O que você faz aqui?

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Arizona Robbins
A noite que tive com Callie foi mais que perfeita. Nossa primeira vez juntas superou as expectativas que eu nem sabia que tinha. Nunca dormi tão bem quanto durmo quando estou nos braços dela. Despertei nos braços dela, senti sua mão na minha bunda nua e ri internamente. Ela começou a distribuir beijos no meu rosto e selinhos nos meus lábios e meu sorriso era tão grande que ela também sorriu.

—Você realmente ama a minha bunda, huh? —disse e ela gargalhou.

—Eu simplesmente não consigo tirar minhas mãos dela. Não me entenda mal, você é toda linda e perfeita mas a sua bunda é maravilhosamente gostosa. Eu não aguento. —disse dando um leve aperto na minha bunda e seguido por um carinho.

—Você não existe.— eu disse rindo e mexendo a cabeça em negação.

—Eu acho que vou te convidar pra dormir aqui todos os dias, nunca dormi tão bem na minha vida. —disse me beijando e botando a mão na minha nuca pra aprofundar o beijo. Passei minha mão por sua cintura e fiz um carinho ali.

Conversamos mais um pouco agarradinhas já que tínhamos mais algum tempo antes de ir pro hospital, tomamos banho juntas e o resto vocês podem imaginar. Comentei com ela que meu carro chegava hoje e ela fez um biquinho triste mais lindo do mundo dizendo que não precisaria me dar carona mais e eu a beijei. Saímos da casa dela pro hospital e eu comecei a ter uma sensação estranha de que algo daria errado nesse dia, espero que meu sexto sentido esteja errado dessa vez.

—Amor, eu tenho que correr. Tenho uma reunião com uns investidores e depois tenho uma cirurgia. Se eu tiver algum tempo almoçaremos juntas, ok? —ela disse num fôlego só me dando um selinho e eu fiquei parada sem reação enquanto ela saía correndo. Ela me chamou de amor e só de lembrar o quão bom era ouvir aquilo da boca dela, um sorriso brotava em minha boca.

—Ok...—eu disse depois que ela já tinha se afastado com um risinho no rosto.

O pronto socorro estava um inferno, um ônibus escolar tinha batido e tinhas muitas crianças machucadas, inclusive uma delas estava grávida, apenas 17 anos. Vi uma mulher de costas com analisando a barriga da jovem e me aproximei perguntando sobre o caso.

—Oi, você deve ser a obstetra, qual o caso? — eu perguntei e a mulher virou sorrindo e eu quase tive um infarto.

—Oi amor, achei que nunca fosse te achar? Por onde andou? —disse rindo de forma cinica e eu semicerrei os olhos pra ela.

—O que você faz aqui? — perguntei e ela soltou uma risada em ironia. A mulher era Carina, a mulher que me quebrou e me fez passar o inferno.

—Como assim o que faço aqui? Vim buscar a minha noiva. Olha, eu sei que errei com você mas eu quero uma chance. Eu percebi que você é o amor da minha vida e que...— eu a interrompi levantando um dedo e a paciente nos olhava assustada.

—Cala a boca! Esse não é o momento, e além do mais, eu nem quero ter uma conversa com você e eu já tenho alguém. —eu disse voltando minha atenção pra paciente pedindo desculpas.

Tivemos que operar juntas e o bebê nasceu prematuro mas felizmente a mãe e ele estavam estáveis. Sai da sala de cirurgia e Carina me seguia, gritando meu nome. Apenas ignorei e vi Callie no fim do corredor e abri um sorriso que foi retribuído. Carina me alcançou me puxando pelo braço e eu vi que uma confusão aconteceria.

—Como assim você tem alguém? —eu revirei os olhos e olhei pra ela.

—Como você tem coragem de vir atras de mim depois de tudo que me fez passar? Hein? Responde! — eu disse quase gritando e ela me olhava com os olhos arregalados.

Nothing can break us apart Onde histórias criam vida. Descubra agora