Cap. 43 - Amanda

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#Cap

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#Cap. Sem revisão.#



Eu não sabia o que fazer, ou falar, ainda estava parada no centro daquele quarto e a única coisa que vinha a minha mente, eram as palavras do Kadu, contando com sofreguidão tudo sobre sua vida e trechos da minha. Me sentia como se, alguém dentro de mim já sabia que minha vida era estranha, que eu não pertencia à tudo aquilo, minha mãe na maioria das vezes, nos parecia distante fria, mas sempre relevei, por que sempre tentava compensar de alguma maneira sias atitudes distante, como a festa de recepção que fez para mim e Lívia em casa quando voltamos da faculdade, confesso que achei aquilo tufo esfuziante demais por se tratar de fona Júlia, mas afinal esse era o jeito dela, e cada um tem seu.

Lembro que, todas as vezes que eu ligava para casa, e era época de férias ou algum feriado prolongado, ela nunca implorou ou fez questão de que eu voltasse, ou passasse algum tempo com eles em família no Brasil, não, ela sempre me apoiou a estudar mais e mais, sempre, não estou fazendo comparações vitimista, mas era impossível não perceber o quanto a família da Lívia era diferente, por exemplo. Como não posso deixar de lembrar que sempre que alguma coisa me acontecia, fosse na infância juventude, era sempre com Kadu e meu pai que eu podia contar, até mesmo quando menstruei na escola e tive um ataque de pânico ao me ver sangrando daquele jeito, meu coração murchou quando a diretora do colégio ligou para Kadu a pedido dela, após ter falado com ela via telefone e a mesma ter dito que estava no meio de caso importante e não podia ir até mim, não me lembro se estava fora ou em reunião, mas ela não falou comigo, somente em casa quando nos encontramos.



Poxa! Nunca falei sobre isso com Kadu, nem na época, mas me perguntava se ser mãe era assim mesmo?



Foram inúmeras as vezes que a via ligando para Kadu a fim de saber como estava ou se tinha se alimentado, mas ela não fazia isso comigo ou com Felipe, amadureci acreditando que Felipe era meio revoltado, por causa dessas atitudes dela, por isso preferia se manter afastado de todos, menos de Kadu, assim como eu, que com o tempo me apaixonei por ele.



Sofri um bocado com isso, porque em minha cabeça eu devia estar enganada, meio que confundindo seus cuidados, amizade, comigo e com Felipe, com amor.



Eu já devia estar beirando meus quinze anos ou mais, quando passamos a nos dar uns pegas, depois avançamos para uns namoricos escondidos, Kadu morria de medo, principalmente de perder a amizade do meu irmão e eu achava que não podíamos nos assumirmos por causa da minha idade e também por ele ser amigo do Felipe, e não era nada disso. Aos dezoito anos quando finalmente decidi que já era hora de todos saberem sobre nosso amor, fui rejeitada, ninguém podia imaginar o que eu estava sentindo, era como se meu mundo todo tivesse se quebrado, eu não teria mais Kadu comigo, e não estava preparada para tira-lo da minha vida daquela forma, à força, mas Kadu já estava com sua espada, mirada em sua cabeça. Ainda dói relembrar aqueles dias.



Mas ele tem razão, leva se um tempo para assimilar tudo isso, e pior segundo ele tem muito mais ainda, e juro que não sei o que pensar, é uma mistura de sentimentos emoções, o mais confuso agora, é descobrir que sua vida foi uma grande mentira até aqui.

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