Chicago, presente.
Todo dia o hospital recebia uma enorme visita de bombeiros, até de outras estações. Ashley era muito amada na corporação e recebia muito apoio. Todos estavam felizes que ela estava estável, mas ao mesmo tempo, estavam ansiosos para que ela acordasse logo.
Os médicos estavam otimistas e aquilo acalentava o coração de Melanie, mas mesmo assim ela não saía do hospital por nada. Jess levava roupas e comida e ficava com a irmã o máximo de tempo possível, mas ela também precisava ficar com os filhos e Mel era muito teimosa e recusava-se a ir em casa, nem que fosse apenas para tomar banho.
Os pais de Ash também passavam muito tempo por lá, mas até eles revezavam entre eles e com o irmão da Ash para irem em casa tomar banho e dormir.
Mel e Gabriela pareciam se aproximar cada vez mais. Rezavam juntas, compartilhavam histórias e conversavam para passar o tempo. As duas eram as que mais ficavam no quarto ao lado de Ash.
Mesmo que Melanie estivesse quase sempre com companhia, ainda haviam momentos em que ela se encontrava sozinha e sua mente vagava pela culpa e pela preocupação.
Com o passar dos dias os médicos a desentubaram e foram diminuindo os sedativos. Esperavam que ela acordasse a qualquer momento e Mel estava ansiosa. Já haviam passado oito dias desde que Ash chegara no hospital e Mel estava com dificuldades para dormir no pequeno sofá ou na poltrona. Depois de tanto tempo desconfortável, ela já tinha terríveis dores nas costas e enormes olheiras. Pela primeira vez em sabe-se lá quanto tempo ela estava sem maquiagem ou salto alto.
O sol mal havia nascido quando ela ouviu movimentos na cama e correu para o lado de Ash a tempo de vê-la abrir os olhos. Mel sentia o coração tenso, aguardando sua reação. Seu olhar parecia um pouco perdido e ela começou a murmurar algumas palavras enquanto recobrava a consciência.
– Incêndio... menino.... – falou deixando Mel preocupada – O menino do incêndio.
Então ela finalmente entendeu que não eram palavras aleatórias. Ela se lembrava! Ela lembrava do que a levara até o hospital e queria saber se tinha conseguido salvar a vida do menino. Claro que essa era sua primeira preocupação...
– Ele está bem! Você salvou ele! – Mel falou com um enorme sorriso de alegria.
Ela rapidamente correu até o lado de fora do quarto e pediu pelo médico, depois voltou correndo para o lado de Ash e a namorada estava um pouco mais desperta, parecia estar se dando conta da realidade ao seu redor com mais consciência.
– Hey! – ela sorriu ao olhar para Mel pela primeira vez.
Aquilo fez com que Melanie começasse a chorar de alívio. O amor de sua vida estava ali, acordada e consciente.
– Graças a Deus! Você acordou! Você está bem? Está sentindo alguma coisa?
– Dor – ela falou com a voz fraca e uma careta.
– Onde? – perguntou preocupada.
– Em todo lugar... – ela falou olhando para o estado do próprio corpo, tentando se movimentar.
– Espera! Não se mexe! O médico está vindo! – falou ainda com lágrimas de alegria – Meu Deus! Eu achei que eu fosse te perder! Obrigada, senhor! – ela falava emocionada.
– Senhor? – Ash estranhou – Quanto tempo eu fiquei desacordada? Minha mãe te converteu ao catolicismo? – brincou.
Mel riu, ela estava fazendo piada. Ela estava bem! Suas lágrimas aumentaram e o sentimento de gratidão também.
– Olha quem acordou – o médico sorriu ao entrar na sala – Como você está se sentindo?
– Pronta para a próxima – brincou.
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A única escolha possível
RomanceNo meio de uma série de relacionamentos estritamente sexuais, Melanie Kelce teve dois grandes amores, mas apenas um deles pode ser o amor da sua vida. Leitora Beta: Cecilia Marques