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Tínhamos entrado no carro, Harry dirigia o mais rápido possível a caminho do hospital, graças a Deus não havia trânsito, a noite já havia chegado, eu não fazia ideia de que horas eram, minha única preocupação era com meus pais.

O aperto no meu peito era mais forte do que eu poderia descrever em palavras, estamos falando da minha mãe não de um desconhecido, parece cruel dizer isto, a vida de ninguém merece estar em risco, mas quando se trata de alguém da qual amamos... É como se a dor também estivesse em você, em cada tecido rasgado de sua
pele, cada gota de sangue que corre em suas veias.

- Vai ficar tudo bem- Harry disse, mas parecia tentar convencer a si próprio disto, meus dedos foram de encontro com as lágrimas que insistiam em cair.

- Não sei Harry, sinto que estou perdendo ela- minha voz embargada mal sai.

Podia ouvir Sr Styles resmungar com os faróis que nada tinham a ver com o ocorrido- merda, vamos abra!- E quando por fim abria, ele dirigia o mais rápido possível, a sensação era de que, não adiantava o quão rápido fosse o carro, tudo passava devagar.

Muito devagar...
...


Niall

- MERDA! MERDA! MERDA!- Ouço risadas.

- Porque tanta raiva Niall?- Olhei para a poltrona marrom na sala, Denis estava lá, o que esse ruivo miserável veio fazer aqui? Era só o que me faltava ter que aguentar criancices a essa hora.

Coloquei minha arma sobre a estante e passei a mão no cabelo.

- O que quer aqui? Aliás, não quero saber, saia.

- Mas já? Não, isso não são modos- se levantou e foi até meu quadro com todo o plano exposto- parece que está atrás de alguém não é?

Esse cara me enche a paciência,

- Não é da sua conta, como entrou aqui?- Ele riu, idiota como sempre foi é só o que sabe fazer, rir.

- Parece que se esqueceu de que já moramos juntos- mostrou a chave- o nome disso é chave reserva , eu guardei caso eu precisasse depois, e olha só - abriu os braços- não é que eu precisei?

- Você não vai morar aqui, se vira, dorme na rua sei lá, mas aqui você não fica- abri a porta de casa.

- Nem se eu te ajudar a pegar essa garota aqui?- colocou o dedo na foto bem no centro do painel- ou melhor, Alana Stanford?

Parei, e aos poucos fui fechando a mesma, -como sabe o nome dela?

Dênis andou até a poltrona e sentou-se novamente.

- Conheci a garota, bem bonita por sinal, com um corpo lindo, e que corpo, se eu tivesse a oportunidade...- revirou os olhos como se estivesse com ela naquele momento, o sangue me subiu nas veias, peguei a arma novamente e apontei para ele.

- Cale sua boca imunda! Ela não é pra você seu idiota! Imbecil!

Ele nem ao menos se mexeu.

- Niall, Niall, Niall... Fique tranquilo, não vou fazer nada que ela- riu - ou você não queira, vamos começar do começo, é aquele ditado, baú aberto não protege tesouro, conheci Alana no teatro com o tal de Harry, e lá é o melhor lugar para saber da vida alheia, como todos falaram de seus fins de semana tinha faltado a garota, então eu e o restante do grupo, pedimos para falar mais sobre ela, e a garota disse.

O rapaz desviou a arma do rosto e se levantou, eu abaixei o objeto.

- Podemos fazer um trato, eu moro junto com você novamente já que não suporto mais meus pais, e em troca te ajudo com sua bela garotinha.

Meu enfermeiro inesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora