Cleveland, presente
Melanie chegou em Cleveland ainda bem cedo. Ela odiava ter que viajar para Ohio. Volta e meia a empresa da família fazia alguma obra no estado e eles precisavam ficar acompanhando. Mel nunca gostara muito de ir para lá, não achava nada divertido para fazer.
Depois de fazer check in no hotel e tomar um café da manhã demorado, ela se encaminhou para a subsidiária do K&L para a reunião com os representantes da prefeitura para discutir os termos do contrato. Ela não era tão boa nisso quanto a irmã, que fazia essas coisas parecerem brincadeira de criança.
Depois de um atraso considerável da equipe da prefeitura, eles ficaram algumas horas na reunião discutindo alguns pontos da possível parceria. Terminaram já no meio da tarde e combinaram de se encontrarem no dia seguinte para continuarem de onde haviam parado. Ligou para a irmã para atualizá-la, e ela lhe deu dicas para o dia seguinte. Depois ela voltou ao hotel sentindo-se completamente entediada.
Ela até pensou em sair à noite, mas estava tão cansada que simplesmente dormiu. Só queria finalizar a parceria e voltar para Chicago. Ela só não contava com a reunião sendo adiada para dali há dois dias.
"Que inferno!". Ela estava presa em Cleveland! Até sexta chegar ela visitou a cidade, conheceu alguns bares, dormiu com uma mulher aleatória e colocou o sono em dia.
Na sexta, quando chegou na subsidiária, teve uma grande surpresa.
– Bess! – falou com choque ao vê-la sentada à mesa com outros funcionários.
Lembrou que haviam outras pessoas.
– Não sabia que você viria – completou mais recomposta.
– Eu não viria, mas parece que algumas coisas se complicaram e sua irmã pediu que eu viesse te ajudar.
"Vou matar a Jessica!"
Quando finalmente os representantes da prefeitura chegaram, demorou horas para que conseguissem concordar com alguns termos. Melanie sentiu como se tivesse passado o dia inteiro dentro da sala de reuniões. Já estava angustiada por estar ali e a presença de Elizabeth não ajudava em nada em sua ansiedade.
Quando terminaram já estava escuro do lado de fora e as duas desceram o elevador da empresa juntas.
– Você já está 100%? – Beth perguntou.
– Sim. Precisa mais que um prédio em chamas para me derrubar – brincou.
– Que bom! Eu fiquei preocupada – ela falou.
– Duas vezes te vendo em um mês? Isso é mais do que te vi nos últimos dois anos... Tenho que me acidentar mais vezes – brincou.
– Não brinca com isso – ela falou séria olhando no fundo de seus olhos – Por várias razões.
– Desculpa – falou Mel sem graça, sentindo o coração apertar.
Elas ficaram em silêncio até chegarem na frente do prédio.
– Em que hotel você está? – Mel perguntou.
– Em nenhum. Minha mala está no carro que aluguei.
Melanie sabia o que aquilo queria dizer.
– Então vamos?
Depois de indicar o hotel que estava, Melanie passou a responder perguntas de Beth sobre sua saúde, como havia se recuperado, se ainda sentia alguma coisa...
– Nunca me assuste assim de novo! – falou séria.
– Pode deixar, chefe – brincou.
As duas chegaram rápido ao hotel e subiram para o quarto de Melanie.
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A única escolha possível
RomanceNo meio de uma série de relacionamentos estritamente sexuais, Melanie Kelce teve dois grandes amores, mas apenas um deles pode ser o amor da sua vida. Leitora Beta: Cecilia Marques