Por que você voltou?

1.2K 77 20
                                    

Alguns meses se passaram desde o pedido de casamento que Callie fez.

Arizona Robbins
Eu não podia estar mais feliz do que estou hoje. Estou noiva da mulher da minha vida, ainda que um pouco insegura eu sinto que vamos viver juntas pra sempre. Ela me transborda todos os dias e me faz sentir a pessoa mais amada do mundo. Nunca pensei que fosse capaz de sentir as coisas que sinto por ela. Callie já saiu para ir pro hospital e como meu plantão começa mais tarde eu ainda estou deitada. Alguns minutos depois resolvo levantar e tomar um banho e me arrumar pra sair pro trabalho.

Cheguei no hospital e encantei com April e Teddy. Conversamos bastante porque não tínhamos cirugia agora.

—Animada pra casar? —perguntou April animada.

—Muito. Confesso que ainda tenho uma certa insegurança, não em relação a Callie porque sei que ela me ama mas uns minha cabeça me sabota muito. —confessei para as minhas amigas.

—Relaxa Ari. Sempre que esses pensamentos aparecerem, olha pra ele anel lindo no seu dedo e pra mulher que te ama e te venera todos os dias. —completou Teddy.

Depois dessa conversa fomos pra nossos setores para realizar às cirurgias. Tive uma paciente extremamente difícil e acabei perdendo a paciente. Isso acaba comigo, mesmo sabendo que não vou conseguir salvar todos. Não consegui ver minha mulher ainda, sei que ela tinha algumas cirurgias mas o resto era só papelada, e se eu conheço a minha mulher tenho certeza que a mesma ainda não comeu. Então eu fui até a cafeteria, peguei um café, um sanduíche e um suco e estou levando até a sala dela.

Quando estou quase na porta, percebo que Callie não está sozinha na sala e que ela e essa pessoa parecem discutir.

—Por que você voltou? —perguntou Callie gritando e me deixando confusa enquanto escuto atrás da porta.

—Não é óbvio? Eu voltei por você Callie, porque te amo e quero você. —ouvi a outra voz falar e isso quase me matou. Não podia estar acontecendo de novo.

—Você só pode estar brincando. —foi a vez de Callie falar.

Não me aguentei e abri a porta. Callie me olhou e a mulher se virou pra me olhar também.

—Posso saber o que está acontecendo aqui? —perguntei tentando evitar que as lágrimas caíssem.

Callie Torres
Meu dia está indo tão bem. Acordei com a mulher que amo e que irei casar daqui há alguns meses e que felizmente quer ter filhos comigo. Cheguei no hospital e realizei as três cirurgias que eu tinha e fui pra minha sala finalizar alguns papéis, estava faminta porque não tive tempo de comer. Ouvi batidas na porta e mandei entrar. Quando vi quem era não senti nada além de raiva e indiferença.

—O que faz aqui? —perguntei com raiva.

—Oi pra você também. —disse Érica de formas debochada.

—Por que você voltou? —perguntei gritando.

—Não é óbvio? Eu voltei pro você Callie! Porque te amo e quero você. —ri de forma cansada.

—Você só pode estar brincando. —eu disse. Só queria minha mulher e levar ela pra casa e dizer o quanto a amo.

Ficamos nos encarando por uns segundos até que a porta foi aberta por uma Arizona com os olhos marejamos.

—Posso saber o que está acontecendo aqui? —perguntou com raiva e eu só queria tomar aquela mulher nos meus braços.

—Agora deixa com que os seus subordinados falem assim com você Callie? —foi a vez de Erica se pronunciar.

—Eu sou a noiva dela. Quem é você? —disse Arizona e eu observava as duas.

—Eu sou a mulher que fez Callie descobrir que gosta de mulheres. —Arizona me olhou e eu suspirei. Levantei e caminhei até Arizona.

—Amor, você confia em mim? —perguntei e ela assentiu. —Pode ir pra casa e me esperar lá e conversaremos melhor? —perguntei segurando seu rosto, ela apenas assentiu novamente e eu a beijei demoradamente sem me importar com Erica ali. Ela me entregou as coisas que tinha na mão e eu a beijei novamente.

Ela saiu da sala e eu me virei pra Erica novamente.

—Ela é linda Callie, estou impressionada. —disse Erica e eu quase voei nela.

—Cala essa boca, some da minha vida e não volta mais aqui. Arizona é a mulher da minha vida e eu sou tão grata por você ter saído da minha vida, você não faz ideia. Eu não sinto nada por você. Nada. Nem raiva, nem ódio, nem pena, muito menos amor. Some!

Erica nada disse, apenas pegou sua bolsa e saiu da sala. Suspirei aliviada e me joguei na cadeira. Logo lembrei de Arizona novamente e me apressei pra ir pra casa. Cheguei na nossa casa, vi que o carro dela estava na garagem e entrei em casa. Tudo estava escuro a não ser a luz do nosso quarto. Entrei no mesmo e vi Arizona deitada de costas pra porta. Eu não disse nada, apenas caminhei até o banheiro, tomei um banho rápido e vesti uma roupa qualquer. Me deitei do seu lado e a agarrei por trás. Fiquei abraçando seu corpo tentando formular o que eu ia falar. Eu senti que ela chorava e aquilo me quebrou.

—Meu amor, vira pra mim. —pedi depois de deixar um beijo em seu pescoço. Ela virou e vi seus olhos perfeitamente azuis avermelhados por chorar.

—Eu senti tanto medo. —ela disse fungando.

—Ei, eu to aqui. Peço desculpas por nunca ter mencionado Erica, tivemos um relacionamento quando eu ainda tinha uns 17 anos. Ela foi a primeira mulher com que me relacionei e nunca pensei que ela fosse aparecer de novo. —expliquei pra uma Arizona que me olhava atentamente e eu fazia um carinho em seu rosto.

—Você ainda a ama? —perguntou Arizona e eu tive que rir.

—Arizona, meu amor. Eu não sinto nada por aquela mulher. Nada. Não existe outra pessoa no mundo que me faça sentir o que você faz. Não há pessoa no mundo que eu ame mais do que eu amo você e não há pessoa no mundo que irá fazer com que eu deixe de amar você. Me entendeu? —eu disse ainda com a mão no seu rosto.

—Eu te amo tanto Calliope! —ela disse e eu não aguentei e tomei sua boca num beijo lento e apaixonado. Nesse beijo eu repeti tudo que disse acima.

—Eu te amo demais, meu amor! —a beijei novamente. —Obrigada por confiar em mim e por me ouvir, por não fugir e por me amar. —eu disse e agora era eu quem tinha os olhos marejados.

—Fizemos uma promessa, lembra? E quanto a te amar, não é nenhum esforço. —eu assenti e ela me abraçou e eu me senti em casa. No meu lar.

—Vamos dormir? —perguntei e ela pareceu pensar.

—Acho que podemos fazer outra coisa ao invés de uma coisa tão banal como dormir. —ela levantou e sentou em cima de mim e rebolou. —Não acha, amor? —perguntou sussurrando no meu ouvido me fazendo arrepiar.

—Vai ter que rebolar assim nos meus dedos, sua safada. —eu disse apertando sua bunda fazendo ela soltar um gemido.








Sem revisão galera! Votem e comentem o que estão achando! :) Eu leio todos os comentários e fico muito feliz.

Nothing can break us apart Onde histórias criam vida. Descubra agora