Chicago, presente.
– Como assim você partiu o próprio coração? – Jess perguntou querendo entender o que estava acontecendo.
As duas estavam na cozinha da irmã, lugar que mais gostavam de conversar. Melanie estava sentada no banco em frente à bancada e Jess estava ao seu lado, servindo-lhe a bebida.
Mel respirou fundo. Ela precisava começar do início.
– Eu tive um caso quando estava em Nova Iorque – bebeu um gole da bebida para criar coragem e falou de uma vez – Com Elizabeth!
– Elizabeth quem? – Jess perguntou sem nem considerar Bess.
Aquilo irritou Melanie. Por que era tão difícil de imaginarem as duas juntas?
– Elizabeth! – repetiu como se fosse óbvio e apontou a porta.
Ainda demorou alguns segundos para a ficha de Jess cair.
– Tia Beth? – perguntou horrorizada.
– Ela não é nossa tia! – falou enfática.
– Meu Deus! – Jess fez cara de nojo – Você dormiu com a tia Beth?
– Pela milésima vez: ela não é nossa tia!
– Meu Deus! – ela ainda estava tendo dificuldades para processar – Acho que vou vomitar... – fez cara de nojo novamente e se serviu de uma dose de whisky, bebendo-a de uma vez.
– Não exagera!
– Você tem um problema, Melanie! – falou irritada.
– Não começa! – pediu sem paciência.
– Eu estou falando sério! Você tem um problema! Isso não é normal! Você dormiu com a nossa tia! E sim, eu sei que ela não é nossa tia de verdade, mas caramba, Mel! É como se fosse! Ela trocou a sua fralda quando você era bebê! – continuou irritada.
– Eu não consegui evitar... – tentou se defender.
– Porque você tem um problema! Você precisa se tratar, Melanie!
– Você pode, por favor, só me ouvir? É muito difícil falar sobre isso.
– Eu não acredito que você nunca me contou... – falou magoada.
– Eu tentei! Várias vezes! Mas nunca consegui. É muito doído! – explicou-se.
– Eu não acredito nisso – ela ainda demonstrava tensão para processar – E o tio Pete? Como você fez isso com ele?
– Jess, por favor, facilita! Guarda todas as críticas para mais tarde. Eu preciso de você – então completou com lágrimas nos olhos – Eu a amo!
– Eu vou precisar de mais bebida – falou mais calma, resignando-se e se servindo de mais uma dose.
– Você sabe que eu sempre tive uma queda pela Elizabeth.
– Você quer dizer sua paixonite adolescente? – desdenhou.
– Sim! Eu sempre fui louca por ela! E quando fui para Nova Iorque tudo que eu pensava era em dormir com ela, mas era para ter sido só uma noite... Só que as coisas saíram do controle...
– Como você deixou isso acontecer? – perguntou já ficando nervosa de novo.
– Não sei explicar! Começou como algo sexual e nós temos uma química fenomenal! Eu dormi com muitas mulheres, você sabe, mas com a Elizabeth é simplesmente algo de outro mundo! – falou já sentindo-se arrepiar com as memórias.
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A única escolha possível
RomansaNo meio de uma série de relacionamentos estritamente sexuais, Melanie Kelce teve dois grandes amores, mas apenas um deles pode ser o amor da sua vida. Leitora Beta: Cecilia Marques