Capítulo Dezessete.

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G I U L I A

Acordei no outro dia com os braços do Felipe ao redor da minha cintura. Pensei até que estava sonhando. Ele dormia calmo e era mais lindo ainda.

Tirei com cuidado seus braços e fui no banheiro. Senti uma ardência na hora de fazer xixi. Felipe me arrombou real, que ódio! Na moral, nem conseguindo andar direito, eu estava. Voltei pro quarto e vi que o Felipe já estava acordado.

- Bom dia, bebê - ele falou.

- Bom dia o caralho, nem conseguir fazer xixi eu tô, filho da puta - falei puta e ele riu - Ridículo!

Ele levantou da cama e me forçou a tomar banho junto com ele. Voltei pro meu apartamento e a Manu já estava na mesa tomando café.

- Deu né? - Manu perguntou.

- Como você sabe?

- Seus gritos e esse chupão no pescoço - respondeu.

- Meu deus, ninguém me respeita mais - falei fingindo estar ofendida. Me respeitava mesmo não gente.

- Nem você se respeita, uai.

Conversei mais um pouco com elas e fui pro meu quarto me arrumar. Quando botei meu celular pra carregar o Breno ligou pra começar a zoar, cortei logo e aproveitei pra pedir carona já que o Felipe entraria mais tarde hoje.

Tomei meu banho, vestir um macacão preto pantacourt e meu tênis preto. Passei maquiagem no pescoço pra esconder o chupão e ainda tinha um nos seios, mas não dava pra ver. Arrumei minha mochila, chamei as meninas e descemos de elevador. O Breno já estava esperando a gente e quando ele me viu já deu um sorriso. Meu amigo é muito lindo, na moral.

- Bom dia, cobras - ele falou.

- Me respeita, garoto! - Manu falou e ele riu. Esse garoto não tem vergonha.

- Nem te peço respeito mais, você não conhece essa palavra comigo e nem com ninguém.

- Ainda bem que sabe.

Como a faculdade era pertinho do prédio, não demorou muito pra gente chegar. Fiz o Breno me levar até a sala, porque não vi a Camila.

A primeira aula era de Metodologia Cientifica com um professor nada legal e também era uma matéria nada boa. Só queria minha caminha e uns docinhos. Talvez o professor fosse maneiro, mas a Matéria deixava ele chato pra caralho. Metodologia é um porre.

...

As aulas já tinham terminado, eu estava sentada no refeitório com o Breno e a Manu. Nem demorou muito e o Felipe chegou também com a Alana. Só observava o olhares dela e do Brenito. Aí tinha coisa e eu ia descobrir através do belo fifi que sou vizinha, Felipe.

Ele tinha que ir trabalhar e o Breno foi também. Então fomos pra casa. Parece que era um karma que toda vez que eu entrava no carro do Felipe na faculdade, a Nathalie aparecia. Na moral, tô cansada dessa garota. Aguento muito mimimi no meu ouvido não.

- Oi, Lipinho - ela falou toda manhosa e se jogou nos braços do Felipe - Rola uma carona aí? Tá tarde pra eu pegar ônibus.

- Claro, entra aí. - respondeu.

Revirei os olhos e quando ela foi entrar na porta da frente, eu fui mais rápida. Ih gente, querendo pegar meu lugar, eu hein! - Atrás, fofa.

Ela bufou, mas entrou rapidinho. Ela queria marcar a presença dela em um jogo que não existia. Eu nunca briguei e nunca vou brigar por homem. Mas a partir do momento que ela mexe comigo, o assunto é outro.

Ela foi o caminho todo relembrando momentos dela com o Felipe e eu estava entediada ali dentro. Liguei logo o som, botei músicas do Cazuza e comecei a cantar pra não escutar a voz dela. Felipe deu um sorriso de canto e ele sabia que eu estava cansada já.

Glória a Deus, o prédio dela não era tão longe. Não aguentava mais ouvir a voz chata dela. Ela fez questão de dar a volta no carro só pra dar um selinho no Felipe. Beijou a boca que me chupou inteirinha ontem.

- Vai trabalhar que horas? - perguntei quando o Felipe deu partida.

- Uma e meia, porque?

- Quem vai cozinhar hoje é você, qual a sua especialidade?

- Te comer. - riu.

Quando ele ria, de óculos e eu olhava pra tatuagem na mão dele. Me desmontava por completo. Filho da puta gostoso do caralho. Dava até vontade de dar ali no carro mesmo, mas estava mais fácil o carro bater e a gente morrer. Deixo isso pra depois.

Não demorou muito e a gente chegou no prédio. Ele deixou o carro na garagem, falamos com o porteiro e subimos de elevador. Falei que ia tomar banho e ia ir pro apartamento dele. Eu estava morrendo de preguiça cozinhar, Felps estava aí pra isso. Ele deve ter alguma coisa boa, além de me foder como ninguém.

Tomei um banho, vestir um short jeans, uma blusa soltinha e uma rasteirinha. Peguei meu celular e fui pro apartamento do Felipe. Um cheiro bom de strogonoff, o boy cozinha gente.

- Meu pai amado, que cheiro bom - falei entrando na cozinha. Aqui não tem essa de bater na porta e pedi por favor pra entrar não.

- Sou masterchef pô, você que é uma fodida.

- Ih garoto, se liga.

Perguntei se ele queria ajuda, ele negou, nem gostei né. Fiquei sem fazer nada, sentei na mesa e a gente começou a conversar. E chegou no assunto que eu queria.

- O Breno e a Alana já se conheciam? - perguntei e ele confirmou - Sabia! Percebi eles hoje na faculdade.

- Mas ela foi embora do país, aí o Breno se envolveu com a Beatriz cu arrombado.

- Para Felipe... - dei risada.

- Você quem começou.

Depois que a comida ficou pronta, a gente comeu, depois eu limpei tudo enquanto o Felipe foi tomar banho. Todo cheiroso, hm, adoro!

Ele foi pra agência e eu fui pro apartamento dormir. Não tinha outra coisa pra fazer.

Quando o sol chegarOnde histórias criam vida. Descubra agora