Capítulo Quarenta e Seis.

10.2K 783 418
                                    

F E L I P E

Porra, na moral, eu tava puto pra caralho. Em partes eu tinha culpa por deixar as coisas entre a Nathalie e eu chegarem nesse estado. Mas porra, a filha da puta nem me deixou me explicar. Bolado pra caralho...

Peguei a minha moto e partir pra casa da Nathalie, ia mandar o papo retão e não queria mais briga nessa porra.

- Felipe? Veio fazer o que aqui? Ah, já sei... Veio terminar o nosso assunto no insta, eu vi que você visualiza todos... - beijou minha bochecha e passou as mãos pelo meu pescoço.

- Não, eu vim conversar sério com você - fechei a cara e tirei os braços dela do meu redor - Aí, eu tô vindo da casa da Giulia, a feiticeira me expulsou porque viu os seus nudes. Nath, você já é madura o suficiente pra saber que precisa se valorizar, pô. Para com isso, na moral. Eu não vou deixar que você estrague minha vida...

- Eu sei que você me ama, Felipe. Mas só eu, não aquela paulista insuportável...

- Nath... - tentei falar, mas ela me interrompeu.

- Qual é, Felipe. Aceita, cara! É só uma ilusão, um delírio... Acorda! - apontou o dedo na minha cara e eu abaixei.

- Até quando você vai se portar como uma adolescente de 15 anos no seu primeiro relacionamento? Você já tem 22 anos, cara. Aprende que na vida, não acontece tudo o que a gente quer.

Eu já tava de saco cheio dessa criancisse da Nathalie, papo reto. Tanto bagulho pra ocupar a porra mente e vem com bobeiras pra atrapalhar a vida de duas pessoas, feião pra ela, pô.

- É só isso que eu queria te dizer, segue sua vida e me deixa seguir a minha...

- Felipe, não vai, por favor! Você está bem estressado, esse horário no Rio fica tudo mais movimentado. Fica aqui, bebe água e se acalma. Eu juro que vou ficar longe de você, mas fica...

- Não, Nath. Valeu aí, mas eu preciso ir atrás da Giulia. Ver ela chorando por um bagulho que eu podia ter evitado, machucou, pô. Mas fica de boa, eu vou de boa. Seja feliz aí, gatinha! - dei um beijo na testa dela.

Aproveitei que a Giulia não ia querer me ver agora mesmo e fui na casa da minha coroa, com certeza esse horário ela estaria acordada.

E não deu outra, quando cheguei já senti aquele cheirinho de café quentinho e aquele bolo de Laranja que só ela sabe fazer.

- Fala aí, minha gostosa! - dei um tapa na bunda dela - Bênção.

- Olha o respeito, ridículo! Deus te abençoe, meu amor. Que milagre você aqui essa hora...

Tive que explicar toda a situação pra senhora fifi, tinha nem como correr. Ficou me xingando por mó cota, não sou valorizado mesmo nessa porra. Moral zero nesse mundo...

- Eu sabia que aquela Fernanda não prestava, sempre te avisei!

- É Nathalie, mãe - dei risada.

- Não importa o nome, não presta e acabou. Agora vê se tenta voltar com a Giulia hein, com minha norinha não se brinca não!

- Ih, tá achando que é bagunça! Você deveria tá do meu lado.

- Eu hein, você é um cachorro! Precisa de vergonha na cara, bobo. Só valoriza depois que perde.

- Caralho, sem moral...

Fiquei alugando a velha, mas toda hora ela ficava pesando na minha cabeça pra eu ir conversar com a Giulia e ela também não saía um minuto da minha mente. Tô falando que ela fez macumba pra mim e ninguém acredita. Zero caô!

- Eu vou agora, mas eu volto...

Ainda encontrei o Breno no caminho, ele morava perto da casa da dona Lua, vinha direto fofocar com ela. Eu até que gosstava, bom que ela não ficava só. Mesmo com as amibas dela, o Breno e o Davi são próximos demais dela. Agora a Giulia e a Manu estavam pegando a mesma mania, fora a Cami que sempre ia ver ela com o Davizão.

Partir com a mente a milhão, movimento da porra. Minha cabeça tava só pensando nela, em como ela estava. É em momento assim que eu percebo o quanto estou apaixonado por aquela mulher.

Eu estava tão alheio, com o pensamento longe que só senti o choque da moto colidindo com um carro que estava estacionado no lugar errado. Senti meu corpo voando, meu coração parece que parou por aquele momento, tudo se escureceu e perdi a visão.

Quando o sol chegarOnde histórias criam vida. Descubra agora