CAP. 8 - KADU

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        Foram longos minutos debaixo d’agua, quando resolvi encerrar meu banho, colocar um pijama e ir para o andar debaixo, deixei no escritório alguns documentos que trouxe para casa na sexta-feira, numa tentativa de me sobrecarregar de trabalho...

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        Foram longos minutos debaixo d’agua, quando resolvi encerrar meu banho, colocar um pijama e ir para o andar debaixo, deixei no escritório alguns documentos que trouxe para casa na sexta-feira, numa tentativa de me sobrecarregar de trabalho uma vez que seria o dia que Amanda estaria chegando, e assim me distrairia e não sairia como um louco correndo atrás dela, agora já sei que foi em vão, nada saiu como planejado, mesmo assim, agora tenho que dar conta deles.

         Na segunda-feira tenho muitas reuniões, inclusive uma com uns estrangeiros que exige a presença de Felipe, espero que ele não falhe, ultimamente estou evitando sobrecarrega-lo, devido estar sempre alterado, ou por não enxergar mais nele, o mesmo compromisso, me lembro que antes do meu casamento com Luana, Felipe era mais atencioso, prestativo, estávamos sempre com novas ideias para os projetos, isso não mudou, não de minha parte, mas não vejo mais seu interesse em relação a KF.

        Andando pela casa, não encontro ninguém, Luana deve ter ido sozinha para casa de seus pais, no telefonema, ela disse que tínhamos que ir, sua mãe está fazendo um jantar especial em comemoração do seu  aniversário de casamento, como irão viajar amanhã, resolveu comemorar com uma reunião simples em sua casa. Luana sabe muito bem, que não adianta querer me fazer passar por marido apaixonado na frente de seus parentes, principalmente se seu pai estiver presente, depois de nossa pequena discussão, ela sabia que não ia conseguir me fazer sair com ela, Luana me conhece muito bem, até onde eu permito, claro.

        Aprecio meus raros momentos sozinho em casa, nessas horas a paz reina, nenhum barulho, muito menos Luana discutindo com os empregados, como não se ocupa com nada, está sempre infernizando a vida dos pobres coitados. Estou fechado no escritório estudando minuciosamente os documentos que trouxe, analisando os prós desse contrato, ele é bem vantajoso financeiramente, mas é preciso avaliar até onde prejudicaremos o solo com esse tipo de projeto, quem entende muito sobre esse tipo de terreno é Felipe.

       Como já estou praticamente com tudo finalizado, resolvo já deixar tudo encaminhado, então ligo para ele quem sabe fechamos isso agora e amanhã apresentamos para os investidores. Seu aparelho chama, ninguém atende, ligo novamente, nada, estranho, Felipe está sempre com o aparelho por perto, parece que morre de medo que alguém o pegue, nunca deixou de me atender, desisto, mais tarde retorno, quem sabe onde está, ou bebeu tanto que está desmaiado.

        Não sinto falta da voz de Luana, mas esse silêncio todo já começou a me perturbar, meus pensamentos não dão trégua, a todo momento tudo que eles me dizem é para ligar ou ir até Amanda, já estou a horas travando essa batalha comigo mesmo, sei bem que Luana deve estar nesse momento queixando de minhas últimas atitudes com seu papai, e por isso não posso sair fazendo loucuras por aí, então me controlo, sou um homem conhecido, e Luana também assim como toda a família Brito, então andar por aí atrás de Amanda resultaria em um escândalo sem fim, que sua família não hesitaria em tirar proveito da situação.

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