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1 ᴅɪᴀ ᴅᴏ sᴇǫᴜᴇsᴛʀᴏ...

No peito, meu coração batia acelerado como nunca antes, bombeando sangue e adrenalina para o restante do meu corpo, no entanto, pareciam não chegar às minhas mãos geladas e brancas presas ao volante de couro.

Passamos por várias ruas mas, tínhamos os perdido de vista, um carro entrou na frente impedindo de seguir caminho, bati no volante com raiva, três vezes, assim como batia na porta do quarto de Senhorita Stanford.

- Vamos a delegacia prestar queixa- Patrick disse.

- Isso, bem lembrado- o farol abriu e segui o mais rápido possível para a delegacia mais próxima, cada segundo era precioso e incerto, na minha cabeça só se passava duas coisas, seu rosto apavorado enquanto estava presa à aquele maldito imbecil, e as preces pra que lá de cima, de alguma forma, Clarisse a ajudasse a sair ilesa de mais essa.

...

- E quanto tempo faz?- Perguntou homem de meia idade, vestido com suspensórios e a camisa social cinza apertada ao corpo, nos olhava calmo e isso me irritava profundamente, não tinhamos tempo.

- Não faz nem meia hora, será que dá pra mandar viaturas pra achá-la?- ao meu lado Sr Patrick colocou a mão no meu braço.

- Tenha calma Harry- me desvencilhei passando as mãos no rosto- todos estamos aflitos, deixe que eu resolvo.

Me afastei dos três, ouvi alguém chamar as viaturas pelo telefone, ao ver alguns policiais saírem para a busca fui fazer o mesmo.

- Harry aonde vai?!- Max perguntou, me virei pra respondê-lo.

- Procurar sua irmã, não vou ficar aqui parado.

Uma porta de vidro se abriu ao lado da recepção, e um homem negro, alto, vestido socialmente com um distintivo pendurado no pescoço apareceu.

- Ninguém vai a lugar nenhum antes de prestar depoimento.

...

O carro andava tão rápido que meu medo agora não era da arma, mas de que um acidente acontecesse. Niall não tinha vindo sozinho, havia um motorista, e por alguns minutos lembrei daquele rosto familiar.

"Não se deixe enganar pelas sardas"

Claro, era o ruivo do teatro! Usava óculos escuros mas era fácil reconhecer.

- Ainda estão nos seguindo?- Denis perguntou, olhando para trás Niall verificou.

- Não, perderam a gente de vista- aquele comentário me fez gelar ainda mais, do meu lado ele sorriu.

- Nada mais vai separar a gente princesa- apertei minha mão no banco de espuma, pressionei tão forte que senti minhas unhas doerem.

Vi seus dedos procurarem alguma coisa no bolso da jaqueta, até que tiraram um pequeno pano branco com alguma coisa, ele pressionou contra meu nariz me fazendo inalar- você vai descansar um pouquinho, bons sonhos.

Me debati tentando me desvencilhar em vão, meus gritos foram abafados, até que senti meu corpo amolecer e o sono tomar conta, adormeci.

...

- O que o senhor é da vítima?- me perguntou o delegado, devia ter minha idade ou pouco mais, tinha as mãos entrelaçadas sobre a mesa, sua sala era o suficiente para que duas pessoas trabalhassem alí dentro.

Meu enfermeiro inesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora