688 95 15
                                    

Styles desceu as escadas visivelmente satisfeito, eu não consegui disfarçar o quanto estava feliz.

- E para onde vamos?

Ele chegou ao último degrau.

- Seu pai é sempre tão ciumento? Foi uma luta pra ele deixar- Veio em direção ao sofá, fitei o chão por um momento.

- Sim ele é, mas não ligue pra isso- Harry percebeu meu incomodo, se abaixou ao meu lado apoiando os braços na lateral do sofá.

- Vamos ao parque, o que acha?- notei nele uma expectativa sobre minha reação ao local.

- Acho ótimo- Sorri a ele, havia um certo brilho...ou foi impressão minha?

- Quer que eu te leve para seu quarto? Para se arrumar?

Não queria me arrumar, pra mim, estava muito bem do jeito que me vestia, mas seu comentário me fez ter minhas dúvidas

- Eu ... Não, não quero, acha que estou ruim?

Agora em pé, ele me responde.

- Para mim está ótima senhorita Stanford.

- Então, vamos? - Disse a ele.

- Claro, deixe só eu abrir a porta do carro- Ele pegou as chaves rapidamente, passou pela porta e em pouco tempo voltou.

- Pronto agora sim-  veio em minha direção e me levou no colo até o carro, era um carro bonito até, não sei o nome, aliás estranho seria se eu soubesse, sou péssima com isso.

Me ajeitei no banco de couro ao lado do motorista, assim que Sr Styles fechou a porta olhei pra trás, vi a cadeira de rodas, odeio ela, mas infelizmente é isso ou nada, eu prefiro a cadeira nesse caso.

O homem entrou no carro, abri minha janela deixando o ar circular no automóvel, quando seria a próxima vez que eu poderia sair? Estava realmente implorando pra que essa próxima não fosse só daqui a três meses, ele ligou o carro, e então, fomos ao esperado parque.
...

A Flórida era realmente linda em dias ensolarados como este, adorava ver as ruas calmas, as árvores, enfim, amava este lugar. As casas passavam rápidas ao meu lado, o que me impede de observar detalhes, não que houvesse muitos, são quase todas no mesmo tom de cor e modelo.

Algumas crianças brincavam nos quintais, dou um sorriso ao lembrar de como a infância é linda e ingênua, se pudesse não teria nunca saído dela.

Senti a brisa em meu rosto, incessantemente bagunçando os fios dos meus cabelos, fechei os olhos guardando cada momento em minha memória, o rádio é ligado por Sr Styles, tocava "in my blood" de Shaw Mendes, amo essa música, não é uma letra muito boa para o momento, porém eu amo cada melodia dela, cada toque, tudo.

...

Aos primeiros metros que ando com o carro, percebo o quanto isso faz bem a senhorita Stanford, percebi que estava em um momento importante, apenas, curtindo, os seus cabelos castanhos estavam soltos, voavam com o vento que vinha da janela, o que fez com que a garota colocasse os fios atrás da orelha, é a primeira vez que a vejo realmente feliz, provavelmente a última coisa que pensa agora é em seus problemas.

Mal sabe ela o quanto foi difícil convencer o senhor Patrick a deixá-la sair um pouco daquela casa, quando o chamei pra conversar sobre o assunto, assim que soube do que se tratava, pude ver em seus olhos toda a confiança ir por água abaixo, ele não queria deixar de forma alguma, só consegui por conta de sua mãe, Clarisse, ela sempre muito gentil e atenciosa convenceu seu marido de que era algo bom para a filha.

Meu enfermeiro inesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora