Capítulo Sessenta e Cinco.

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M A Y A R A

Os dias se passaram tudo muito rápido e hoje fazia um mês que eu estava no Rio, naquela uma semana antes das aulas começaram, os amigos da Giulia e o Joca me levaram pra conhecer o Rio vibes, me senti bem carioca.

Em falar do Joca, estávamos cada vez mais próximos. Ele me levava pra faculdade, almoçava comigo e ainda me ofereceu um emprego na empresa "dele", mas eu estava sentindo que tudo estava indo muito rápido. E eu sou intensa pra caralho, morro de medo de apaixonar e não ser recíproco. Fora que as vezes, o Joca conseguia ser bem misterioso. Mas nenhum dos meninos sabia de nada, pelo menos que eles disseram.

- E seu relacionamento com o Joaquim, diga aí pra sua prima como está o andamento - Giulia sentou do meu lado no sofá. Estávamos eu, ela, Manu e a Camila almoçando. Por um milagre, as moças trabalhadoras arrumaram um tempo pra conversar com essa mera mortal, vulgo eu.

- Por que você não fala do seu relacionamento? Ou da Manu com o Vini? Camila e o Davi? - falei brincando.

- Meu relacionamento está ótimo, namorando, quase casando... - Camila falou bebendo um gole do suco.

- Apesar dos estresses diários que o Felipe me faz passar, apesar de que faz parte, meu namoro também está nos trilhos.

- Eu estou passando por umas situações desagradáveis com uma ex do Vini, mas a confiança que temos um no outro tá fazendo firmar - Manu disse tristinha.

- Ai, minha bebê, fica triste não! - fui até ela e abracei enchendo o pescoço dela de beijos - Eu e o Joca não temos um relacionamento, diria que é amizade colorida. E ela está perfeitamente bem!

Quando juntas nós quatro só rola fofoca, então foi isso que fizemos durante uma hora que correspondia ao almoço das meninas que tinham que ir pro trabalho. Eu arrumei a cozinha depois que ela saiu, coloquei uma música e fiquei lavando louça. Hoje eu iria receber um email da empresa que coloquei currículo pra tentar um estágio de recepcionista.

Além de trabalhar com administração, seria bom, porque como a empresa é uma que a faculdade recomenda pra estágio, então dava pra consiliar faculdade e trabalho. Eu estava aproveitando a estadia aqui no apartamento da Giu com a Manu, mas precisava ajudar nas finanças, então esse emprego caiu em boa hora.

Depois que organizei a cozinha, fui pro quarto tirar aquele cochilo de lei depois do almoço. O que era pra ser dez minutos, foi mais de duas horas. Acordei seis e meia com o barulho do pessoal conversando na sala. Peguei meu celular pra olhar as horas, mas vi que tinha email da empresa.

- Puta que me pariu, consegui, caralhooooo! - gritei saindo do quarto pulando.

- O que, garota? - Manu perguntou.

- O emprego de recepcionista naquela empresa é meu, a mãe agora é trabalhadora, pra sustentar a mulher cara que vive em mim - fiz um dancinha feliz.

- Vamos comemorar hoje e a conta é toda da nova empreguete - Felipe falou e eu mandei o dedo do meio.

Irritaram pra caralho e no final eu aceitei, disseram que tinha um barzinho com show ao vivo e tudo. Me arrumei bem rapidinho, sentei na cama já toda arrumada e vim na barra de notificação mensagens do Joaquim.

✉ Mensagem.

Joca: Conseguiu o emprego, gatinha?

Eu: SIMMMM! A gente tá indo comemorar em um barzinho, como eu não sei o nome, quando chegar lá te mando a localização. Você vai né?

Joca: Já que você insiste tanto, vou sim.

Eu: Te espero, hein! 💘

G I U L I A

- Felipe, me deixa quieta, cara. Que isso... - reclamei pela décima vez, ele tava toda hora beijando meu pescoço, me puxando pelo braço. Aí quando eu demoro, o príncipe reclama a beça. Sonsinho!

- Adianta aí, pô. Ainda não é nosso casamento não.

- Ainda? Já tá fazendo planos pro futuro? - perguntei passando rímel.

- Claro, um time de futebol de fi e nosso casamento.

- Quem tá te iludindo? No máximo, três. Tá achando que eu sou o que? Uma máquina?

- Mó mancada...

Esse garoto é louco, gente. Só pode, é a única explicação. Na real, todos os homens que querem ter filhos quer ter un time de futebol porque não são eles que carregam nove meses na barriga, a dor do parto e as noites mal dormidas depois do nascimento. Eu só quero três filho, se for tudo menina é melhor ainda, matar o Felipe do coração quando os namorados delas forem falar com ele. Tô rindo só de imaginar essa cena.

- Tá rindo de que, maluca? - todo curioso esse homem.

- Dos namorados das nossas filhas indo falar com você, fala aí, vou rir pra caralho.

- Ih, se liga, filha minha não namora. Nem beijar na boca, coé... Tá só dando mancada hoje - ficou todo boladinho, não aguento com ele.

Depois me arrumar, fomos todos pro barzinho, tavam até tocando umas músicas maneiras. Pedimos cerveja e alguns pediram outros drinks. Como sou faminta, já fui logo na batata-frita.

Quando o sol chegarOnde histórias criam vida. Descubra agora