Cap. 51 - AMANDA

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#Cap

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#Cap. Sem revisão#

      — Kadu. — ela se aproxima dele, que nem se move, está determinado, irredutível, mantendo o semblante fechado, intimidante, mas Júlia insiste em tentar se explicar para ele. E torna a falar segurando-o pelo braço. — filho, me perdoe eu juro, que em momento algum eu agi com frieza, em relação à vocês três quando crianças. Não medi esforços para protegê-los, quanto a você, jamais o deixaria aos cuidados de alguém que não conhecesse, que eu não confiasse, você foi amado, teve de tudo, mesmo que minhas  intenções fossem outras.

      — Pare! — ele balbucia quase inaudível, ainda sem se mover, parecendo não suportar mais escutar a voz da mãe

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      — Pare! — ele balbucia quase inaudível, ainda sem se mover, parecendo não suportar mais escutar a voz da mãe.

      — Não! É fácil julgar quando não se está no lugar do outro, como eu disse, éramos todos jovens e inconsequentes na maioria das vezes, quantos jovens não pensam que são o rei do mundo, somos egoístas, na maior parte do tempo e eu não fui diferente, eu amei, sofri com as perdas, errei ao usar uma outra pessoa para causar ciúmes em Edgar, não estava em meus planos uma gravidez, mas confesso que veio bem a calhar na época. E eu não fugiria as minhas obrigações, deixar você com o homem que eu amava não partiu de mim, Edgar mais uma vez foi tão  persuasivo, eu estava fraca, completamente vulnerável e sozinha, e ver o homem que deveria estar ao meu lado, sofrendo por ter perdido o próprio filho e mais, querendo diminuir a dor da esposa, sim, hoje eu sei que deveria ter gritado, dito não! Mas fazer as vontades de Edgar que acreditava que era o pai daquelas crianças, era mais fácil e me aproximaria cada vez mais dele. Então eu cedi. Eu sabia que podia confiar você à Fátima, para ocupar o meu lugar.

      — Quem é meu pai? — mais uma vez ainda imóvel ele a questiona sobre sua paternidade.

      — Isso não é relevante agora, para que saber isso? Ele nunca soube de mim, nem dos gêmeos para que isso Kadu?

      — Se quer continuar me contando a história infeliz da sua vida, me responda, me dê um nome agora!

      — Eu... bem... eu não sei, — ela fala e desaba a chorar, jogando seu corpo contra o dele, numa tentativa falida de ser consolada mas Kadu se afasta. Olhando para ela, que volta a falar. — eu não sei quem pode ser seu pai, na época não me importava saber isso, lembra que falei antes, que eu tentei esquecer Edgar me envolvendo com outros rapazes, isso foi logo quando ele anunciou que ele e Fátima  iriam se casar, na minha cabeça era como uma vingança, eu me dei ao Edgar, eu, jurei amor eterno e aquilo não tinha nenhum valor para ele. Então, eu não posso te dizer quem é o pai de vocês.

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