Capítulo 67

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Luna

Cheguei a escola com medo do que já podia tá acontecendo com os garotos. Mas só tinha elogios, as meninas da torcida os acharam incríveis e os garotos do time nada falaram. Ouvi o treinador brigando com eles, fariam um teste pra saber quem ficaria no lugar de Augusto enquanto ele tivesse ausente e Ethan recebeu o bracelete de capitão.

-Aí nem acredito, Ethan é tão lindo! - disse Roberta no vestiário.

-O Augusto é mais robusto, mas eu não me importaria de dividir os dois na cama! - disse Karen.

-Verdade! "Aí já pensou" "eu queria os três capitães que passaram esse ano" "Mas Jimmy é gay" "Eu não me importo" "Se Jimmy for gay Augusto é o namorado dele?" "Acho que depois daquele beijo no vídeo não se resta dúvida" "não é só o beijo meninas, não viram o jeito como se olham" "E como se tocam como se fizessem amor enquanto dançam" "Eu também tive essa impressão" "Gay ou não eu não me importaria de dar um pega nos dois ao mesmo tempo"

Revirei os olhos, sem aguentar aquilo tudo sai do box, elas ficaram mudas, então me vesti e sai dali, Ethan saiu junto comigo do vestiário dele e eu queria falar com ele desde ontem a noite, eu estava mal pelo que tava acontecendo e ao me dar conta que também fui errada, não com ele, mas com meu irmão, eu queria concertar as coisas. Mas eu não conseguia dar o primeiro passo e já estávamos chegando no campo. Enchi o pulmão de ar e o olhei. Ethan olhava o chão enquanto caminhava. Eu queria ouvir aquelas palavras doces, ver aqueles olhos brilhando outra vez...

-Eth...-fui interrompida, mas mesmo assim ele me olhou.

-Oi Capitão!? - disse Eva, nossa colega e parceira dele de química.

-Ah, oi Eva algum problema na...

-Não, nenhum, eu só queria te convidar pra jantar comigo...

Sai correndo antes de ouvir qualquer resposta dele, ouvir aquilo doeu mais do que quando ele tirou o celular da minha mão e mandou o vídeo, é isso, vou focar na raiva e não na dor.  Entrei no carro sem olhar pra trás e fui pra casa, coisa de nunca, geralmente eu ia direto pra Flor de Liz.

Corri até meu quarto e o bati com força eu queria gritar de tanta dor que à em meu peito.

-Que ódio grrrr...

Toc toc toc

-Céus. - Minha mãe ouviu que droga.

Abri a porta depois de tentar secar as lágrimas.

-Precisa de um amigo?

-Derick?!

-Sua mãe queria que eu viesse hoje pela manhã assim eu poderia ensaiar a tarde.

-Ah... É verdade, eu me esqueci por completo...

-Quer conversar?

Respirei fundo, olhei pela janela pra ver se eu via Jimmy, então voltei a olhá-lo.

-Vem?! - disse ele pegando minhas mãos e me levando pra minha cama. - Conte o que te deixou com ódio.

Contei a ele, eu precisava aliviar aquela dor e confiei nele.

-Mas se isso te doeu tanto é porque ainda gosta dele.

-Eu o amo Derick.

-Então toma coragem e fala isso pra ele antes que seja tarde de mais, não deixa ninguém diminuir você Lu, ninguém é melhor do que você.

-Mas eu também não sou melhor do que ninguém.

-Então estão todos quites.

-Tem razão, posso te dar um abraço?

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