¹

2.3K 201 28
                                    

Eu estava caindo, caindo, era só o que fazia, cair, sinto as batidas de meu coração cada vez mais rápidas, algo em mim se quebrar, a dor, e acordo.
 
  Deitada num quarto de hospital, a luz estava muito forte eu mal conseguia abrir os olhos, ao meu lado, meu pai sentava numa poltrona clara cochilando, minha mãe em pé perto a porta mechendo no celular, por algum motivo, não estou surpresa.

- Mãe?- Ela vem ao meu encontro- O que aconteceu?

A mulher me olha como se estivesse em dúvida sobre me contar algo, mas acabou dizendo.

- Você discutiu com seu irmão, se distraiu enquanto descia a escadas e caiu.

   E enquanto ela me contava, me lembrei de cada momento, tentei me levantar mas minha cabeça dói, percebo que estou com o braço e a perna esquerda engessados.

- Filha você não pode sair assim, precisa ficar aí até o médico te dar alta, você quebrou o braço e a perna, levou pontos na cabeça, não está em condições de fazer nada sozinha.

Não estava acreditando que me encontrava daquele jeito por conta do meu irmão. Meu pai acordou e me viu conversando.

- Filha! Graças a Deus, como se sente?.

Achei uma pergunta um tanto quanto óbvia.

- Horrível, pai, horrível, tudo isso é culpa de Max! Nada disso teria acontecido se ele não fosse tão arrogante!.

Ele me olhou como se entendesse, porém não disse nada.

...

Alguns dias se passaram, e eu naquele quarto de hospital, dependendo de enfermeiras, sem nada pra fazer além de tomar sopa, sem ninguém pra conversar já que meus pais só trabalhavam, e quando vinham era tarde e eu dormia. Meus dias se resumiram em tomar remédios e alguma coisa que injetavam-me, provavelmente algum calmante.

Até que pela manhã meus pais chegaram, o que até me surpreendeu, o médico tinha me dado alta.

Finalmente, não aguentava mais.

- Ela se mostrou muito melhor, porém o gesso irá ficar por pelo menos três meses, aí ela volta para ver se podemos tirar ou não- Apenas fiquei um pouco desapontada, mas estava indo pra casa, já era alguma coisa.

Minha mãe me levou na cadeira de rodas até o carro, eu odiava isso mas fazer o quê? O caminho foi extremamente silencioso até chegarmos em casa, meu pai me levou no colo para meu quarto já que tinha escadas, aliás as mesmas onde eu caí, me deixou na cama e saiu do quarto.    

Finalmente em casa, tudo que eu queria agora era um banho, mas o caminho até o banheiro parecia a coisa mais difícil do mundo, desejava fazer isso sozinha, então fui me apoiando nos móveis, escrivaninha, cadeira, parede, guarda roupa, e enfim banheiro, tomar banho foi outro desafio,mas dei meu jeito.

Vesti um shorts e uma camiseta larga preta sem estampa, tentei prender meu cabelo em um rabo de cavalo, mas não deu, então achei uma presilha só pra não deixar os fios caírem no meu rosto.

Deitei na cama forrada por lençóis limpos e brancos, liguei a TV, coloquei em um filme qualquer e fiquei alí assistindo, pouco tempo depois minha mãe bate na porta.

- Filha, posso entrar?

- Entra mãe.

Ela entrou e me olhou meio confusa, seus cabelos ruivos e encaracolados estavam impecáveis, o ar radiante continuava alí, intacto, era uma característica natural dela.

- Já tomou banho sozinha?

Eu confirmei balançando a cabeça e continuei vendo o filme.

- Filha eu preciso te apresentar uma pessoa, que vai cuidar de você, enquanto estivermos ocupados.

Acho que ela quiz dizer sempre.

- Nós procuramos alguém enquanto você estava no hospital, e ele foi o único que realmente se mostrou bom e prestativo.

Como assim "ele"? Nem mesmo me avisaram sobre contratar enfermeiras, a minha opinião não conta?

Meu pai apareceu na porta branca, acompanhado um homem que aparenta ser mais velho que eu um pouco, vestia um jaleco branco, uma calça jeans e uma camiseta cinza por baixo, cabelos meio bagunçados e relativamente grandes pousavam sobre os ombros, castanhos como os meus, porém bem cuidados aparentemente, olhos verdes, era alto, bem alto pra ser sincera, e eu, depois dessa primeira análise fútil apesar de bem agradável, ainda preferia uma enfermeira.

Meu pai me olhou.

-Filha, este é Sr. Styles, Harry Styles, seu enfermeiro, ele vai cuidar de tudo, do que precisar.

O rapaz me olhou, fitei para meus pais

- Esse é meu enfermeiro?

E um pequeno sorriso se formou no canto da sua boca

- Prazer senhorita.
...


( Se gostou, deixe sua estrelinha por favor.

com amor, holivev ♡)










Obs: essa história passará por revisão, perdoem pelos erros ortográficos, ela foi iniciada em 2019 e minha escrita não estava das melhores.

Meu enfermeiro inesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora