New York, cinco anos antes.
No dia seguinte, Elizabeth nem apareceu no escritório e Melanie ficou sabendo que ela viajara de última hora para acompanhar uma obra em outra cidade. Claro que ela estava evitando-a... Mesmo quando voltou, dias depois, continuou fugindo de Melanie como se ela tivesse uma doença contagiosa. Toda vez que ela ia em sua sala, Beth rapidamente pegava o telefone ou saía dizendo que tinha uma reunião.
Melanie sabia que isso tudo queria dizer que ela estava com medo de ficar sozinha com ela e tentava negar que estava atraída. Ela se divertia com a vergonha de Beth e o quanto ficava sem graça ao olhá-la com roupas cada vez mais decotadas e saias cada vez mais curtas.
O jogo fazia parte da diversão! Ela continuou com as táticas de sedução e por duas semanas Elizabeth continuou fugindo dela como se sua vida dependesse disso. Por mais que tudo aquilo fosse divertido, a paciência de Melanie estava chegando ao fim. A conquista e o jogo duro a excitavam, mas tudo isso era em vão se ela não pudesse de fato se aproveitar levando-a para cama.
Por isso, certo dia ela disse que já bastava e entrou na sala de Elizabeth determinada a por um fim naquela fuga. Fechou a porta com determinação e usou o seu melhor sorriso.
– Não posso falar agora, Melanie – Beth disse pegando o telefone e desviando o olhar que automaticamente percorreu por suas pernas – Preciso fazer uma ligação para a subsidiária de Ohio e é muito importante.
– Não vou te atrapalhar, eu espero – disse Melanie sentando-se na cadeira à sua frente e cruzando as pernas de forma sensual.
Elizabeth completou a ligação e passou a conversar sobre materiais de obra e coisas chatas que Melanie não queria nem saber. Ela tentava manter o contato visual, mas Beth sempre desviava nervosa. "Cansei de esperar", pensou Mel levantando-se e colocando-se atrás de Beth, que mexeu na cadeira nervosa.
"Ela não pode fugir agora!"
E era verdade. A ligação de trabalho que era para deixar Mel longe, acabou tendo o efeito contrário. Agora, Elizabeth estava presa naquela cadeira, colada no telefone até que terminassem de revisar a lista.
Melanie começou a massagear as costas de Beth e percebeu ela ficar arrepiada no mesmo instante. Abaixou-se para sussurrar em seu ouvido que não estava ocupado pelo telefone:
– Você não pode fugir para sempre – falou e então passou a beijar gentilmente seu pescoço, o que vez com que ela se arrepiasse ainda mais.
– Seth, sinto muito, mas estou com uma emergência e preciso desligar – ela falou, mas ainda precisou ouvir alguns últimos comentários antes de desligar.
Enquanto isso, Melanie continuou beijando seu pescoço e massageando suas costas. Por que não fazer melhor? Mordiscou de leve o lóbulo de sua orelha e Beth não conseguiu segurar um pequeno gemido antes de desligar o telefone e se afastar de forma brusca.
– Já conversamos sobre isso – falou nervosa, levantando os braços como se estivesse com medo da aproximação.
– Já conversamos muito... Hora de agir! – falou se aproximando, mas antes que pudesse alcançar Beth, a porta da sala abriu. Era John.
– Filho – ela falou nervosa.
– Oi, John! – Melanie sorriu para ele.
– Mel, não sabia que você estava aqui – ele falou um pouco nervoso.
– Eu estou sempre aqui agora! Sua mãe e eu estamos muito próximas – falou olhando para Beth.
– Está gostando de trabalhar aqui? Acha que vai ficar mesmo em Nova Iorque?
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A única escolha possível
RomanceNo meio de uma série de relacionamentos estritamente sexuais, Melanie Kelce teve dois grandes amores, mas apenas um deles pode ser o amor da sua vida. Leitora Beta: Cecilia Marques