Callie Torres
Duas semanas se passaram desde o aniversário de Sofia. Minha neném já tem um aninho e está um pouco gripada, começou essa semana. Esse tempo doido de Seattle fez com que Sofia ficasse doente e Arizona também. Duas manhosas pra eu cuidar. Nas duas últimas noites Sofia dormiu no nosso quarto porque estava com o nariz muito entupido e Arizona como uma boa pediatra não quis deixar nossa filha sozinha. Isso normalmente não acontece mas acordei mais cedo do que minhas meninas, vou fazer uma mamadeira quentinha pra Sofia e um chá pra Arizona. Elas já estão tomando remédio e de repouso.Fui até a cozinha e preparei as bebidas, Lurdes está de férias então eu e Ari estamos fazendo de tudo por aqui. Voltei pro quarto e vi Sofia deitada mas com os olhinhos azuis abertos, quando me viu abriu um sorrisinho tímido e eu derreti. Cheguei perto da cama e botei as bebidas na mesa do lado. Assim que me sentei na cama ela logo veio pro meu colo e deitou sua cabeça no meu peito, beijei sua testa e cherei seus cabelos loiros. Arizona ainda estava apagada do nosso lado.
—Bom dia, princesa. Você quer seu leite? — perguntei e ela levantou a cabeça pra me olhar.
—Sim. —disse Sofia. Ela falava perfeitamente as palavras "sim", "não" "Mama" e "Mommy". As outras ainda saiam um pouco balbuciadas.
Alcancei a mamadeira e dei pra ela, coloquei ela deitada e ela tomava me olhando com aqueles olhos azuis iguais aos da mãe dela. Quando vi, Sofia pegou no sono de novo. A coloquei deitada perto de Arizona que ainda estava apagada e fui até a cozinha trazendo o chá de Arizona comigo já que ela ainda não estava acordada. Eu estava com fome então comecei a preparar algo pra comer. Quando virei dei de cara com uma Arizona com o cabelo todo bagunçado e uma blusa maior do que ela e um bico maior do mundo vindo na minha direção. Ela sempre acordava manhosa quando acordava depois de mim mas quando estava doente ficava mil vezes mais. Ela chegou perto e me abraçou. Dei um beijo na sua testa.
—Se sente melhor, amor? —perguntei deixando outro beijo em sua cabeça. Ela mexeu a cabeça dizendo que não.
—Eu quero te beijar mas estou doente e não precisamos de outra doente nessa casa. —ela disse fazendo um biquinho me olhando dentro do meu abraço. Roubei um selinho rápido.
—Vocês já vao melhorar, amor! —tranquilizei e roubei outro selinho. Ela fez cara de brava.
—Amor, não faz isso, vai ficar doente poxa. —ela tem razão mas eu não consigo evitar.
—Só estou com saudade! —eu disse manhosa tambem.
Tomamos nosso café da manhã juntas mas logo fomos interrompidas com o choro de Sofia. Arizona a pegou e disse que ela estava com um pouco de febre, ela deu remédio e um banho. Eu tinha que sair pra ir pro hospital mas prometi que voltaria cedo.
—Se ela piorar me liga que eu venho e levamos ela pro hospital, okay? —Sofia estava no meu colo e Ari na minha frente. Eu estava na porta de casa pra sair.
—Ta bom, amor. Dirige com cuidado. —ela pediu e eu me aproximei e beijei sua testa.
—Vai com a mommy, filha. —pedi e Sofia logo foi pro colo de Arizona. —Amo vocês! —eu disse e dei outro beijinho na testa de cada uma. Elas foram pra varanda me dar tchau, era sempre assim e eu amava.
Arizona Robbins
Esse resfriado me pegou e pegou minha bebê também, confesso que estou mais manhosa que o normal, vou fazer o teste de gravidez e ver se estou grávida. Estou com medo porque quero muito esse bebê e Callie também. Agora estou com Sofia no meu quarto vendo desenho e percebi que a mesma pegou no sono, essa mini Torres é uma dorminhoca ainda mais agora com esse resfriado. Aproveito que a mesma está dormindo e vou até o banheiro fazer os testes. Comprei 3.Fiz o primeiro e veio positivo, meus olhos encheram de lágrimas e eu logo levei minha mão até a minha barriga. Fiz o segundo e veio positivo também, eu achava que meu coração ia explodir de tanta felicidade. Fiz o terceiro e positivo também. Eu já chorava feito um bebê, tudo que eu mais queria era ligar ela Callie e falar, mas eu comprei uma blusa pra Sofia que diz "irmã mais velha" e acho que vai ser uma surpresa muito fofa.
Sofia acordou e eu alimentei minha bebê, ela estava melhor e sempre febre. Dei outro banhozinho nela e coloquei a blusa e um shortinho confortável e ficamos na sala esperando a mãe dela.
Sofia estava no chão brincando com uns brinquedos e eu estava no sofá mexendo no celular e tinha tambem uns prontuários que eu estava dando uma olhada. Por volta das seis da tarde a porta abriu, eu já sabia quem era. Vi Sofia se movimentar engatinhando até o sofá, se apoiando e levantando. Abri a boca porque sabia o que viria a seguir, ela daria os primeiros passos. Vi ela continuar se apoiando mas uma hora ela soltou, Callie também percebeu porque ficou parada. Sofia dava seus passos incertos na direção de Callie que abaixou e abriu os braços pra ela. Ela gargalhava e ia até a mama dela.
—Vem, filha! Vem com a mama! —Callie disse e eu logo peguei meu celular e comecei a gravar.
Acho que Callie estava tão focada com Sofia que não percebeu o que estava escrito na blusa. Sofia finalmente chegou até Callie que a pegou no colo beijando todo o seu rosto, a cena era linda.
—Você está andando, pequena. —Callie disse beijando Sofia mais uma vez e fazendo cócegas.
Elas riam juntas mas em certo momento Callie parou de rir ficando séria e parecia ler a blusa, ela me olhou e franziu a testa, eu ainda gravava.
—Irmã mais velha? Você...ah meu Deus! Você está grávida? —ela perguntou caminhando na minha direção com Sofia ainda nos braços.
—Sim.—respondi com os olhos marejados. Ela chegou perto de mim, e passou o braço livre por minha cintura me abraçando.
Ela me encarou por uns segundos e antes que eu pudesse dizer alguma coisa ela me beijou, apaixonada, de língua. Nesse beijo ela me falou tudo que no fundo eu já sabia. Parou o o beijo com selinhos e pela primeira vez, Sofia não ficou brava, mas estava com a cabeça deitada no ombro de Callie.
—Amor, não era pra você me beijar! Eu estou doente. —reclamei e ela riu.
—Queria mesmo que eu me segurasse depois de você me dar a melhor notícia do mundo? Impossível! —ela disse rindo e me deu outro selinho demorado. Eu só espero que ela não fique doente.
—Eu te amo! Vamos ter outro bebê! —eu disse sorrindo.
—Vamos ter outro bebê, amor! E essa mocinha aqui vai ter um irmãozinho ou irmãzinha! —ela disse e deu um beijinho na testa de Sofia e outro selinho nos meus lábios, eu já não me importava mais.
Estou grávida com o segundo bebê com a minha esposa que me faz feliz todos os dias e cuida da nossa família como ninguém. Mais tarde, naquela mesma noite, ela dormiu com a mão na minha barriga como fez durante toda a gravidez de Sofia e eu me apaixonei mais uma vez.
Sem revisão! Espero que gostem! Votem e comentem :) sugestões são sempre bem-vindas!
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Nothing can break us apart
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