Cap. 5 - AMANDA

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        Percebo uma claridade no ambiente, abro os olhos e aos poucos vou me situando onde estou, a cama é muito gostosa, aconchegante, mas não é a minha, num impulso eu me sento e começo reparar o local em que estou, eu não acredito, percebo que...

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        Percebo uma claridade no ambiente, abro os olhos e aos poucos vou me situando onde estou, a cama é muito gostosa, aconchegante, mas não é a minha, num impulso eu me sento e começo reparar o local em que estou, eu não acredito, percebo que também estou somente de roupas intimas, que foi que eu fiz? Essa não!

        Paro, procuro recordar de tudo, bem, era madrugada, Kadu me trouxe para sua cobertura, conversamos, e ele me abraçou eu o abracei, ele me beijou, bem, eu o beijei, que feio. Depois falamos sobre minha vida em Oxford, lembro me, que ele não gostou quando disse que só estou de volta a passeio, que pretendo voltar, e que já tenho uma vaga garantida, em um dos mais conceituados escritório de consultorias, ele me abraçou novamente, como se eu já estivesse partindo.

        Ficamos no sofá e acho que adormeci, não me lembro de mais nada, apaguei. Ainda em meus devaneios na cama, vejo que a porta se abre. O quarto é bem grande, uma suíte, janelas de vidro, a cama fica no centro do ambiente, alta pois há um degrau no piso onde ela fica, espelhos, podemos comparar a um quarto de revista. Kadu vem em direção a cama, trazendo com ele uma bandeja enorme.

        — Bom dia!  Minha bela adormecida, trouxe café e tudo que você gosta para o seu desjejum. — Verdade, ele entra no quarto carregando uma bandeja repleta de coisas gostosas, bolos, brioches frutas, suco, queijos, leite e café, eu me ajeito na cama me envolvendo com o lençol, pois estou semi nua, ele acomoda a bandeja, eu olho para seu rosto, ele me parece tão diferente do homem que reencontrei ontem, seu semblante está  leve, até me arrisco a dizer que está feliz.

        — Kadu, olha para mim? — eu peço.

        — Estou olhando Amanda. – Ele me responde sentando-se na cama a minha frente, deixando a bandeja entre nós.

        — Eu, preciso saber se... você sabe, bem, eu não estou sentindo nada, não era para eu sentir alguma coisa se... tivéssemos feito sexo? — ele me olha cismado, espera eu terminar de falar, e ri. Imbecil está rindo da minha cara.

        — Então você não sabe o que sentiria, se tivéssemos feito sexo? Como não princesa?  Você nunca? —Titubeia para fazer a pergunta.

        — Não, eu nuca fiz sexo, eu somente estudei e trabalhei, não me sobrava muito tempo. Minto. — Na verdade tento  me justificar por que não me envolvi com ninguém, para mim não há problema algum em revelar que ainda sou virgem, mas agora aqui, falando sobre isso com ele me sinto meio estranha, parece até  um erro ser inexperiente sexualmente, nada contra, mas é  que, enquanto ele deu sequência à sua vida, principalmente a sexual, eu só tinha ele em mente, nem é culpa dele isso, mas agora penso que deveria ter omitido esse fato. Porque não sei, só penso.

        — Tudo bem, não precisa se explicar, é uma opção sua, ninguém pode julgar. — Sinto raiva, me dá vontade de gritar com ele e dizer que não foi somente uma opção, que foi por ele, eu só queria se fosse com ele. — E a resposta é não, nós não fizemos sexo, confesso que a desejo muito, mas eu jamais aproveitaria de uma situação, a trouxe aqui para conversarmos, matarmos a saudade, e foi exatamente o que fizemos. Agora vamos comer, não está com fome? Estou te achando muito magrinha, não tem comida na Inglaterra? Desse jeito não vou permitir que volte para lá.  — Eu sorrio e começo atacar a bandeja lotada.

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