Chicago, presente.
No dia seguinte, Melanie acordou com o som insistente do seu celular. Foi tateando a mesa de cabeceira até encontrá-lo e atendeu sem olhar quem era.
– Emergência! – ouviu a voz da sua irmã e a preocupação a fez levantar correndo.
– O que houve? – perguntou preocupada.
– Jason acordou passando mal e eu não vou conseguir chegar a tempo na reunião com o CEO da subsidiária de Cleveland. Você tem que ir!
– Você quase me matou do coração! – falou já desperta, caminhando para o banheiro – A gente já falou sobre o uso indevido da palavra emergência!
– Mel, eu estou limpando vômito do meu filho quando já devia estar do outro lado da cidade! É uma emergência! – falou irritada.
– Tudo bem, tudo bem – disse mais calma – Eu vou na reunião...
– Mel, você sabe o quanto essa obra é importante para nós! Você está de ressaca?
– Eu estou bem, Jess! – reafirmou – Pode ficar tranquila! O Ben vai me passar os detalhes e eu vou de uber para poder me atualizar até chegar lá.
– Seja firme quanto ao valor do contrato e... – começou a falar várias recomendações enquanto Mel fazia xixi e escovava os dentes.
– Relaxa, Jess... Cuida do Jason e eu cuido desse contrato.
– Obrigada, Mel – falou mais calma – Vou te passar o endereço do prédio onde vai ser a reunião.
– Não ia ser lá na empresa?
– Mudaram de última hora porque querem apresentar uma nova opção de materiais para redução de custo.
– Tudo bem, me manda o endereço. Já estou me arrumando.
Rapidamente ela desligou e entrou no chuveiro. Não tinha muito tempo antes de se atrasar. Quando saiu do banheiro, o quarto já estava vazio. A bartender gostosa da noite anterior já tinha ido embora. Essa era a vantagem de dormir com héteros comprometidas, no dia seguinte a culpa geralmente batia e elas saíam rápido, Melanie nem precisava se preocupar.
Conseguiu chegar na reunião com apenas quinze minutos de atraso e já atualizada com as informações que Ben havia enviado. Depois de mais de uma hora ainda não haviam conseguido concordar com o contrato proposto, mas Mel sabia que seria difícil. Sua irmã era muito melhor nessas coisas e ela impunha um respeito que Melanie não tinha. Por isso odiava tanto essa parte do trabalho. Era extremamente cansativa.
Pediu uma pausa para um café e foi até a sala de descanso ao lado da sala de reuniões para ligar para sua irmã e pedir umas dicas. No entanto, antes que pudesse pegar o celular, ouviu uma enorme explosão e não conseguiu se mover antes da estante cair sobre si fazendo com que batesse a cabeça forte no chão. Antes de apagar, ela só teve um pensamento: "Bess".
Quando Melanie recobrou a consciência a primeira coisa que fez foi tossir, a segunda foi reparar a bombeira ao seu lado.
– Senhora, eu sou a Tenente Holloway, você está sentindo alguma dor?
Melanie demorou um pouco até se situar e conseguir olhar o lugar ao seu redor.
Uma fumaça densa entrava pela porta fechada e do lado de fora ela conseguia ver o fogo alto. Mesmo com as paredes protegendo-a ela conseguia sentir o calor intenso das chamas.
– O que aconteceu? – perguntou tentando levantar, mas sentindo a estante em sua perna impedindo-a.
– Não se mexa! – falou a bombeira segurando-a parada – Eu vou tirar isso de você, mas antes preciso ver seus ferimentos. Você está sentindo alguma dor?
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A única escolha possível
RomanceNo meio de uma série de relacionamentos estritamente sexuais, Melanie Kelce teve dois grandes amores, mas apenas um deles pode ser o amor da sua vida. Leitora Beta: Cecilia Marques