Chicago, presente.
No dia seguinte, Mel acordou cedo para dar remédio para Ash, que voltou a dormir logo em seguida. Ela aproveitou para preparar um café da manhã para a namorada. Sanduíches e suco eram coisas que ela conseguia fazer na cozinha sem problemas! Fez uma nota mental de que precisava comprar mais coisas, principalmente frutas.
Assim que Ashley acordou, ela levou o café na cama, sorridente. Era bom poder agradar a mulher que amava e ela definitivamente agradou. Ela mal tinha acabado de comer quando o irmão chegou para visitar na companhia da namorada. Não era a primeira vez que Melanie e Julie ficavam no mesmo lugar depois do aniversário de Ash, mas era algo que elas evitavam a todo custo, pois o clima sempre ficava esquisito.
Melanie ficou ainda mais tensa naquele dia porque tinha receio daquilo ser um gatilho para Ashley voltar a ficar com raiva dela, afinal, o fato dela ter dormido com a namorada do irmão, podia fazê-la sentir mais intensamente a dor da traição.
– Vou aproveitar que você tem companhia e ir rapidinho fazer umas compras – anunciou uns dez minutos depois das visitas terem chegado – Não tem muita coisa para gente comer nos próximos dias – explicou.
Tudo era verdade, mas não era a única razão por querer sair. Era melhor evitar a situação constrangedora.
– Tudo bem – Ash falou – Não esquece de comprar...
– O seu iogurte, eu sei – completou, mostrando que conhecia a namorada muito bem.
Elas trocaram um sorriso antes dela sair.
Mel teve o cuidado de comprar tudo que sabia que Ashley gostava e ainda ligou para a irmã para que ela lhe falasse algumas coisas que poderiam ser fáceis dela cozinhar como macarrão.
Quando ela retornou, os quatro almoçaram a comida que a Jess havia deixado e o clima nem ficara tão estranho quanto Melanie temia. Eles foram embora no meio da tarde e logo em seguida, Mel foi ajudar Ashley a tomar banho. Ela foi bem menos resistente com a ajuda naquele dia, mas não era fácil para ela aceitar que não podia fazer nada sozinha. Depois do banho ela deitou na cama novamente pois já estava sentindo o remédio que dava sono fazer efeito, dormindo em pouco tempo.
Já no final da tarde Gabriela chegou para visitar a filha que ainda dormia.
– Você se importa se eu usar sua cozinha? Quero fazer enchiladas para ela! Já trouxe as coisas pré prontas, mas ficam muito melhores montadas na hora!
– Claro!
As duas se encaminharam para a cozinha e Mel viu ela retirar vários potes da sua bolsa térmica.
– É a comida preferida dela! Quando ela era pequena eu sempre fazia enchiladas aos domingos!
– Eu lembro de ter no aniversário dela – Mel falou simpática.
– Nunca pode faltar! Sempre com molho verde!
– Posso ajudar? – ofereceu.
– Não precisa! Já faço isso há tanto tempo que consigo até de olhos fechados – brincou.
– Na verdade – Mel falou sem graça – Você se importaria de me ensinar a fazer?
– Claro que não! – ela falou surpresa – Não sabia que se interessava em cozinhar...
– Eu nunca me interessei... Eu nunca cozinhei nada na vida... – falou envergonhada.
– Sua mãe nunca te ensinou nada?
– Minha mãe? – Mel riu – Ela nem passa perto da cozinha...
– Nem sua avó?
– Na minha família ninguém é muito de cozinhar. Minha irmã gosta, mas até ela foi aprender só depois de adulta quando estava na faculdade. Lá em casa sempre tinha uma cozinheira que preparava todas nossas refeições. Durante grande parte da minha infância eu era até proibida de entrar na cozinha...
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A única escolha possível
RomansaNo meio de uma série de relacionamentos estritamente sexuais, Melanie Kelce teve dois grandes amores, mas apenas um deles pode ser o amor da sua vida. Leitora Beta: Cecilia Marques