Capítulo 8 - Quebrando regras

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Chicago, presente.

Melanie acordou com um sorriso no rosto e aos poucos foi se lembrando da noite anterior. Ao olhar o lado vazio da cama, o sorriso se desfez. Que decepção, imaginou que Ashley ainda estaria ali...

Antes que pudesse terminar o pensamento, ouviu um barulho de porta vindo da sala e colocou o robe antes de ir checar.

Encontrou Ashley vestida com dois cafés e uma pequena caixa de donuts nas mãos.

– Achei que tivesse ido embora – falou Mel sendo recebida por um sorriso grande.

– Ficou decepcionada? – disse entregando-lhe um copo de café.

– Fiquei! Quero uma segunda rodada – disse beijando-a, colocando os braços ao redor de seu pescoço.

Ashley agarrou-a pela cintura, aproveitando o momento.

Melanie havia aprendido ao longo dos anos que sexo matinal geralmente passava uma mensagem ruim para as lésbicas e a grande maioria achava que aquilo era um sinal de relacionamento. Por isso ela geralmente evitava a todo custo, ou deixava bem claro que era algo casual. Entretanto, desde o bar na noite anterior, ela já havia decidido que uma noite só não seria suficiente e depois da noite que tiveram, ela já havia decidido que nem a manhã seria suficiente.

Ashley afastou-se antes que a situação esquentasse novamente.

– Que tal a gente restabelecer nossas energias antes? – falou apontando a caixa – Acordei com fome, então saí rapidinho e comprei alguns donuts para a gente.

– Obrigada! – falou sentando-se à mesa da sala.

Ashley fez o mesmo.

Boston cream é definitivamente o meu preferido – Mel falou pegando o primeiro e dando um gole no café.

– Eu não sabia se você gostava, mas pelo visto apostei certo.

As duas começaram a comer e beber o café, quando Melanie se deu conta de que parecia ser tarde e perguntou a hora.

– São 11:25 – Ashley respondeu depois de olhar em seu celular.

– Isso tudo? Geralmente não acordo tão tarde... – falou sorrindo.

– Parece que eu te relaxei bastante, então – provocou Ashley fazendo Mel sorrir abertamente.

– E como!

– Eu também geralmente não acordo tarde assim, mas por conta do trabalho estou acostumada a dormir bem sempre que posso.

– Por que você escolheu ser bombeira? – Mel perguntou curiosa.

– Meu pai é bombeiro, então eu praticamente cresci nas estações que ele trabalhava. Eu ficava encantada com todos os caminhões, equipamentos... Eu nunca nem cogitei ser algo diferente!

– Seu pai deve ter muito orgulho de você seguindo os passos dele.

– Ele tem sim! Mas nem sempre foi assim... – falou Ashley relembrando sua infância enquanto comia – Quando eu era mais nova ele e minha mãe tentaram tirar essa ideia de mim, falando que não era trabalho para uma garota. Eu ficava muito chateada porque meu pai tentava encorajar o meu irmão a ser bombeiro. Comprava roupas para ele, chamava para fazer exercícios... e sempre me deixava de lado.

– Você tem só um irmão?

– Sim, ele é dois anos mais novo.

– Ele também é bombeiro?

A única escolha possívelOnde histórias criam vida. Descubra agora