New York, cinco anos antes.
Depois do ataque de ciúmes de Beth, a rotina das duas mudou. Os encontros que eram apenas dois dias da semana, cronometrados, passaram a ser quase todo dia e revezavam entre o escritório e o apartamento de Mel. Exceções eram as vezes que Beth ia no horário normal para casa.
Melanie seguira com a promessa de não dormir com mais ninguém e aquilo significou se afastar também dos amigos que tinha feito na cidade e dos bares e festas que frequentavam.
Acabou que dormir apenas com Beth não havia sido tão difícil quanto Melanie imaginara que poderia ser. Era muito fácil quando tinha Elizabeth para si tão disponível. E a empresária realmente fazia jus a promessa de dar conta dela. Mel nem lembrava da última vez que Beth falara não para ela. No escritório durante horário de trabalho? Sim! Em seu apartamento depois do trabalho? Sim! Uma rapidinha em algum hotel durante o horário de almoço? Sim! Em algum lugar aleatório da empresa depois do expediente? Sim! Era ótimo!
O único problema era que os encontros eram muito rápidos, pois Beth sempre precisava, de uma forma ou de outra, voltar para a sua casa e para o seu marido, enquanto Melanie voltava para o seu apartamento sozinha, na cama vazia. Ela nunca se importava de dormir sem companhia, alias, ela até preferia, mas não quando ainda sentia o desejo subindo pelo seu corpo. Quase todo dia ela precisava se masturbar para conseguir relaxar e pegar no sono.
O que ela queria era viajar novamente com Elizabeth e tê-la só para si por alguns dias, mas a rotina de trabalho estava muito intensa, com duas obras grandes em andamento ali mesmo em Nova Iorque.
– Não acredito que julho já vai acabar e a gente não viajou para uma praia – Mel reclamou enquanto as duas trabalhavam até tarde na empresa.
Elas estavam as duas sentadas no sofá e Mel sentia-se muito à vontade, sem sapatos, com as pernas no colo de Beth que massageava levemente seus pés enquanto lia um documento.
– O que?
Elizabeth estava tão concentrada na leitura que não havia ouvido o comentário.
– Eu quero ver você de biquíni! – completou depois de repetir o primeiro comentário.
– Por mais que eu também ame essa ideia, não temos nenhuma obra em andamento perto de alguma praia para justificar a viagem.
– Mas nós temos casas de praia! Pertinho! Nós merecemos um descanso quando terminarmos pelo menos essa – falou referindo-se à finalização de uma das obras que faziam na cidade.
Beth pensou um pouco antes de responder.
– Você sabia que sua mãe convidou a gente para o aniversário da Jess?
– Claro, vocês vão quase todo ano. Mas com a minha família não conta como viagem!
Todo ano, a família Kelce comemorava o aniversário de Jessica em sua casa de praia, visto que era no inicio de agosto e por conta do verão, era um mês com uma temperatura ótima para aproveitarem.
Melanie era muito pequena para lembrar com precisão de quando compraram a casa em Cape May. Foram visitar a cidade e passar uns dias com a família Long um pouco antes de Elizabeth assumir o lugar do pai. Robert, pai de Mel, se apaixonou pela cidade e decidiu um comprar uma casa lá para a família. Mesmo sendo um pouco longe de Atlanta, ele a esposa, Katherine, aproveitavam o lugar sempre que podiam, principalmente na infância das filhas.
Mel lembra da família sempre viajar para lá nos meses de julho e agosto para passarem alguns dias ou um fim de semana prolongado. Ela adorava aquele lugar! Enquanto estava na faculdade ela fez pelo menos duas festas com os amigos lá, aproveitando férias de verão e o fato da casa estar vazia.
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A única escolha possível
RomanceNo meio de uma série de relacionamentos estritamente sexuais, Melanie Kelce teve dois grandes amores, mas apenas um deles pode ser o amor da sua vida. Leitora Beta: Cecilia Marques