Chicago, presente.
Ashley saiu do hospital com a perna engessada e ficaria daquela forma ainda por um tempo. Além disso sua mobilidade estava mais limitada por conta da dor da cirurgia que era intensa.
A sua saída do hospital foi como uma festa. Todo mundo da estação apareceu para comemorar!
Os pais de Ash levaram as duas até o apartamento, mas assim que chegaram apenas ajudaram a filha a acomodar-se no sofá e foram embora a fim de darem a elas privacidade.
– A gente já adiou essa conversa muito tempo e um dos motivos pelos quais eu quis vir para cá foi para finalmente podermos conversar com calma – Ash falou séria.
Melanie sentou-se e sentiu o coração bater forte de ansiedade. Controlou melhor a respiração e falou com calma.
– Tudo bem. Deixa eu começar, por favor – pediu e Ash assentiu com a cabeça – Eu queria dizer que eu sinto muito pelo o que eu fiz! Em nenhum momento eu quis te machucar! Eu comecei a ir em um psiquiatra...
– Sério? – Ash a interrompeu, surpresa.
– Sim – falou séria e um pouco envergonhada – Eu finalmente ouvi a minha irmã e entendi que eu tenho um problema. Eu ainda estou apenas começando a lidar com isso e ainda é difícil, mas eu finalmente admiti que eu tenho uma compulsão sexual – ficou um pouco mais nervosa antes de completar – E eu sei que de forma alguma isso justifica o que eu fiz, mas tem me ajudado a me conhecer mais e entender as razães por eu ter feito o que eu fiz – respirou fundo e continuou – Reconheço meu erro e estou disposta a fazer o que for necessário para nunca mais te magoar.
Ash ouviu tudo em silêncio e definitivamente ela não esperava por aquele discurso de Melanie. Ficou positivamente surpresa.
– Eu fico feliz que você esteja se tratando Mel, de verdade! – falou com carinho – Depois desse susto que tivemos, eu não estou mais sentindo raiva de você como estava antes, mas eu ainda estou muito magoada. Eu te amo, você sabe disso, mas você me machucou muito e eu não sei ainda se consigo superar. Eu não sei se consigo confiar em você, entende?
Aquilo doeu muito em Melanie e mesmo tentando segurar, ela começou a chorar.
– Eu prometo que isso nunca mais vai acontecer! Eu nunca mais vou nem vê-la de novo se você não quiser!
– Não é só sobre isso... Você não entende! – falou triste – O problema em si não foi só você ter dormido com ela, foi você querer dormir com ela. Eu não quero que você a evite para isso não acontecer. O que eu queria era que isso nem fosse uma possibilidade na sua cabeça! Queria que você pudesse conviver com ela todo dia sem nunca a desejar! Eu posso conviver com a mulher mais linda do mundo e eu nunca vou querer nada com ela porque tenho você! Quando a Andrea tentou se reaproximar não foi nenhuma ameaça para você! – lembrou – Eu só queria que você sentisse a mesma coisa!
– Mas eu não sou você, Ash! – tentou explicar – Você não pode esperar que eu me comporte como você se comportaria e pense como você pensa! Você ficou um ano sem sexo depois que terminou com sua ex. Eu mal consigo ficar uma semana sem sexo sem subir pelas paredes! Para você o sexo é uma coisa muito especial e importante, mas para mim é algo físico e não necessariamente com emoções. É corriqueiro e necessário. E eu sei que isso não justifica eu ter traído sua confiança, eu só quero que você entenda que estou aprendendo a me conhecer melhor e isso envolve entender o papel que o sexo tem na minha vida. Somos pessoas diferentes e pensamos diferente, mas isso não faz eu te amar menos do que você me ama!
– Eu entendo que sejamos diferentes e eu te amo do jeito que você é, com compulsão sexual ou não! Só que você foi longe demais e eu não sei se consigo ter a mesma confiança em você de antes. E isso não é uma escolha... Não é como se existisse um interruptor mágico que mudasse sentimentos e apagasse mágoas...
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A única escolha possível
RomanceNo meio de uma série de relacionamentos estritamente sexuais, Melanie Kelce teve dois grandes amores, mas apenas um deles pode ser o amor da sua vida. Leitora Beta: Cecilia Marques