Cap. 23 -Luana

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         — Então a que devo a honra de sua visita minha querida?

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         — Então a que devo a honra de sua visita minha querida?

        Edgar me  dirige a palavra. Já recompostos, estamos os três sentados no aconchegante sofá em sua sala. Quando me faz a pergunta. Eu olho para ele, e com um gesto deixando claro que não quero dividir meus problemas com mais ninguém, além de nós dois.

         — Nat, deixe nos a sós por favor!  — A garota é simpática, educada, sensual, compartilhamos intimidades, mesmo assim, não deixa ser uma estranha para mim. Ela acata seu pedido se levantando, em seguida checa sua roupa, despede-se de mim e sai. — Agora somos só nós, o que a trouxe aqui? Não sou tolo, sei que algo a aflige, mas antes quero lhe dizer que aprecio muito sua companhia, e a experiência de hoje foi inenarrável.

        — Ora Albernaz, já fizemos isso antes, o que tem de diferente para estar assim embasbacado?

         — Realmente, não teve nada de diferente, além do fato de termos feito um ménage, simples e rápido, mas muito prazeroso. Nunca fizemos a três. Mas se saiu muito bem. — Edgar é como a mim, movido a prazer. Mas agora o assunto é outro.

        — Você  é um velho bem safado não é mesmo? E insaciável. — Falo para ele, não em forma de repreensão, constatando um fato.

        — Sim, gosto de sexo, muito, acho  que não deva existir limites para fazê-lo, desde que todas as partes envolvidas, estejam em comum acordo. Aprecio um bom sexo, mulheres fogosas, enfim, uma boa distração, não problemas. E você finalmente se mostrou uma parceira incrível, gostaria de... você sabe.

        — Entendi... claro podemos repetir, sua garota é muito boa também. Mas me diga, você sempre traiu Fátima dessa maneira, sei que parece um assunto desnecessário no momento, mas ouvi a conversa sua com meu pai. Você e a tal de Wanda sempre foram amantes e adeptos as orgias?

         — Sim, sempre, eu e Fátima sempre tivemos muitas diferenças, desde o início, então algumas puladas de cerca eram inevitáveis, assim como você com  Kadu, e mesmo assim grita aos ventos que o ama. E não, Wanda era uma garota simples, essa empresa foi seu primeiro emprego na área administrativa.

        — Mas eu o amo! E não é sobre nós, que quero falar. — retruco seu comentário desnecessário a respeito de meu casamento.

        — Até quando irá insistir nesse capricho,  não que tenha que desistir dele, mas para de se enganar acha mesmo que todos acreditam nisso, nem você  acredita. — Ele me desdenha, e isso me irrita.

        — Tudo bem, chega! Não vim para falar de mim e Kadu, mas de você, de como irá me ajudar  a sumir com aquela mulher da vida de meu pai.

        — Sei, Wanda! E o que quer que eu faça  para deixar de se sentir ameaçada por ela?

        — Deixa de deboche Edgar, sabe tão bem quanto eu, que aquela lá não passa de uma golpista. E meu pai é um ignorante, quando se trata desses assuntos, onde já se viu, um filho, com qualquer uma, isso é uma falta de respeito com minha mãe e comigo. — Falo.

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