Cap. 56 - Amanda

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#capitulo sem revisão#

15 dias depois...

      — Filha, procure se acalmar, você está muito nervosa, desse jeito vai ser preciso tomar um calmante. — minha mãe ralha comigo.

      — Claro que não! Imagina Amanda dormir, ou ficando lesada no dia mais esperado da vida dela? Nada disso dona Amanda, pode tratar de se acalmar ou não haverá casamento. — Lívia rebate dona Fátima, se colocando totalmente contra a ideia de fazer uso de algo que me acalme. Reviro meus olhos para elas.

      — Vocês duas não percebem que são vocês que estão me deixando mais nervosa? — as interrompo. — quanto mais me pedem para me acalmar mais nervosa fico. — elas fazem cara de espanto. Cínicas, logo depois riem.

     Também quero que tudo esteja perfeito, não só para os convidados, mas por mim e Kadu, afinal é o nosso dia e esperamos muito por isso.

      — Nós? Você está assim há dias, pensa que não percebi seus ataques de histeria em nossas conversas? — Lívia responde me dando bronca, e eu me pergunto por que mesmo ela  é  minha madrinha?

      — Sim, mas é que já estou irritada com vocês duas, afinal, já faz mais de um mês que estão sabendo o sexo do nosso bebê e nada de nos falar, poxa isso é maldade sabiam? O pobre do Kadu já não cabe mais em si de tanta ansiedade.

      — Calma, estamos planejando o melhor momento para revelar, e assim os papais irão poder festejar. — elas entreolham-se, fazendo umas caretas, tenho certeza de que estão aprontando alguma.

      — Tudo bem, não adianta mesmo falar nada com as duas, agora  por favor, me deixam  sozinha um pouco, antes que vocês me matem de tanto nervoso. — peço, elas relutam em sair, principalmente minha mãe, mas acabam acatando meu pedido e saem. 

      Ufa! Agora sim posso respirar e ter um pouco de paz. Eu amo essas duas, nem preciso dizer isso à elas, mas sinto que elas estão mais nervosas do que eu e isso está me deixando maluca.

      Encho um copo de água tomi alguns goles, caminho até a janela do quarto, e passo a observar a movimentação no jardim, decidimos fazer a cerimônia junto com a recepção, aqui mesmo no quintal da casa da dona Fátima, ela fez questão, na verdade, quase nos implorou, entendi isso como uma forma de compensar nossos momentos perdidos, levando-se em conta o quanto sempre gostei dessa casa, coisa que nunca foi segredo para ninguém, ela também fez questão de hospedar a família do meu falecido pai biológico.

      Eles chegaram do interior da cidade vizinha há dois dias e vão ficar até ao dia seguinte do meu casamento. Minha avó está radiante, está tão emocionada que até trouxe com ela uma foto do filho e me pediu para entrar com ela até o altar simbolizando a presença dele, que para ela ele estaria eufóricoe muito feliz hoje, me emocionei com o seu pedido e a coloquei em meu buquê, minha mãe também se emocionou muito quando viu. E pude sentir o quanto ela o amava de verdade.

      Continuo observando a tudo de onde estou, apesar do vai e vai das pessoas lá fora, eles são bem organizados, praticamente já está tudo pronto, restando somente alguns detalhes, que é na verdade  o que estão fazendo, dando os últimos retoques.

      Todas as cadeiras estão acomodadas em formato de meio círculo em cima de uma ampla plataforma de vidro, que se acende dando o efeito de céu no chão, com um azul celeste e luzes que refletem como estrelas. Como ainda está meio claro às dezoito horas elas não têm o efeito tão desejado, eu, Kadu, o padre e o tabelião ficaremos ao centro e sentados, preferi assim pelo fato de o padre falar muito eu acabar me cansando, sem contar que é mais confortável. Há pétalas de flores espalhadas por todo o gramado, ainda não vejo nenhum convidado.

Segredos de Família ( Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora