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As três da manhã, quando a cidade inteira dormia e espíritos ruins tomavam a rua escura, eu admirava Harry dormir ao meu lado.

Mal podia acreditar, era ele alí, fez amor com o enfermeiro horas antes e agora estavam nus na mesma cama, iluminados apenas pela luz amarela do abajur que liguei minutos antes. Seu braço me envolvia de forma aconchegante debaixo do edredom quente que nos cobria.

Mas o calor não vinha apenas por aquele motivo.

A ideia de finalmente tê-lo pra mim era tão maravilhosa, que simplesmente não conseguia me sentir satisfeita mesmo depois de tudo. De forma sorrateira distribuí beijos por seu ombro largo, depois subi ao rosto depositando em suas bochechas até selar nossos lábios.

Ter aquela intimidade com Harry me fazia bem e no fundo sempre foi o que eu quis, desde o primeiro dia era fato que me atraía, só não sabia ainda que seria algo maior. Lentamente seu corpo se mecheu se despertando no colchão, e jurei por Deus quando vi seus olhos abrindo por entre os cílios, que aquela era a imagem que queria ter todas as manhãs- Eu preciso de mais meu bem- Sussurrei antes de beijá-lo levemente, devagar quase parando pra apreciar sua carne.

- Se isso for um sonho- Tinha sono em sua voz falha e baixa, suas mãos eu senti enquanto me coloquei em cima dele, se colocaram em meu quadril- Por favor, eu não quero acordar- Concluiu.

As pálpebras pequenas ainda se acostumavam com a luz ambiente, me sentando ainda em cima de seu belo corpo, as palmas de minhas mãos se apoiavam na borboleta tatuada bem no centro de seu abdômen. Pude observar seu rosto com mais clareza- Eu também não - Falei baixo, afastando uma mexa de seu cabelo da testa, os lábios finos sorriram com a resposta.

Me movi, descendo o rosto até seu membro e retirando a coberta, ouvi Harry respirar fundo quando o lambi de baixo pra cima e chupando a parte superior rosada. A saliva lubrificava a genitália enquanto minhas mãos fizeram o movimento de vai e vem, aos poucos ficando ereto.

Os longos dedos do homem afastaram meus cabelos do rosto, deixando a visão livre a seus olhos mais alertas agora- Isso Alana...- A rouquidão era mais presente no tom, e voltou a arfar quando o coloquei todo dentro da boca.

As mãos impulsionavam minha cabeça intensificando a velocidade, era delicioso vê-lo pedir mais quando dei uma pausa o encarando- Vamos, não faça isso...- Segurava firme meus cabelos e eu fazia o mesmo com sua intimidade, subindo e descendo devagar- Ah..  caralho Alana- Era perceptível sua excitação pela veia saltada já totalmente ereto.

Com ele ainda deitado em sua cama de casal, me sentei sobre seu quadril sem parar o contato, e me sobrepondo rapidamente o beijei antes de colocá-lo em minha abertura, Harry puxou meu lábio sensualmente como ele sabe bem fazer.

Devagar o introduzi dentro de mim - Oh - Voltei a minha postura, sentada colocando os cabelos para o lado eu cavalgava primeiro devagar, sentando e sentindo ele entrar deliciosamente como sempre imaginei, como horas atrás.

Abaixo de mim, com a boca entreaberta e respiração ofegante, Harry apertava minhas coxas depois as levando a bunda, queria mais, e aquela altura eu também.

Não demorou muito pra estivéssemos os dois subindo pelas paredes, xingando e gemendo enquanto chamávamos pelos nossos nomes, era nossa forma de dizer te amo.

Ajudando com as estocadas o enfermeiro foi cada vez mais forte, me fazendo arquear a coluna pra trás junto a cabeça, e vendo que me rendia ao desejo quase insaciável dele se sentou, me prendendo com os braços enquanto sugava meus seios.

Aquilo me fazia ir às alturas, invadia os fios macios e bagunçados em sua cabeça sentindo-o ainda dentro de mim, rebolava em seu colo- Diga meu bem...- Me beijava tentando formular uma frase- Me prometa que não irá me deixar amanhã...- Me beijou quente e sedento, mal tinha fôlego pra tudo aquilo ao mesmo tempo- nem semana que vem...  nunca mais.

Meu enfermeiro inesperadoOnde histórias criam vida. Descubra agora