Capítulo 19

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-Bom dia, dia, obrigado por mais um ano de vida!

Jey desceu do jeep e abriu os braços eu corri em sua direção o abraçando, Jey me girou cheirando meu pescoço o que me fez arrepiar.

-Pronta para gasear aula?

-Vamos!

Na parte de trás do jeep tinha umas caixas térmicas.

-O que tem ai?

-Comida, vamos acampar por algumas horas!

-Não acredito que vai me levar na cachoeira?!

-Vou, eu te prometi que um dia te levaria, só me desculpa por demorar tanto para te levar!

-Está desculpado, ai, não acredito, sempre quis ir lá!

-Eu sei!

Depois de uma hora de carro entramos na trilha que dava para a cachoeira, por ser dia de semana não tinha ninguém, nem acredito nisso, que lugar lindo.

-Longe dos holofotes!-disse Jey.

-Obrigadoooo!-falei o apertando.

Jey desceu as coisas do jeep e eu o ajudei a levar as coisas até a beira do lago que se formava debaixo da cachoeira, que não era muito grande, nos acomodamos.

-Pronto agora vamos nadar!

-Não trouxe biquíni!

-Nem eu, agora tira a roupa, hoje vamos começar com seus 10 anos, ainda somos inocentes ok!

-Tá!-falei rindo e tirei meu vestido, ficando apenas com as roupas intimas, Jey fez o mesmo, ficando com suas cuecas boxer ele me pegou no colo e me levou até o meio do lago.

-Deve tá gelada!-falei.

-Muito, agora decide, quer entrar devagar ou rápido!

-Rápido!

Jey nem me deixou terminar e se jogou comigo no colo, o choque foi rápido, logo meu corpo se aqueceu ao encontrar o corpo de Jey colado ao meu, eu sorri nervosa.

-Sei que passamos alguns anos longe um do outro, mas quero comemorar cada ano longe!

-E como pretende fazer isso?

-Eu trouxe vários bolinhos!

-Jey!

-Foi o jeito que encontrei!

Brincamos um pouco na água depois nos sentamos abraçados e enrolados em uma toalha.

-Então me conte o que fez nos seus 10 anos?

Me virei de frente pra ele.

-A verdade Maia!

-Eu chorei o ano todo, entrei em depressão, senti sua falta o tempo todo, era como se tivessem arrancado uma parte de quem eu era!

Ele me abraçou forte.

-E aos 11!-sussurrei.- Chorei mais ainda pois tentei te mandar cartas que não iam para você, nunca obtive respostas e fiquei vazia por dentro, meus pais em uma guerra para ver quem ficava comigo e minha vida estava um inferno sem você, só piorava, aos 12 aprendi a esconder minha dor, sofria calada, sempre com um sorriso no rosto para disfarçar, mas a dor irrompia no meu peito, aos 13 em diante vivi no automático, me apaguei completamente, a única hora que eu vivia por dia era quando estava dançando, o que me manteve viva por todo esse tempo foi a única coisa que eu tinha de você, a única coisa que eu sou dona e vou ter para o resto da minha vida, algo que você me deu, algo que é meu fio de vida até hoje!

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