Capítulo Oitenta.

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M A Y A R A

Minha vida deu um giro de 360º graus, eu estava bem mais próxima do Joaquim, até os pais dele, já tinha conhecido. Meu trabalho como recepcionista me dando minha vida cara e independente como eu sempre quis. Minha mãe super orgulhosa de mim, mesmo de longe, eu fazia questão dela saber de tudo.

- Cara, olha essa loja de roupas de bebê, agora a gente vai entrar, vem! - Giulia puxou minha mão e entramos na tal loja. Essa garota fez de tudo pra gente vim no shopping, mais especificamente, em uma confeitaria que vendia um bolo red velvet tudo de bom.

- Vamos comprar esse macacão branco, que coisa mais linda desse mundo - falei super encantada com as roupinhas - Giu, assim que você souber do sexo, me chama pra gente vim comprar as roupas, quero estar presente.

- Fala sério, Mayara, vou surtar aqui dentro, uma coisinha mais fofa que a outra. Se eu trazer o Felipe aqui, ele vai querer levar tudo.

- Quem não levaria? Tô apaixonada, quero sair mais não - rimos.

Sem caô, ficamos mais de uma hora escolhendo roupa, até bolsa, mamadeira, a gente comprou. Impossível entrar nessas lojas e fazer vista grossa, sempre vamos querer levar pelo menos uma fralda.

- Você vai querer fazer chá revelação ou chá de fralda? - perguntei quando entramos no uber.

- Vou revelar o sexo no casamento e faço o chá de fraldas com sete ou oito meses, se Deus quiser, já no nosso apartamento - Giulia respondeu toda empolgada, adoro saber desses planos, amo!

- Quero ser atualizada de tudo, hein. Vou ser a titia mais babona desse mundo inteiro! - falei colocando a mão na barriga dela, ainda não parecia que ela estava grávida.

- Depois de amanhã é o pré-natal de dois meses, passa rápido, né? Parece que foi ontem que rolou o sangramento e tudo.

- Aproveita porque quando você menos esperar, já vai estar com um barrigão de melancia...

A Giulia foi pro trabalho dela e eu pro meu. Passei a tarde toda que Deus deu atualizando ficha, organizando processos, ajudando as outras meninas, mas quando chegou a minha hora, pedi um uber e fui direto pro apartamento. Tomei até um susto quando vi o Joaquim sentando no sofá conversando com o Felipe, falei com eles e fui tomar banho pra sair o cansaço que foi hoje.

Esses dias o tempo estava nublado no Rio, então tava um friozinho bem gostosinho. Coloquei uma roupa bem quentinha, até minhas pantufas, ai gente, deixo de ser criança nunca.

- Por que você não me avisou que vinha? Achei que ia virar a noite no trabalho - falei quando o Joca entrou no quarto.

- Quis fazer surpresa, não gostou? - sentei no colo dele negando e o puxei pra um beijo.

- Tá com fome?

- Comi antes de vim e você? Mó carinha de cansada, deita aqui que eu vou te fazer um carinho, coisa gostosa! - Joaquim deitou na cama e logo em seguida, eu deitei por cima dele - Como foi seu dia hoje?

- Foi bom, fui no shopping com a Giulia e a gente comprou umas coisinhas pro baby.

- É? Não sabia que você gostava dessas parada de criança - riu e eu levantei minha cabeça pra olhar nos olhos dele.

- Tenho cara é? - concordou - Ah, não é meu sonho, tá ligado? Mas é claro que se por acaso eu engravidar, iria ficar em êxtase no primeiro momento e depois encarar. Não me dou muito bem com criança, então seria tipo a Giu, uma criança cuidado de um bebê.

- É de família esse lance é?

- Sabe que não, a Giulia ficou assustada porque foi pega de surpresa, mas ela leva maior onda com criança. Já eu sempre fui mais nem aí pra nada, até... - ele me interrompeu.

- Me conhecer?

- Convencido você, hein! - deitou novamente no peitoral delr - Mas sim, até conhecer você.

Não vou dizer que isso mudou meus sonhos, planos, mas balançou um pouco. Não vou deixar de fazer nada por causa de homem, isso é lógica, também nunca me imaginei namorando, papo sério, futuro e afins. Aí eu conheci essa pessoa que me deixou completamente área, mas também me deixou muito mais feliz e com mais sentido de vida.

Recente demais pra dizer isso? Talvez. Mas se eu não viver o hoje, vou perder a oportunidade de errar e assim, aprender com esse erro. Essa sempre foi uma coisa que eu levo sempre na minha vida, nunca dispensar a felicidade porque pode ser a única vez.

- Seu celular tá tocando - peguei o celular dele vendo um nome na tela "Thayla" e entreguei pra ele.

- Oi, Thay... O que?... Fala de novo e com calma... Beleza, qual o hospital?... Estou indo, tchau... Fica tranquila que não vai acontecer nada... - sentei na cama assim que ele falou sobre hospital - Veste uma roupa que você vai conhecer mais um pouco sobre mim, deixando claro que cê tem todo direito de ficar com raiva de mim.

Quando o sol chegarOnde histórias criam vida. Descubra agora