Brotherhood: Os Filhos de Elijah Mikaelson

Cap 67- Promessas Feitas Precisarão Ser Cumpridas (REVISADO)

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{Dylan Deveraux Mikaelson's}

- Eu queria conversar com vocês dois, tudo bem?

Observo Ariele se reajustar sobre a cama com dificuldade, parecendo está se preparando para o que iria ouvir.

Lentamente, meu coração pulsava com força, me lembrando mais uma vez de que estávamos sentindo os mesmos sentimentos naquele momento.

De todos os momentos, talvez está estivesse sendo a primeira vez em que eu conseguia enxergar em seus olhos, tamanha tristeza e sofrimento. Culpa e remorso, andam lado a lado e estão consumindo o mesmo aos poucos transformando a sua pior e melhor versão inexistentes.

- Eu não faço idéia de como começar está conversa.- Me encolho tentando não demonstrar qualquer sinal de fraqueza.- Sabe, eu não pude ter tempo para pensar em tudo o que aconteceu, em tudo que eu fiz. Eu não sei o que dizer, após tudo o que aconteceu. Sendo sincero, eu estou envergonhado...- Vemos uma lágrima escorrer em seu rosto de porcelana, perfeitamente moldada pela a imortalidade.- Hope está morrendo e vendo como Klaus está, percebi o quão pouco tempo ele esteve com ela, enquanto eu, poderia ter tido todo o tempo do mundo com vocês dois, mas eu escolhi não ter. Vocês dois estão longes de ter o mesmo problema que ela, mas eu estuve matando ambos aos poucos desde que fui embora. Vocês estão morrendo também e só agora me dei conta e arrependimento, do quão egoísta eu fui. Eu acreditei que ao fazer isto, estaria dando chances de uma vida a vocês e a meus irmãos. Mas, eu destruí vocês dois, eu acabei com a vida de ambos. Eu os deixei, não lhes contatei notícias.- Seguro meu olhar sobre o mesmo, ouvindo cada palavra com dificuldade.- Eu criei um novo mundo, uma nova vida, eu refiz uma família e esqueci da existência dos meus filhos. Eu matei pessoas extremamente importantes para vocês, eu tirei Kylie que fez um papel incrível sendo mãe e por fim...- Fecho os olhos e respiro fundo.- Eu tirei o direito de uma vida normal, de serem felizes.

- Papai...- Ariele diz e segura sua mão.- Não continua, não precisa disso, por-favor?

- Eu sinto muito pelo o que te fiz minha menina, eu só queria o seu bem.- Sua mão desliza pelo o sei rosto.- Enquanto a você Dylan, me perdoe por ter forçado a assumir a responsabilidade que deveria ser apenas minha. Os seus pais adotivos, eles deixaram de ama-lo, mas eu, eu sempre amei, mesmo inconsciente e sem minhas lembranças. Alguém lá no fundo lembrava do quão orgulhoso ele era pelo o seu garoto.

Por poucos segundos, ouvia-se quase os turbilhões de sentimentos presentes naquele quarto. Até mesmo o móveis eu poderia jurar que sentiam a dor e a reconexão naquela cena.

- Eu te perdoou...- Aperto sua mão.- Eu irei te perdoar, não farei com que carregue está mágoa para o caixão e nem que seja transformada em cinzas também. Pois, no seu lugar eu iria querer o mesmo. Eu iria implorar a minha irmã o seu perdão, visto que não há ninguém nesse mundo que seja mais incrível do que ela é para mim.

- Dylan...- Sussurra.

- Eu nunca deixei de te amar apesar de tudo, mas não espere que eu me arrependa das coisas que fiz e disse durante este tempo. Foram as únicas formas que encontrei de aliviar a minha dor.- Ouvimos Ariele dizer com a voz chorosa, cheia de traumas.- Eu ainda ouço o barulho do momento em que ela morreu o estralar dos ossos, o fogo ao lado de fora se formando em volta da Hayley. Eu posso ouvir tudo ainda e necessito machucar algo, oara me sentir melhor.

- Eu nunca quis isso para vocês...

- Nós sabemos, então antes de tudo. Você está disposto a cumprir com essa promessa? Pergunto, não por mim, mas por ela.- O encaro sério, mas internamente completamente cheio de esperança e ansiedade.

- Eu vou cumprir com a minha palavra...

~♡~

{Ariele Deveraux Mikaelson's}

Eu me sentia um pouco mais leve, mas não totalmente. Acho que por mais que sigamos com os nossos dias enumerados de sentimentos e emoções, ainda sim cicatrizes permaneceram.

Traumas não são problemas que se resolvem do dia para a noite. Levam tempo até que nos acostumamos com a sua permanência e esperarmos a chegada de seu final.

Dylan já estava dormindo, Stephanie ligará para o meu número perguntando dele. Eles são grudentos, mas prometi parar um pouco de implicar com os dois. Meu irmão merece ter uma vida.

As luzes já estavam apagadas, mas havia um cheiro bem memorável no ar. O cheio que a madrugada trazia, o vento gelado da noite. Tudo isso me traz lembranças linda e infantis da minha inocência e ingenuidade nesta casa.

A porta do quarto do tio Nicklaus estava aberta, abro devagar e vejo que o mesmo estava parado na sacada olhando a movimentação lenta da madrugada nas ruas, acompanhado de meu pai.

- Eu tentei...- Ouço dizer e em silêncio apenas observo.- Ela é minha filha...- Meu pai perceber que eu estava vendo ambos, mas não diz nada.- Elijah...

Era um momento cheio de dor. Aquele abraço de dois irmãos que passarão mil anos juntos, lutaram um pelo o outro carregava sofrimento e mágoa. Um lindo quadro de tristeza, aonde ambos erraram muito e agora precisam um do outro.

Ambos pais que erraram com seus filhos. País que tentaram fazer de seus filhos os mais felizes possíveis, mas no final não conseguiram.

Fecho a porta e caminho até os dois, Klaus limpa o rosto rápido ao perceber minha chegada.

- Está tarde Ariele.- Diz tentando disfarçar.

- Eu nunca disse isso a você tio Klaus, mas...- Olho para o meu pai e sorrio.- Eu sou muito grata por ter conhecido alguém como você, por ser parte da mesma familia que você. Depois de hoje, vejo o quão grande exemplo você se tornou. Já que a Hope não está aqui, então direi por ela...- Seguro sua mão.- Você é um pai incrível, um pai que ama...

- Ariele...- Sussurra e o abraço.

- Não se culpe...- Olho para meu pai que parecia admirar aquele momento.- Vocês dois...- Puxo para mais perto.- São os meus maiores exemplos.

- Minha menina...- Ouço meu pai dizer, enquanto se junta conosco.- Eu te amo tanto.

- Eu amo vocês dois, muito...