Cap. 34 - KADU

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*Sem correções

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      Minha vontade era gritar, correr, me libertar desse redemoinho regado de revelações traumatizantes, umas mais difíceis que a outra, minha vida virou um circo de horrores, sabia que ao sair daquela sala, minha atitude soaria como uma fuga, não era como se tivesse virando as costas para Felipe, depois de tudo que me falou, embora parecesse isso, mas  não era assim, eu só precisava sair, Felipe é meu sangue e ferí-lo é tudo o que sempre evitei, o ver diante de toda aquela situação, me desesperou, quando enxerguei em seus olhos suas dores, me perdi junto, como revelar a ele, nesse momento, que, o que existe entre nós é mais forte e aterrorizador, do  que  tudo que ele estava me revelando, não que suas palavras  também não assustou, sim, assustaram muito, principalmente o fato dele me expor sentimentos tão íntimos e perigosos.

      Não quero duvidar de suas palavras, nem de seus sentimentos, seria crueldade, como também, falta de respeito com sua dor, sua história. Penso que, será que? 

      Bem, sei que a raiva que diz sentir de Júlia, claramente  trata-se de uma deficiência afetiva, ausência materna, coisa que também nunca percebi, como? Como pude ser tão alheio a essas coisas?  Bem, vivíamos a mesma fase da vida, e em contrapartida eu também o achava mais sortudo que eu, pois além dele ter pais adoráveis, havia ganho uma irmã, como não ficar feliz com isso, e era tudo que ele não estava, mas jamais imaginei que Júlia era tão distante assim do filho. Talvez Felipe tenha confundido, nessa idade somos meio egoístas  mesmo. Eu também queria ter o máximo de atenção possível de meus pais sempre. Mas não posso negar que Júlia me paparicava muito, todas as vezes que estava em sua casa, sempre tomei como um tipo de carinho, por ser amigo de seu filho, então  não me preocupei com isso, pois se ela era assim com um estranho, imagina com o filho, então nas muitas vezes que parei para pensar, ja adulto  sobre a troca dos bebês, logo após ter descoberto tudo, era eu quem se sentia o rejeitado, muitas vezes me perguntei o porquê de ter sido eu, o bebê a ser separado da própria mãe, pensava até que deveria ter sido um bebê muito feio, ou sei lá qual foi o critério usado. Até então durante todo esse tempo, quem se sentia rejeitado era eu.

      Droga! O que estou fazendo, como posso em meio a toda essa bagunça, julgar o que um homem diz sentir? Mesmo que esse homem seja meu irmão! E se diz apaixonado por mim, e não como irmão. Eu juro que não sei como lidar com essa situação.

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