguro.
- Sim...

Brotherhood: Os Filhos de Elijah MikaelsonOnde histórias criam vida. Descubra agora