Capítulo Setenta e Quatro.

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F E L I P E

- Aí, você sabia que a Giulia tá grávida não é? - perguntei pro Breno assim que cheguei no engenhão, dia de engenhalta, todo mundo anula compromisso.

- Sim...

- Pô, cara, eu sou o pai, tenho o direito de saber dos bagulho. Até pra pré-natal ela já foi sem mim. Aposto que todos sabiam, menos eu. Papo reto, mancada! - falei pra ele, mas eu já vi o Davi, Joca e o Vini vindo atrás.

- Se serve de consolo, nem eu e nem o Vini sabia - Joaquim disse sorrindo amarelo. Ridículo esse cara, na moral!

- É irmão, agora é bola pra frente. E cê não pode deixar a nega nervosa, tá ligado né? - Vinícius falou e eu concordei.

- Eu não concordei, em momento nenhum, mas com essas minas é difícil não aceitar. Perdão aí, cara - Davi tocou no meu ombro e eu assenti.

- Não tem mais o que fazer né? Mas foi vacilação, enfim, vamo bater essa altinha aí.

Pô, esses caras são muito enjoado. Cheios de mimimi esses caras, papo reto. Jogar com eles me faz esquecer os caôs, bom demais, que isso. É uma gastação sem fim, só não pode levar pro coração...

- Coé, Vinícius chega na pelada e erra passe de 2 metros. Nojento demaaais! - zoei.

- Já tá com saudade da nega, pô. Te entendo, te entendo! - Breno zoou ele.

- Ih, quer dizer que Davi agora é 01 da tropa? - começou a zoação, aquelas coisas mais pra frente.

- Tá aprendendo, deixa ele.

- Jogamos o fino da alta, partiu barzinho tomar uma loira, quem anima? - um dos meninos falou e a gente concordou.

Inventaram de ir pra um bar na casa da puta que pariu, aliviar um pouco a mente, aí já sabem né, foi aquela agitação quando chegamos no bar. Esses sabem fazer barulho, Deus me livre.

Assim que eu sentei na mesa meu celular sentir meu celular vibrar, nem precisei olhar pra saber que era a patroa, tomei até um susto quando olhei o tanto de mensagem que tinha dela, fiquei até nervoso, até a Manu me mandou mensagem.

✉ Mensagem (1)

Baby cat: Amor? Ei...
Baby cat: Por favor, me responde. Cê sabe do meu medo quando você sai daqui sem tá de bem comigo.
Baby cat: É sério, Felipe, me respondeeeeeee.
Baby cat: Tá, eu errei, MUITO! Eu sei, meu amor. Eu pensei que assim ia te proteger assim, eu sou impulsiva demais. Mas eu ia te contar, hoje mesmo.
Baby cat: Quando eu tinha dezessete anos, eu engravidei de um namorico, estava disposta a assumir e ele também. Mas eu acabei sofrendo um pequeno acidente e eu perdi o bebê, fiquei tão mal, alheia a tudo, com trauma e passei muito tempo em luto. Aí quando a médica me disse que esses 3 primeiros meses seria de risco maior, entrei em êxtase, com medo de acontecer tudo de novo. Enfim...
Baby cat: Por favor, me desculpa. Volta pra casa, eu só vou dormir quando você voltar, tá bom?
Baby cat: Se você não quiser dormir aqui, tudo bem, mas passa só pra mim dá um beijinho de boa noite. Não consigo dormir sem ele, cê sabe.

Eu: Calma, Giulia. Fica tranquila, eu tô bem, tava no engenhão jogando bola com os crias. Tá tudo suave, tô aqui no barzinho bebendo, mas passo aí mais tarde. Te amo, tá?! A gente conversa quando eu chegar...

Baby cat: Tá bom, vida. Eu te amo mais! Bebe demais não, viu? 😊

✉ Mensagem (2)

Manuzita: Cuidado com meu macho aí, hein.
Manuzita: E outra, não fica brigado com a Giu não, ela passou mal aqui, mas já tá tudo bem. Só não assusta muito ela...

Eu: Fala, garotinha. Seu macho tá aqui com uma no pescoço (gravei áudio brincando e olhando pro Vinícius)

Manuzita: FELIPEEE, QUEM É?????

Eu: Tô brincando, loirão. Tudo na paz, valeu, daqui a pouco a gente chega.

Manuzita: Cachorro!

Essas garotas pegam ar fácil, fácil. Adoro zoar com a cara delas, a Manu é a mais explosiva, fica toda nervosinha com tudo.

- Ô irmão, perdão aí pelo vacilo... - Breno falou chegando mais perto.

- Beleza, pô. Só não esconde mais nada em relação a Giulia e ao bebê, porque querendo ou não, eu sou pai, tenho direito de saber de tudo - ele concordou e fizemos um toque.

Quando o sol chegarOnde histórias criam vida. Descubra agora